Achatar salários é política levada à sério por Bolsonaro

Bolsonaro leva tão à sério sua política de achatamento do salário mínimo que conseguiu a “proeza” de ser o único presidente, desde a implantação do Plano Real, em 1994, a fechar o mandato com o salário mínimo valendo menos do que na posse, em 2019.

Assim, o quadro analisado pelo pesquisador difere radicalmente do Brasil na época das gestões de Lula e Dilma, que valorizaram um aumento real do salário mínimo.

De 2004, quando o valor do salário mínimo era de R$ 260,00, a 2016, a política de valorização do salário mínimo adotada pelos governos do pT promoveu um aumento real de 74,33% nos rendimentos. Se nesse período tivesse sido aplicada a política nefasta de Bolsonaro e Guedes, o piso nacional em janeiro de 2020 teria sido de R$ 599.

A política foi resultado de negociação entre as centrais sindicais e o governo Lula a partir das Marchas a Brasília, realizadas anualmente até 2009. As duas primeiras, em 2004 e 2005, conquistaram reajustes expressivos para o salário mínimo nos anos seguintes. Estabeleceu-se um longo processo de valorização que de 2004 a 2019 significou reajuste acumulado de 283,85%, enquanto a inflação (INPC-IBGE) foi de 120,27%.

Em 2004, o salário mínimo foi reajustado em 8,33%, enquanto o INPC atingiu 7,06%. Em 2005, a correção foi de 15,38%, contra inflação de 6,61%. Em 2006, a inflação correspondeu a 3,21% e o reajuste alcançou 16,67% – aumento real de 13,04%.

Redação pt.org.br com CNN

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