Brasil perdeu dois meses de produção por falta de semicondutores

A escassez de semicondutores impediu neste ano a produção de cerca de 250 mil veículos no Brasil, equivalentes a dois meses de atividade. O problema ainda vai persistir durante o primeiro semestre de 2023. A informação foi confirmada durante entrevista coletiva realizada na quarta-feira, 7, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

“O mesmo veículo que era fabricado dois anos atrás tem hoje mais conectividade e uma dependência maior de semicondutores, e por isso é afetado pela limitação de produção”, recorda o presidente da Anfavea, Márcio Leite. “Ainda não temos uma projeção para o ano que vem, mas acreditamos que a maior limitação em 2023 estará na produção de veículos e não na demanda”, afirma o executivo.

As dificuldades afetam também as linhas de caminhões e ônibus. “A instabilidade na cadeia de produção permanece alta e as equipes de logística e compras das montadoras continuam se desdobrando para entregar as encomendas aos clientes”, afirma o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.

Em novembro foram produzidos 215,8 mil veículos (na soma de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), indicando alta próxima a 5% sobre outubro, que também teve 20 dias úteis. No acumulado do ano foram fabricados 2,18 milhões de veículos, resultando em crescimento de 6,9% sobre os mesmos meses do ano passado. A projeção de 2,34 milhões de unidades para 2022 tende a ser cumprida ou ligeiramente superada pela indústria nacional com a soma de dezembro, já que faltam menos de 162 mil unidades. 

Redação Autobussiness

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