Financiamento de veículos tem queda no primeiro trimestre

Mais um segmento do setor automotivo amarga retração nos números. Desta vez foi o mercado de financiamento veicular, que até registrou bom desempenho em março na comparação com fevereiro, mas que, no acumulado do ano, apresenta balanço de queda.

Segundo levantamento da consultoria B3, no primeiro trimestre as vendas a crédito somaram 1,2 milhão de unidades. O desempenho representa recuo de 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado – equivalente a 129 mil unidades financiadas a menos.

O número inclui automóveis de passeio, comerciais leves, motocicletas e veículos pesados, novos e usados. As vendas financiadas de veículos em março de 2022 somaram 468 mil unidades. Na comparação com fevereiro, o volume foi 15% superior, o que é justificado pelo número de dias úteis a mais. Porém, o desempenho em relação a março de 2021 também representa queda, de 5,5%.

Motos se destacam mais uma vez

O setor de motocicletas, contudo, vai na direção contrária. Com 103 mil unidades financiadas ao longo do mês, o segmento de duas rodas anotou crescimento de 25,3% em relação a março de 2021. Na comparação com o mês de fevereiro de 2022, o aumento das vendas de motos a crédito foi de 42,4%.

As categorias de pesados e carros de passeio foram as que apresentaram maior queda. O financiamento de veículos pesados caiu 17,6% em comparação a março do ano anterior. Já os leves tiveram redução de 11% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Efeito principalmente da queda nas vendas de veículos 0 km.

“No mês de março vimos a continuidade do cenário que já se apresenta há algum tempo, com o recuo nos financiamentos, principalmente de autos leves novos, reflexo da queda nas vendas de veículos”, observa Tatiana Masumoto Costa, superintendente de Planejamento da B3.

Para a executiva, o cenário demonstra ainda um clima de expectativa e cautela. “Quando comparamos aos meses diretamente anteriores, o comportamento do mercado se mantém, de certa forma, estável, sem que percebamos uma melhora da demanda por parte do consumidor”, diz.

Fonte: automotivebusiness.com.br

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