Herança da Reforma Trabalhista: 32,5 milhões de empregos precários

Estudo da B3 Social e a Fundação Arymax, em parceria com o Instituto Veredas, revela que 32,5 milhões de brasileiros e brasileiras têm trabalhos precários. Deste total, 19,7 milhões (60,5%) sobrevivem de bicos que não lhes garantem um salário sequer para suprir suas necessidades básicas. São os chamados informais de “subsistência”, que aceitam trabalhos de até dois salários mínimos (R$ 2.424)

Os bicos foram legalizados pela reforma Trabalhista de 2017, no governo Michel Temer (MDB), por meio do trabalho intermitente, que não estabelece um salário fixo. A nova modalidade prevê que o trabalhador fique à disposição do patrão e só receba pelos dias ou horas em que for chamado para trabalhar, podendo, portanto, receber menos de um salário mínimo por mês.

Outra criação da reforma de Temer é o que os pesquisadores chamam trabalhadores formais frágeis, que é como eles definem pessoas que têm carteira assinada ou CNPJ, desempenham funções com remuneração mais baixa e enfrentam situações de incerteza ou vulnerabilidade, assim como os informais. A pesquisa constatou que dos 32,5 milhões de informais, 6,9 milhões (21%) são trabalhadores formais frágeis.

“Esse é o resultado dos ataques aos direitos dos trabalhadores promovido pela reforma de Temer, que prometeu gerar 6 milhões de empregos, mas o que conseguiu foi aumentar o desemprego, a precarização do trabalho, a exploração sem limites do trabalhador”, diz o secretário de Relações do Trabalho da CUT Nacional, Ari Aloraldo do Nascimento.

“Muitos ganhavam um salário mínimo e mesmo os que tinham uma situação melhor perderam o emprego formal e foram empurrados para a informalidade. Por isso que há essa vulnerabilidade social”, diz Ari Aloraldo, se referindo aos 33 milhões de brasileiros que convivem com a fome no Brasil.

“Como o atual presidente da República não fez a contrarreforma, muito tempo contrário, tentou aprofundar a reforma de Temer, e ainda acabou com a política de valorização do salário mínimo, o trabalhador tem de escolher entre comer, pagar as contas, ou ter um lugar morar”, analisa o dirigente.

Só em São Paulo, a população em situação de rua cresceu 31% em 2 anos – de 24.344, em 2019, para 31.884 no final de 2021. Para Ari, é o emprego precarizado que tem levado famílias inteiras a morar nas ruas da capital paulista.

“Eu vejo na região onde moro, pais e mães de família trocando de roupa no meio da rua, colocando um jeans, uma camisa ‘melhor’ e ir para o trabalho que, com certeza, é um bico, sem carteira assinada, sem FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de Serviço], sem 13º salário, sem férias remuneradas”, pontua o dirigente.

Educação e racismo

Outra conclusão do estudo do B3 Social, Fundação Arymax e Instituto Veredas é o de que 75,4% desses 19,7 milhões de informais de subsistência, têm ensino fundamental incompleto ou inferior e 64% deles eram negros, o que demonstra que o Brasil é o país da desigualdade social e do racismo estrutural.

“O trabalhador brasileiro está jogado à própria sorte, depois que a reforma Trabalhista deu poder aos patrões de pagar uma miséria, e ainda não dar nenhum retorno à sociedade. Infelizmente, esses maus patrões não se importam de ver as mazelas da sociedade, como se eles não tivessem nenhuma reponsabilidade sobre essa crise, da mesma forma como o atual governo se comporta”, conclui Ari Aloraldo.

Características do trabalhador informal

O estudo apontou ainda que 5,2 milhões de informais pesquisados têm potencial produtivo e apenas 700 mil o são por opção.

Informais de subsistência: recorrem à informalidade para sobreviver em vagas de até dois salários mínimos

Informais com potencial produtivo: estão à frente do grupo anterior em formação e renda (de dois a cinco salários), mas seguem marcados pela incerteza

Informais por opção: têm mais de cinco salários mínimos e podem alcançar a formalidade, mas permanecem como informais para evitar custos ou burocracias

Formais frágeis: têm vagas formais (CNPJ ou carteira), mas ainda incertas e com baixa remuneração (até dois salários). Exemplos: trabalhos atípicos (intermitentes) e relações de emprego disfarçadas (contrato de assalariado não regular).

Metodologia

O estudo analisou o terceiro trimestre de 2021, a partir da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foi divulgado pelo jornal Folha de São Paulo.

Redação CUT

Integração entre trabalhadores marca a primeira COPA CUT

Foi com esse sentimento que trabalhadores da base dos Sindicatos filiados à CUT Bahia, participaram da final da COPA CUT 2022. O campeonato envolveu 12 sindicatos e a grande final foi realizada no Clube dos Empregados da Petrobras (CEPE), local em que foram sediado os jogos da competição. Três sindicatos já escreveram história na primeira edição do evento: o Sindprev ficou com o primeiro lugar; o segundo lugar no pódio foi conquistado pela equipe do Sincotelba e o Sindiquímica lutou pelo terceiro lugar no pódio contra o Sindiborracha e venceu na disputa de pênaltis.

A direção da CUT Bahia avaliou a competição como uma experiência enriquecedora dentro da expectativa de unificação da classe trabalhadora cutista. Considerando o futebol como paixão nacional, a opção foi dar prioridade a esse segmento com a certeza de que outras modalidades desportivas farão parte no próximo ano. “Foi uma importante iniciativa da Central. Envolveu, motivou e despertou nos trabalhadores, para além do senso de competição, o desejo de disputa, legitimando posicionamentos em qualquer espaço dentro da sociedade. Tudo isso, através do esporte. Portanto, os atletas estão de parabéns por terem acreditado antecipadamente na iniciativa e foi de grande importância o apoio dado pela direção dos Sindicatos na inscrição das equipes”, comemorou Leninha, presidenta da CUT Bahia.

A presidente revelou ainda que a experiência foi tão bem sucedida, que já pensa na segunda edição da atividade. “Precisamos ampliar o projeto no próximo ano e considerar a necessidade real da disputa do tema ‘esporte’ como direito dentre as bandeiras de luta da classe trabalhadora. Esse será nosso maior desafio. A prática de atividade esportiva é importante para melhorar a qualidade de vida das pessoas e com esse projeto foi possível envolver o trabalhador quanto aos cuidados com a saúde e bem estar social.”, afirma Leninha, presidenta da CUT Bahia.

O Secretário de Comunicação da CUT, parabenizou os trabalhadores por encararem o desafio, destacou a importância de iniciar o projeto e já programa adequações no formato do campeonato para as próximas edições. “Demos o primeiro passo. Agora é colher as observações feitas pelos atletas e começar a construção da COPA CUT 2023. Os erros servirão como insumos para melhorar a organização do evento no próximo ano. Por hora, todos são vitoriosos.”, pontuou Edmilson Barbosa, Secretário de Comunicação da CUT Bahia e membro da Comissão Organizadora.

Na edição deste ano, os jogos foram concentrados em Salvador e Região Metropolitana, mas já surgem possibilidades de que o torneio seja iniciado nas regionais da central no interior do estado e seja finalizado na capital baiana.

Para além da “competição “

O entrosamento das equipes em participar do torneio foi para além da “disputa”. O uniforme dos times traziam mensagens alusivas às inúmeras pautas como, “Fora Bolsonaro”, “Não à privatização dos Correios”, “Em defesa da Petrobras”, entre outras.

A realização do projeto contou com a contratação de uma assessoria esportiva e uma Comissão de Esporte foi formada, e será mantida, para pensar o esporte e a sua relação com o conjunto da classe trabalhadora.

“Enfatizamos na comissão que a prioridade desse projeto era fazer com que ele acontecesse. Identificamos inúmeros pontos de melhoria e para isso vamos contar com a representação das equipes na organização da próxima COPA CUT”, sinaliza Valtemir Santos, diretor de Comunicação do Senalba.

Redação CUT BA

Foto Edmilson Barbosa

Acidente: Sindborracha cobrou mais segurança no ambiente de trabalho na Continental

No início desta quarta-feira (15), a direção do Sindborracha esteve na porta da Continental, em Camaçari, para conversar com os trabalhadores, depois do grave acidente de trabalho, ocorrido na fábrica na última segunda-feira (13). Durante o ato, os diretores destacaram a necessidade de a empresa, como contratante do serviço, se responsabilizar pela segurança no chão de fábrica. Não importa se é terceirizado, da produção ou do administrativo.

Mesmo as vítimas do acidente não sendo da base do sindicato, por serem terceirizados, os representantes da entidade foram defender os trabalhadores e cobrar da empresa a apuração dos fatos. Segurança no ambiente de trabalho sempre foi ponto de discussão da entidade com as chefias. Desde sempre, o sindicato vem alertando sobre a necessidade de mais atenção em relação ao tema.

Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a cada 100 mil postos de trabalho de com carteira assinada, são seis óbitos por acidente de trabalho por ano no Brasil. Nos últimos 10 anos, foram registrados mais de 23 mil acidentes graves de trabalho no país. “Essa situação é muito preocupante. E se o acidente culminasse com óbitos? Depois da Reforma Trabalhista, a verba designada aos fiscais do trabalho diminuiu 32%, o que dificultou ainda mais o desenvolvimento das atividades e os trabalhadores estão desassistidos. É impossível fiscalizar todos os lugares. Quem tem que cuidar para garantir a segurança são os empregadores”, disparou o presidente do Sindborracha, Josué Pereira.

Acidente

Dois trabalhadores sofreram grave acidente, nesta segunda-feira (13), enquanto trabalhavam na Continental Pneus, em Camaçari. Ainda não se sabe a causa do acidente. Eles foram socorridos e levados para um centro de tratamento especializado.

Inflação para famílias com renda mais baixa cai para 0,45%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, teve inflação de 0,45% em maio. Ela ficou abaixo da observada em abril (1,04%) e em maio de 2021 (0,96%).

O INPC acumula inflação de 4,96% no ano e de 11,90% em 12 meses, abaixo dos 12,47% de abril.

Em maio, o INPC foi menor que a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): 0,47%. Nos acumulados do ano e de 12 meses, o IPCA teve percentuais menores: 4,78% e 11,73%, respectivamente.

Em maio, os produtos alimentícios tiveram inflação de 0,63%, abaixo dos 2,26% de abril. Já os não alimentícios registraram alta de preços de 0,39%, percentual inferior ao de abril: 0,66%.

Reajuste da categoria

Com data-base fixada em 1º de junho, os trabalhadores do ramo da Borracha tiveram reajuste salarial de 11,90%. Isso graças ao acordo coletivo fechado pelo Sindborracha com as empresas.

Com informações da Redação Agência Brasil

Sete provas de que Bolsonaro mente quando diz que defende a família

Bolsonaro adora se apresentar como um defensor da família. Essa, porém, é só mais uma de suas mentiras. Afinal, um presidente que defende a família de verdade não faria o que o ex-capitão tem feito desde que chegou à Presidência.

Hoje, as famílias brasileiras lutam contra a fome, o desemprego, as dívidas. Esforçam-se para não ir parar na rua enquanto ainda choram a morte de pessoas queridas durante a pandemia. Veem seus jovens sem emprego e sem escola, ao mesmo tempo em que se espantam com os preços do supermercado e do gás de cozinha.

Veja como Bolsonaro trata as famílias brasileiras:

1. Deixou a fome voltar

Que família pode ser feliz sem comida na mesa? Que mãe ou pai tem paz se não consegue alimentar os filhos?Antes mesmo de a pandemia da Covid-19 chegar ao Brasil, Bolsonaro já deixava a fome crescer. E, depois, ainda acabou de uma só vez com o Bolsa Família e o auxílio emergencial, abandonando completamente mais de 25 milhões de famílias. Resultado: o Brasil, que com Lula e Dilma tinha saído do Mapa da Fome, hoje tem mais de 19 milhões de famintos e mais da metade de sua população em insegurança alimentar.

2. Fez o preço dos alimentos e do gás de cozinha disparar

Além de negar a Bolsa Família e o auxílio emergencial, Bolsonaro ainda não controlou a inflação e permitiu que o preço dos alimentos e do gás de cozinha disparasse. Em 2021, segundo o Dieese, a cesta básica disparou em 17 capitais, chegando a custar 60% do salário mínimo. Já o gás de cozinha subiu 50% em dois anos, levando muitas famílias a cozinhar com álcool, o que levou a vários acidentes domésticos.

3. Manteve o desemprego nas alturas

Para piorar o desamparo das famílias, o governo Bolsonaro foi incapaz de reduzir o desemprego. Segundo estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o total de desempregados no Brasil permanecerá na casa dos 14 milhões, em mais uma prova que a reforma trabalhista, tão defendida por Bolsonaro e Paulo Guedes, fracassou. E pensar que, na época do PT, o desemprego chegou ao patamar mais baixo da história…

4. Afundou as famílias em dívidas

Sem emprego, sem auxílio do governo e com os preços nas alturas, as famílias brasileiras não têm outra alternativa a não ser se endividar. Em dezembro de 2021, três em cada quatro lares brasileiros penavam com algum tipo de dívida, segundo pesquisa da CNC. Só no primeiro semestre de 2021, as famílias pagaram R$ 233,5 bilhões em juros do cartão de crédito, de acordo com a Fecomércio-SP. Bolsonaro não gosta das famílias, gosta e dos bancos.

5. Jogou milhares de famílias, literalmente, na rua

Somado a todo esse cenário, o preço do aluguel também disparou no governo Bolsonaro. O resultado foi uma explosão de famílias vivendo na rua. A Campanha Despejo Zero, iniciativa de mais de cem entidades e movimentos sociais, estima que 6.373 famílias foram despejadas de março a agosto de 2020. E entre dezembro de 2020 e julho de 2021, o volume de desabrigados cresceu 340%, ultrapassando a casa das 22 mil famílias.

6. Colaborou para que a Covid-19 massacrasse as famílias

A gestão assassina de Bolsonaro na pandemia foi um verdadeiro atentado às famílias. Até hoje, são mais de 600 mil lares chorando a perda de um ente querido. Entre março de 2020 e setembro de 2021, 12 mil crianças de até 6 anos ficaram órfãs. E, no fim de 2021, o ex-capitão ainda fez de tudo para dificultar o acesso do público infantil à vacina, mesmo com os especialistas afirmando que ela era necessária para proteger a vida dos pequenos.

7. Deixou os jovens sem estudo nem trabalho

Outro grave desafio das famílias brasileiras hoje é a total falta de perspectiva da juventude. Nos lares do país, a cena mais comum são jovens que nem estudam nem trabalham, dependendo completamente da ajuda dos pais. De acordo com a consultoria IDados, 12,3 milhões de jovens (30% do total) estão nessa situação. Não por acaso, 47% dos brasileiros entre 15 e 29 anos dizem que, se pudessem, iriam embora do país.

Redação pt.org.br

Seis fatos sobre o descarte correto de 100% dos pneus fabricados no Brasil

Qual é o tamanho do setor de fabricação de pneus automotivos? Para onde vão os milhares de pneus usados todos os anos? Segundo o primeiro Relatório Ambiental da Indústria de Pneumáticos, o Brasil está entre os principais fabricantes mundiais e é referência na logística reversa de pneus que não servem mais, com o descarte ambientalmente correto a 100% dos pneus nacionais.

O documento é de autoria da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), representante de 11 empresas do setor de pneus e câmaras de ar instaladas no Brasil desde 1960. Automotive Business separou 6 fatos do relatório para você conhecer a indústria de pneus automotivos e como é feito o descarte correto dos pneus inservíveis, aqueles que não têm mais condições de uso ou reforma.

1. Mais de 53 milhões de pneus vendidos por ano

Com produtos competitivos, o Brasil é o 7º produtor mundial de pneus para automóveis e o 5º na produção do componente para caminhões e ônibus, segundo o relatório da Anip.

Em 2020, a indústria vendeu mais de 53,8 milhões de pneus, contabilizando mercado de reposição e equipamentos originais.

2. No Brasil, 100% dos pneus são descartados ecologicamente

Todos os anos, o Brasil descarta milhares de toneladas de pneus que não podem mais ser usados. Em 2019, a Reciclanip contabilizou 471 mil toneladas de pneus sem vida útil destinados de forma ambientalmente correta. No ano seguinte, o resultado foi de 380 mil toneladas – queda ocasionada pela retração do mercado automotivo devido à pandemia.

Segundo a ANIP, o Brasil é referência mundial na logística reversa de pneus e consegue destinar corretamente 100% de todos os pneus nacionais. Entre 2011 e 2019, foram destinados 3,5 milhões de toneladas, acima da meta de 3,4 milhões de toneladas.

3. Foram coletadas 5,23 milhões de toneladas

Entre 1999 e 2020, a Reciclanip coletou 5,23 milhões de toneladas de pneus, o equivalente a 1,1 bilhão de pneus de passeio. Foram investidos mais de R$ 1,6 bilhão em toda essa operação. Os pneus são recolhidos em mais de 1.000 pontos de coleta em todo o país.

4. Destino dos pneus que não servem mais no Brasil

57%: Reaproveitamento energético – o material tem alto poder calorífico e é utilizado como combustível alternativo em fornos de cimenteiras.

22%: Outros destinos – como asfalto borracha, tapetes para automóveis, pisos industriais ou pisos de quadras poliesportivas.

13%: Produtos laminados – como solas de calçados e dutos de águais pluviais

8%: Siderúrgicas – todo aço retirado dos pneus é enviado para siderúrgicas

5. Compromisso sustentável desde 1999

Desde 1999, o Brasil adotou compromissos ambientais no setor de fabricação de pneus. No mesmo ano, a ANIP criou a Reciclanip, braço da organização com foco na destinação ecologicamente correta de pneus sem vida útil.

Em 2010, o Brasil instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina que os comerciantes e distribuidores devem devolver os produtos aos fabricantes e importadores, sendo que esses devem obrigatoriamente fazer o descarte ambiental correto aos pneus inservíveis.

6. Brasil tem 20 fábricas de pneus

A ANIP contabiliza 20 fábricas do setor de fabricação de pneus no Brasil, de suas empresas-membro. Nove unidades estão localizadas em São Paulo, das empresas Bridgestone, Pirelli, Prometeon, Maggion, Michelin, Good Year (3) e Titan.

As fábricas brasileiras dessas e de outras empresas estão instaladas ainda no Amazonas (Michelin), Bahia (Bridgestone, Continental e Pirelli), Paraná (Dunlop e duas da Tortuga), Rio Grande do Sul (Rinaldi e Prometeon) e Rio de Janeiro (duas da Michelin).

Redação automotivebusiness.com.br

Importadores de veículos cresceram 8,7% em maio

As vendas de veículos importados tiveram alta de 8,7% em maio. É o que aponta o último ranking de emplacamentos das marcas filiadas à Abeifa (Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores).

De acordo com a associação, foram licenciadas 4.919 unidades, das quais 1.630 importadas e 3.289 de produção nacional. Em relação aos resultados de abril, a queda foi de 2,3%. Já comparando com os resultados de maio de 2021, a redução foi de 25,6%.

Considerando apenas os veículos importados, as associadas da Abeifa tiveram crescimento de 8,7% em relação a abril, mas houve redução de 28% ante maio de 2021. Naquela ocasião, foram vendidas 6.616 unidades.

Números contrastantes

No resultado acumulado, a Abeifa totaliza 24.223 unidades licenciadas, um volume 12% inferior ao registrado nos cinco primeiros meses do ano passado

A disparidade fica ainda maior separando os números de veículos importados e produzidos localmente. Enquanto os importados amargaram baixa de 33,2% (7.035 unidades este ano contra 10.528 veículos em 2021), a produção nacional teve crescimento de 1,1% (17.188 x 17.001 unidades).

Contabilizando as 4.919 unidades licenciadas (somando importados e produção nacional) em maio, as associadas à Abeifa ficaram com 2,8% de participação no mercado total de automóveis de passeio e comerciais leves (174.814 unidades).

Se considerarmos apenas as 1.630 unidades importadas, as empresas da Abeifa abocanharam apenas 0,9% do mercado interno brasileiro, ao passo que os 3.289 veículos produzidos no país significaram participação de 1,8%.

Volvo lidera entre importados e Caoa Chery domina nacionais

Entre as 11 associadas da Abeifa, a Volvo liderou entre as marcas importadas em maio com 582 unidades licenciadas. A Kia aparece logo atrás com 413 veículos emplacados, seguida por Porsche (260) e JAC Motors (160).

Apenas três das associadas produzem veículos no Brasil. Entre elas, a Caoa Chery é a líder com folga: em maio, a empresa vendeu 3.046 veículos, bem mais do que Land Rover (196 unidades) e Suzuki (47 carros).

Redação automotivebusiness.com.br

Pesquisa mostra que 90% dos brasileiros mudaram hábitos de consumo por conta da inflação

A alta na inflação vem sendo o aspecto mais democrático do atual governo, já que quase ninguém consegue escapar da escalada de preços — mais de 12% no acumulado dos últimos 12 meses e o maior índice para abril desde 1996 —, que atinge especialmente os mais pobres. Segundo uma pesquisa recente, nove em cada 10 brasileiros têm mudado seus hábitos de consumo por conta dessa subida.

Energia elétrica, água, combustíveis, gás, transporte e alimentação estão entre os itens em que os brasileiros estão consumindo menos ou de maneira mais controlada. O estudo, divulgado no início da semana pela CNN Brasil. foi feito pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), em parceria com a Euroconsumers.

Cerca de 70% dos entrevistados afirmaram que têm desligado ou usado eletrodomésticos menos frequentemente para economizar na conta de luz. O banho também tem sido impactado, com 41% afirmando que tomam menos banhos ou banhos mais curtos para controlar os gastos. Pelo menos 40% revelaram que têm tido problemas para pagar as despesas com eletricidade e gás.

O estudo também mostrou que 44,5% dos brasileiros hoje evitam usar o carro por causa dos preços dos combustíveis. Isso fez com que cerca de 33% dos entrevistados passassem a usar bicicletas para se deslocar. O transporte público também vem sendo mais utilizado.

A escalada dos preços também impacta diretamente na questão alimentícia. Cerca de 50% dos participantes da pesquisa afirmaram que passaram a comer menos carne bovina, frango e peixe, como forma de reduzir os gastos. Quase 65% disseram que passaram a comprar produtos de marcas mais baratas.

“Sabemos que a população mais impactada por esse aumento é a mais pobre, porque os alimentos representam boa parte da sua renda. Quando falamos da energia, por exemplo, as pessoas de classe alta também fazem cortes, diminuem uso de luz, de ar-condicionado. Mas quando o assunto são os alimentos, é muito provável que as pessoas mais ricas não deixem de consumir a carne e essa tendência se concentre entre os mais pobres”, afirmou o diretor da Proteste, Henrique Lian, em entrevista à CNN.

Por sua vez, o economista do Ibmec-RJ Gilberto Braga afirma que a alta nas contas de luz causada pela bandeira de escassez hídrica pode ter contribuído para essa mudança de hábitos. “As contas de água, de luz e de gás são números que estão na mira dos brasileiros nesse momento que precisam cortar custos. A própria sobretaxa na conta que terminou recentemente ajudou os brasileiros a se conscientizarem da necessidade do uso mais econômico e racional da energia”, disse ele.

Sem reservas econômicas

A pesquisa também perguntou para os participantes sobre as reservas financeiras que eles teriam à disposição para enfrentar novas altas de preços. Cerca de 58% disseram não ter nenhuma economia, 38% têm um pouco de dinheiro na poupança e apenas 4% têm boas reservas. Além disso, mais de 70% dizem temer gastar por medo de tempos mais difíceis.

Para Braga, esse cenário de pouca poupança está diretamente ligado à pandemia de Covid-19. “Muitos brasileiros tiveram que gastar as reservas financeiras. A família que vive só de salário e que não tem uma remuneração elevada foi obrigada a usar essas reservas, ou porque teve perda de renda, ou foi demitida, ou teve a jornada de trabalho reduzida. Então é natural que esses recursos fossem utilizados nesse período, porque era mesmo esse o objetivo da poupança”, afirmou o economista.

Dos entrevistados, 39% disseram que sua situação financeira está pior este ano, 45% responderam que está igual e 16% viram uma melhora. Ainda, 70% disseram que acreditam que os preços dos combustíveis, eletricidade e gás já vinham crescendo no Brasil antes do início da guerra na Ucrânia, a desculpa mais recente do governo, e 86% acham que os valores subiram sem relação com o conflito na Europa.

Em uma entrevista recente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou o uso da guerra como desculpa para a inflação no Brasil. “Não é verdade que a guerra da Ucrânia tem influência nos preços aqui no Brasil, 50% da inflação brasileira é da responsabilidade dos preços controlados pelo governo. É energia elétrica, óleo diesel, gás de cozinha e gasolina. Então, o governo que crie vergonha e tenha a coragem de dizer para a Petrobras que os preços não serão internacionalizados, que um botijão de gás ele pode fazer parte da cesta básica, ele não pode ser vendido a R$ 150,00, ninguém pode gastar 15% do salário mínimo para poder cozinhar comida”, ressaltou ele.

Redação lula.com.br

Fome voltou ao Brasil a partir do golpe de 2016, afirmam economistas

Ao contrário do que diz reportagem da Folha de S.Paulo, a fome no Brasil não começou em 2014, portanto, no governo da presidenta Dilma Rousseff. A fome voltou depois do golpe de 2016 – que sempre foi contra o povo, como denunciou a CUT -, afirmaram as economistas Tereza Campello e Sandra Brandão, em artigo publicado no mesmo jornal, nesta sexta-feira (3).

“A fome voltou ao Brasil a partir do golpe de 2016, que a um só tempo solapou a democracia e deu fim a um auspicioso período de construção de políticas de combate à fome e à pobreza e garantia de segurança alimentar”, escrevem Tereza Campello, que foi ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, nos governos da ex-presidente Dilma Rousseff; e Sandra Brandão, que foi chefe do Gabinete de Informações da Presidência da República de Dilma.

As autoras enfatizam que “em 2014, ao informar a saída do Brasil do Mapa da Fome, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) associou o feito histórico à estratégia que combinou aumento da oferta de alimentos e da renda dos mais pobres, geração de emprego, programas Bolsa Família e de merenda escolar à governança na área de segurança alimentar, com transparência e participação da sociedade”. Campello e Brandão denunciam: “Todos os programas dessa estratégia foram progressivamente fragilizados ou abandonados após o golpe de 2016”.

“Com Michel Temer e a emenda constitucional 95, que congelou os gastos sociais, teve início o desmonte da estratégia reconhecida pela ONU. O desemprego passou para a casa dos dois dígitos desde 2016 e cresceu a parcela de trabalhadores sem direitos trabalhistas e com renda baixa e instável. A reforma trabalhista não produziu mais emprego, mas resultou em mais precariedade e insegurança. A não correção dos benefícios do Bolsa Família diminuiu sua capacidade de sustentar a renda dessa parcela de brasileiras e brasileiros”.

“Com Jair Bolsonaro, o desmonte foi aprofundado. Ele extinguiu o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), espaço de participação social e debate das principais políticas de segurança alimentar do país. Não elaborou o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional para 2020-23 e paralisou a instância federal coordenadora de ações em diferentes setores, deixando a área acéfala”.

“Para superar a fome novamente, o Brasil precisará voltar a crescer, é certo, mas precisará também reconstruir e aprimorar políticas públicas”, concluem as autoras.

Redação CUT

TCU revela que Bolsonaro gastou R$ 21 milhões no cartão corporativo

O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma auditoria sigilosa nos gastos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e da primeira-dama Michelle Bolsonaro e constatou que a família gastou R$ 21 milhões nos cartões corporativos – pagos com dinheiro público – entre janeiro de 2019, início de seu mandato, e março de 2021. Os dados foram publicados pela Veja, que teve acesso à auditoria.

Os auditores do TCU responderam a parte dos questionamentos feitos pelos brasileiros nos últimos meses, que consiste especialmente na pergunta: por que o governo Bolsonaro determinou sigilo de 100 anos em 99% dos gastos presidenciais com cartões corporativos?

Eles vasculharam arquivos dos recursos destinados a custear despesas de caráter secreto pagas com cartões corporativos, chamados de suprimento de fundos para responder os questionamentos e descobriram gastos milionários, por exemplo, com alimentação da família Bolsonaro e a do vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos).

De acordo com a Veja, os auditores do TCU descobriram, entre outras coisas, que só entre 2019 e 2021, Bolsonaro gastou R$ 2,6 milhões, supostamente para comprar comida para abastecer sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, e a da Mourão, o Palácio do Jaburu. Em média, foram gastos R$ 96,3 mil por mês, mas não se sabe quais alimentos foram comprados.

Com combustível, Bolsonaro gastou R$ 420,5 mil.

Com viagens, Bolsonaro, que já tirou 15 mini-férias, gastou R$ 16,5 milhões em hospedagem, fornecimento de alimentação e apoio operacional, em geral para participar de motociatas, passear de jet ski, assistir jogos de futebol e outras ‘agendas’ de lazer.

O TCU também concluiu que ministros utilizaram o avião presidencial para curtir feriados fora de Brasília ou assistir a partidas de futebol em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre os envolvidos estão Paulo Guedes (Economia), Fábio Faria (Comunicações), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência).

Redação CUT