A participação do movimento sindical e de movimentos populares na elaboração de propostas para o plano de governo do ex-presidente Lula foi o principal tema de encontro com sindicalistas da CUT, na manhã desta segunda-feira (4), na sede da Central, em São Paulo. Durante o evento, Lula afirmou que o país vive “um momento difícil” e a unidade e a luta das centrais serão fundamentais para a reconstrução do país.
As centrais sindicais realizam a Conferência da Classe Trabalhadora (Conclat-2022), no próximo dia 7 de abril, em São Paulo, quando apresentarão a Pauta da Classe Trabalhadora a todo o país. No 13, o documento será entregue ao ex-presidente para Lula, em uma reunião com os presidentes das centrais. para Lula, “é muito importante fazer com que as propostas, a pauta unificada da classe operária, sejam de conhecimento de toda sociedade”.
Na reunião da Direção Nacional da CUT nesta segunda, os dirigentes CUTistas lançaram a Plataforma da CUT para as Eleições 2022, documento que já se tornou uma tradição da Central desde 2010, e entregaram o documento para Lula.
As propostas da CUT são resultado de várias atividades realizadas pela Central, que, desde 2005 debate os temas de interesse da classe trabalhadora, elabora documentos e entrega para os candidatos – em todos os pleitos.
Propostas contra os ataques aos trabalhadores
Durante o evento, Lula destacou que as centrais devem elaborar as propostas de forma direta e objetiva sobre o futuro que a classe trabalhadora quer para si nos próximos anos. Ao enumerar os vários ataques sofridos pelos trabalhadores e pelo movimento sindical desde o golpe de 2016, contra a presidenta Dilma Rousseff, Lula deu uma injeção de ânimo na tropa indicando ações para que, se for eleito, possa recolocar o Brasil em uma rota de reconstrução social e econômica.
“Vivemos um momento difícil no Brasil. Teve o impeachment e não aconteceu outra coisa na vida do movimento sindical senão derrota atrás de derrota como as reformas [Trabalhista e da Previdência Social], o desmonte da Justiça do Trabalho, o desmonte das finanças dos sindicatos, o desmonte dos direitos trabalhistas que vinham sendo construídos desde 1943”, pontuou o ex-presidente.
Fonte: CUT
Foto: Roberto Parizotti