Além de calibrados, para uma viagem segura de férias, os pneus devem estar alinhados, balanceados, sem bolhas e com sulcos preservados
Em um ano tão cheio de surpresas, muita gente não vê a hora de dar uma pausa no trabalho (e/ou nos estudos) e correr para a estrada. Entretanto, antes de começar a viagem de férias, alguns cuidados devem ser tomados com o veículo. E os pneus devem receber boa dose de atenção. Portanto, confira o estado dos componentes e redobre a cautela em caso de chuva.
Conhecido como único ponto de contato entre o carro e o solo, o pneu precisa estar em plenas condições antes de qualquer viagem. Por isso, antes de sair de casa, faça inspeção visual em cada um deles – inclusive, o estepe.
Lembre-se que o desgaste da banda de rodagem (aquela, que fica em contato com o solo) deve estar regular. Desse modo, caso um dos lados esteja mais gasto que outro é sinal de que há algum problema de regulagem. Ao menor sinal de desgaste irregular, revise o sistema.
De acordo com a Pirelli, a recomendação é realizar o rodízio dos pneus, bem como alinhamento e balanceamento a cada 10.000 km. Em casos em que o veículo tem utilização intensa, recomenda-se o procedimento a cada 5.000 km. O rodízio serve, dentre outras coisas, para igualar a diferença de desgaste entre pneus traseiros e dianteiros, prologando sua vida útil. Já o alinhamento e o balanceamento do conjunto de rodas farão com que a condução seja mais segura, sem vibrações, e evitam que os pneus se desgastem irregularmente.
Calibragem
Se tudo estiver em ordem, verifique a pressão de todos os pneus. A calibragem ideal, determinada pela fabricante do veículo, está indicada no manual do proprietário – ou afixada no batente da porta do motorista. É recomendado fazer essa verificação uma vez por semana, sempre com os pneus frios, sem se esquecer de calibrar também o estepe. “Pneus com a pressão adequada oferecem melhor aderência, reduzem o risco de aquaplanagem, melhoram a eficiência energética e duram mais”, comenta Roberto Falkenstein, consultor da área de tecnologias inovativas da Pirelli.
Caso seu carro esteja com muita carga no momento da viagem, a dica é utilizar pressão superior à normal. Se esse for o caso, respeite a indicação, e lembre-se de voltar à regulagem normal no retorno das férias.
Por falar em calibragem, tenha em mente que se a pressão dos pneus estiver apenas 3,0 psi (ou libras) abaixo do indicado, o consumo de combustível subirá 2%. Rafael Astolfi, gerente sênior de serviços técnicos ao cliente da Continental Pneus Américas, explica que a pressão insuficiente impede que a banda de rodagem tenha contato total com a pista, exigindo mais dos ombros do pneu. “Nesse cenário, a distância de frenagem é maior. Além disso, a baixa calibragem demandará que o motorista pise mais no acelerador, o que aumenta o consumo de combustível”, pondera.
TWI
A vida útil do componente deve ser sempre respeitada. Pneus desgastados têm menos aderência, principalmente em piso molhado – situação comum na época mais chuvosa do ano, o verão. Caso a profundidade dos sulcos estiver no limite do TWI, é necessário substituir imediatamente os pneus. O TWI (Tread Wear Indicator, na sigla em inglês), é o indicador da vida útil do pneu e não pode estar na mesma profundidade da banda de rodagem. Isso, a princípio, elimina a capacidade de drenar água e deixa os pneus mais suscetíveis a furos.
Vale ressaltar que, caso nem todos os pneus tenham atingido o TWI e o proprietário opte por fazer a substituição de apenas dois, indica-se colocar os novos no eixo traseiro – independentemente do tipo de tração. De acordo com a Pirelli, isso porque, em situações de emergência e recuperação do controle da direção, é possível controlar o eixo dianteiro do carro, enquanto no traseiro isso não é aplicável. “Seguindo essas orientações, seu veículo irá consumir menos combustível, terá melhor dirigibilidade e maior aderência”, diz Falkenstein.
Fonte: Estadão
foto: Continental/ divulgação