Pneu tem validade? Confira o que é mito e o que é verdade e saiba se você pode ser multado

Fake News em Redes Sociais e informações imprecisas confundem o motorista em relação à durabilidade dos pneus. Há até informações equivocadas sobre multas para pneus vencidos. Na verdade, o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) diz que é uma infração grave “conduzir o veículo sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante”. Ou quando se encontra “em mau estado de conservação, comprometendo a segurança”.

Dessa forma, além de resultar em multa de R$ 195,23, e adição de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH), há risco de retenção do veículo até a sua regularização. No entanto, não existe nenhuma regulamentação no Brasil sobre o vencimento dos pneus.

Os fabricantes dos equipamentos explicam sobre o tema, pois uma confusão comum é misturar o significado de validade do pneu com o de garantia. “A validade do pneu é indeterminada, motivo pelo qual não consta no produto. No caso da Pirelli, damos cinco anos de garantia a partir da data da compra dos pneus, porém é plenamente possível que o produto ainda esteja em boas condições mesmo após o término da garantia”, explica Roberto Falkenstein, consultor da área de tecnologias inovativas da empresa.

O técnico ainda explica que “Caso o cliente não possua a nota fiscal, essa garantia vai de acordo com o número DOT marcado no pneu, onde está grafada a semana e o ano de fabricação dele”. O DOT é uma série de letras e números, que fica na lateral do pneu. Para saber a data de fabricação do produto, fique atento aos números. Os dois primeiros números indicam a semana de fabricação e, os dois últimos, o ano.

Outro fabricante, a Continental acrescenta que “a vida útil de um pneu é uma função cumulativa das condições de armazenamento, conservação, rodagem e serviço às quais um pneu é submetido ao longo de sua vida útil (carga, velocidade, pressão de inflação, acidentes, etc.). Como as condições de serviço variam muito, não é possível prever com precisão a vida útil de qualquer pneu específico em um tempo cronológico”.

A empresa ainda dá algumas dicas: é válido ressaltar que, a partir do quinto ano, os pneus devem ser inspecionados anualmente. O prazo acima visa minimizar os efeitos do envelhecimento dos pneus, que é caracterizado pela alteração, redução ou perda das propriedades dos materiais de seus componentes e que, com o tempo, leva a redução de suas capacidades e de sua performance. Porém pneus sujeitos a condições de operação mais severas devem ser inspecionados com maior frequência.

Reposição e uso

No caso de uma reposição, o consumidor deve ficar atento à armazenagem do produto. Se ela fora incorreta, o pneu pode sofrer com deformações, além de a borracha perder algumas de suas propriedades. Não pode haver contato do equipamento com derivados de petróleo e outros produtos químicos que possam agredir e deteriorar as composições químicas presentes no produto.

Já no uso, o tempo que o pneu irá durar também está plenamente relacionado a maneira com que o condutor guia seu veículo. Freadas bruscas, passagem constante por buracos e calibragem inadequada são alguns dos aspectos que prejudicam a durabilidade do produto.

Fonte: automotivebusiness.com.br

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