Preço da gasolina bate recorde após novo aumento em abril

O preço médio nacional da gasolina foi de R$ 7,498 na primeira quinzena de abril, o maior já registrado no País. O valor representou alta de 2,9% na comparação com março (R$ 7,288). As informações foram coletadas entre 1º e 13 de abril pela ValeCard, empresa que monitora, desde janeiro de 2019, preços em mais de 25 mil postos brasileiros.

De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, publicadas nesta segunda-feira (18), nos últimos 12 meses, a alta da gasolina foi de 30,7%. O combustível custava em média R$ 5,737 em abril.

Entre os estados que registraram as maiores altas estão Piauí (5%), Paraná (4%) e Pernambuco (3,9%).

Entre as capitais, o valor médio da gasolina foi de R$ 7,461. Teresina (R$ 8,245), Aracajú (R$ 7,760) e Rio de Janeiro (R$ 7,758) foram as capitais com preços mais altos na primeira quinzena de abril.

Já os menores valores médios foram encontrados em Porto Alegre (R$ 6,740), Cuiabá (R$ 6,939) e Florianópolis (R$ 6,966).

Na cidade de São Paulo, preço médio na primeira quinzena foi de R$ 6,999.

Fonte: CUT

Foto:  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Governo anuncia reajuste do salário mínimo sem ganho real, pela quarta vez

Apesar da inflação dos últimos 12 meses ter batido mais de 11% o governo de Jair Bolsonaro (PL), apresentou uma proposta de reajuste do salário mínimo de 6,7% – índice que reflete a projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) para este ano. Com isso, o atual salário mínimo passaria de R$ 1.212 para R$ 1.294 – um aumento de apenas R$ 82.

O índice do reajuste consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2023 e foi enviado também no dia 14 ao Congresso Nacional. O PLDO ainda apresentou previsões de R$ 1.337 para o salário mínimo em 2024 e de R$ 1.378 para 2025.

O valor do salário mínimo para o próximo ano ainda pode ser alterado, dependendo do valor efetivo do INPC neste ano. Pela legislação, o presidente da República é obrigado a publicar uma medida provisória até o último dia do ano com o valor do piso para o ano seguinte.

Fim da Política de Valorização do Salário Mínimo

Embora o índice ainda possa ser alterado, desde que assumiu a presidência, Bolsonaro nunca aplicou a Política de Valorização do Salário Mínimo, dos governos Lula e Dilma (PT), que seguia o reajuste de acordo com uma fórmula que previa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos anteriores mais a inflação oficial do ano anterior.

Com essa política proposta pela CUT com o apoio das demais centrais sindicais, o salário mínimo, nos governos do PT,  teve uma valorização real de 77,01%, entre 2013 e 2017, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Mas desde 2020, o reajuste passou a seguir apenas a reposição do INPC e o poder de compra do salário mínimo é menor a cada ano.

O fim da valorização do salário mínimo é motivo de críticas tanto de economistas progressistas como do próprio ex-presidente Lula que tem criticado o argumento dos neoliberais de que aumento de salário de trabalhador provoca inflação.

“Queremos empregos, queremos aumento de salário, vamos reajustar o salário mínimo todo ano de acordo com o crescimento do PIB, além da inflação”, disse Lula no encontro com sindicalistas, realizado na quinta-feira passada (14).

Quem ganha até um salário mínimo no Brasil?

No último trimestre de 2021, o total de trabalhadores ocupados que recebiam até 1 salário mínimo era de 33.399.968. Desses, com carteira assinada eram  7,2 milhões eram ocupados  no setor privado, 667 mil no emprego doméstico; 227,8 mil no setor público  e 786,6 mil eram estatutários no setor público, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD Continua).

Os últimos dados consolidados da Previdência, no qual é possível inferir faixas de valor, são para o ano de 2019.

Naquele ano, de um total de 29.051.662 beneficiários(as) da Previdência, 15.598.487 recebiam exatamente 1 salário mínimo de benefício, sendo que ainda 608.057 recebiam abaixo desse valor.

Fonte: CUT, com informações da Agência Brasil

Volkswagen retoma produção em Taubaté em fevereiro e prepara lay-off

A Volkswagen pretende retomar a produção na fábrica de Taubaté (SP) em 3 de fevereiro, em apenas um turno, informou a montadora e o sindicato dos metalúrgicos local. A unidade está sem produzir desde 23 de dezembro em função das modificações que a montadora está fazendo na linha para produzir um novo modelo sobre a plataforma MQB. Os trabalhadores estão em férias coletivas desde 4 de janeiro.

Um turno na unidade equivale a cerca de 1,2 mil trabalhadores. Parte dos demais funcionários do quadro da fábrica, cerca de 2 mil pessoas, deverá entrar em lay-off a partir de fevereiro por período que pode durar de dois até cinco meses, de acordo com a legislação trabalhista. A montadora confirmou que protocolou um pedido para a unidade junto ao Ministério do Trabalho.

Fábrica da VW trabalhará em ritmo menor em 2022

Segundo fonte ouvida pela reportagem, o segundo turno não voltará a operar em 2022, considerando condições de fornecimento e de mercado, afora os ajustes na linha. O cenário, inclusive, já levou fornecedores da unidade a demitirem os funcionários que atuavam no segundo turno em Taubaté.

“A montadora pretende operar na unidade em apenas um turno, fazendo revezamento por meio das medidas de manutenção do emprego, como é o caso do lay-off”, informou a fonte na segunda-feira, 24. Em Taubaté são montados os modelos compactos Gol e Voyage. É esperada para a unidade a produção do Polo Track, que será lançado em 2023 e é fruto de parte dos R$ 7 bilhões que a companhia anunciou para a região até 2026.

A montadora, no entanto, informou que retomará o segundo turno de produção em abril. A Volkswagen informou, ainda, que as demais unidades produtivas – São Bernardo do Campo (SP), São Carlos (SP) e São José dos Pinhais (PR) – estão operando normalmente após pausas para férias coletivas. Em São Bernardo do Campo a montadora afirma haver um excedente de 2,3 mil funcionários e, por isso, um Programa de Demissão Voluntária (PDV) está em curso na unidade.

A fábrica, onde são produzidos os modelos Polo, Virtus, Nivus e Saveiro, está operando em um turno desde novembro. Ali, 1,5 mil funcionários estão com os contratos de trabalho suspensos.

Foto: automotivebusiness.com.br

Vendas de veículos ganham força na 1ª quinzena de abril

Depois de um primeiro trimestre abatido, as vendas de veículos enfim mostraram alguma reação na primeira quinzena de abril. Até o dia 14 foram licenciados 73,9 mil veículos novos, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O número representa evolução de 13,5% sobre a primeira metade de março.

Os dados do Renavam foram adiantados por uma fonte a Automotive Business. Com esse resultado, a média de emplacamentos foi de 7,3 mil veículos em cada um dos 10 dias úteis da quinzena. O ritmo é mais alto do que as 6,6 mil unidades/dia registradas ao longo do mês de março.

Caso as vendas de veículos sigam nesse compasso durante a segunda metade de abril, o setor deve alcançar os 130 mil emplacamentos esperados pelo setor da distribuição de veículos para o mês.

Expectativa de melhora nos próximos meses

Caso a tendência de fortalecimento das vendas se mantenha, o mercado vai convergir para a expectativa da Anfavea, associação que representa as montadoras instaladas no Brasil. Segundo a organização, desde o começo do ano a expectativa era de um primeiro trimestre com demanda mais fraca, com melhora gradativa nos meses seguintes.

Outro fator que pode ter influenciado a melhora do patamar de vendas é a redução do IPI, Imposto sobre Produto Industrializado. Alíquota ficou 18,5% menor para automóveis, o que pode representar diminuição de 1% a 4% no preço dos veículos. Ainda assim, há a promessa do governo de uma nova diminuição do tributo, o que pode manter muitos clientes em compasso de espera até que a desoneração seja, de fato, implementada.

Apesar da melhora na quinzena, a própria Anfavea admite que o cenário é um tanto adverso. A falta de semicondutores para fabricar veículos persiste, impedindo as empresas de abastecerem suas concessionárias. Além disso, a alta de inflação e, consequentemente, dos juros para conter a escalada de preços, tem tornado o financiamento de veículos caro demais para a maior parte dos brasileiros.

Fonte: automotivebusiness.com.br

Presidente repete mentiras sobre urnas eletrônicas para colocar democracia em suspeita

Jair Bolsonaro não para de mentir. Conta pelo menos 7 informações falsas por dia e não deve parar por aí. Em discurso na cidade de Parnamirim (RN), o ex-capitão loroteiro voltou a colocar dúvidas sobre as urnas eletrônicas, o processo eleitoral e o resultado das eleições de 2022 e aproveitou para ameaçar o Judiciário.

Amedrontado com os péssimos resultados de seu (des)governo, Bolsonaro voltou a por e cheque o sistema eleitoral brasileiro. Mesmo depois de o projeto do voto impresso ter sido derrubado no Congresso Nacional, ele disse que os votos das eleições serão contados, sem explicar como. “Podem ter certeza que, por ocasião das eleições de 2022, os votos serão contados no Brasil. Não serão dois ou três que decidirão como serão contados esses votos”, disse, em referência a Luís Roberto Barroso, ex-presidente do TSE; Edson Fachin, o atual; e Alexandre de Moraes, que será presidente nas eleições.

É bom lembrar que Bolsonaro aparece em segundo lugar, atrás do presidente Luís Inácio Lula da Silva, em todas as sondagens eleitorais.

Bolsonarismo golpista

Ainda que sejam vítimas de tantos ataques do bolsonarismo, desde 1996 nenhuma fraude contra as urnas eletrônica foi verificada. Segundo o levantamento Desinformação On-Line e Contestação das Eleições, feito pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (DAPP-FGV), só no Facebook, entre novembro de 2020 e janeiro de 2022, foram 394.370 postagens sobre fraude nas urnas eletrônicas e voto impresso auditável.

Boa parte dessa atividade é promovida por agentes públicos conectados ao bolsonarismo. Suspeita-se, inclusive, que dinheiro público seja gasto na promoção destas fake news.

O maior emissor da mentira que as urnas eletrônicas estão sujeitas à fraude é o próprio Jair Bolsonaro que, por conta de suas falsas denúncias, teve seu nome incluído no inquérito em que o STF investiga as milícias digitais. O ocupante do cargo máximo do Poder Executivo deixa a fome voltar a crescer enquanto se preocupa em desinformar a população em posts nas redes, lives, declarações e pronunciamentos.

Segundo o estudo, 43% das mentiras mais populares sobre o tema entre os anos de 2020 e 2022 são da página de Bolsonaro, que ainda figura entre os perfis que mais têm interações nas publicações com as notícias falsas sobre urnas eletrônicas e voto impresso.

Em 22 de março, o YouTube se comprometeu a tirar do ar vídeos com acusações infundadas sobre fraude nas eleições de 2018. A plataforma também irá remover material que contenha alegações falsas de que as urnas eletrônicas brasileiras tenham sido hackeadas nas eleições presidencial e votos adulterados.

Fonte: lula.com.br

Nissan vai investir US$ 250 milhões no Brasil e quer topo do mercado

Com a meta de ganhar espaço no mercado de veículos da América Latina, a Nissan anunciou investimento de US$ 250 milhões na fábrica de Resende (RJ). Com o aporte, a empresa vai modernizar a planta nacional, lançar novos produtos e, assim, planeja figurar entre as três principais marcas de veículos da região.

O anúncio foi feito pelo COO da Nissan, Ashwani Gupta, na quarta-feira, 6, durante evento de lançamento da nova Frontier.

“Estamos felizes em anunciar o investimento de US$ 250 milhões na fábrica de Resende como parte da nossa estratégia para crescer mais que o mercado”, disse o executivo. Segundo ele, a montadora já investiu total de US$ 21,5 bilhões nas instalações e atualizações das fábricas do Brasil e Argentina.

Nos últimos anos, a companhia vinha enxugando o número de modelos em produção no complexo industrial de Resende. Saíram de linha o compacto March, depois o Versa/V-Drive para, enfim, sobrar apenas o utilitário esportivo Kicks. Segundo o presidente da Nissan América do Sul, Airton Cousseau, o objetivo é trabalhar com poucos modelos no mercado brasileiro, mas posicioná-los na liderança de seus segmentos. 

O executivo diz que a meta é garantir mais relevância para a Nissan na América do Sul. Em 2021, as vendas da marca no continente cresceram 19%. No mercado brasileiro a alta foi de 6%, enquanto as vendas evoluíram 26% na Argentina, 36% no Chile e 79% no Peru.

“Nossos resultados têm aumentado ano a ano e isso é resultado da nossa excelente estratégia em termos de produtos, satisfação do cliente e parceiros locais”, apontou o presidente da Nissan América do Sul, Guy Rodriguez.

Segundo turno e foco em exportações

Na terça-feira, 5, a companhia confirmou a reabertura do segundo turno de produção em Resende, o que eleva a capacidade produtiva da fábrica para 100 mil unidades por ano – todas do Kicks. Segundo Rodriguez, nos últimos anos o crescimento do modelo no mercado foi prejudicado por gargalos na produção.

O objetivo agora é reconquistar a fatia do mercado perdida. “Para estarmos entre as marcas top 3 do mercado regional, precisamos de maior volume. Por isso, anunciamos este novo investimento e o segundo turno na fábrica do Brasil.” No ano passado, o Kicks bateu recordes de performance: foram produzidas 42.462 unidades, foram vendidos 47.638 veículos e exportados 6.965. 

A companhia também anunciou segundo turno de produção na unidade de Córdoba, na Argentina, onde é feita a picape Frontier. Serão mais 550 novos colaboradores na fábrica.

Construída em 2014, a planta de Resende teve investimento inicial de US$ 1,7 bilhão. Em oito anos de operação, foram feitas naquelas linhas de montagem mais de 500 mil veículos, sendo 80 mil para exportação – que acontece desde de 2016.

Fonte:https://automotivebusiness.com.br

Enquanto população de rua cresce, o governo Bolsonaro segue sem política habitacional

Em um dos sintomas mais visíveis e tristes da crise econômica e social que assola o Brasil desde o golpe de 2016, calcula-se que a população de rua nas cidades brasileiras já passe de 222 mil pessoas, uma trajetória que pode ser acompanhada ao longo do tempo nas fotos do Google Street View. Lançado esta semana, o estudo “O Preço do Desmonte”, elaborado pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), traz números assustadores sobre essa realidade.

Na seção dedicada ao “Direito à cidade”, os pesquisadores do instituto mostram que o fomento federal à habitação popular foi enormemente reduzido nos orçamentos dos três anos do governo de Jair Bolsonaro.

Sem Ministério das Cidades e sem Minha Casa Minha Vida

A falta de uma política voltada para o planejamento urbano no Brasil já foi marcada no primeiro dia do atual governo, quando o Ministério das Cidades deixou de existir e teve sua estrutura incorporada ao Ministério do Planejamento Regional.

O governo também encerrou o programa Minha Casa Minha Vida, um dos carros-chefe da política de combate à desigualdade social iniciada no governo Lula. O programa, que entre 2009 e 2016 entregou 2,7 milhões de moradias em milhares de municípios brasileiros, foi substituído pelo Casa Verde e Amarela.

O desmonte continua em 2022, já que não há no orçamento federal qualquer verba prevista para a subfunção habitação urbana, repetindo o que aconteceu nos três anos anteriores. Isso, repita-se, em um país com um déficit habitacional que é estimado em 6 milhões de imóveis.

Fonte: lula.com.br

Quarta (20) tem assembleia para debater proposta do acordo coletivo da Continental

A diretoria do Sindborracha esteve reunida, nesta segunda-feira (18), com representantes da Continental para discutir sobre a pauta de reivindicações dos trabalhadores.
Diante disso, o sindicato convocou assembleia única, com todos os turnos e pessoal do ADM, na próxima quarta-feira (20), às 7h, na porta da fábrica, em Camaçari. Na oportunidade, será apresentada a proposta do acordo coletivo para votação.

Bridgestone investe em empresa que criou tecnologia para monitorar desgaste de pneus

A Bridgestone anunciou que investirá na Tyrata, empresa de gerenciamento de sensores e dados de pneus. A companhia chamou atenção ao desenvolver uma solução automatizada para medir a banda de rodagem dos pneus, sendo capaz de coletar dados de desgaste e armazenar informações de análises na nuvem.

“Nossa parceria com a Tyrata vai reforçar e ampliar nosso portfólio de soluções de gerenciamento de pneus para frotas de todos os tamanhos, conforme avançamos rumo a uma mobilidade mais segura, eficiente e sustentável. Com a tecnologia, mais frotas terão a oportunidade de otimizar todo o seu programa, aumentando a segurança e reduzindo a pegada ecológica”, afirmou Brian Goldstine, presidente de Soluções de Mobilidade da Bridgestone Americas.

A tecnologia IntelliTread da Tyrata substitui a verificação manual feita em pátios de estacionamento por um sistema tipo “drive-over”, que funciona por meio de sensores resistentes ao clima e à poeira. Além da maior facilidade de instalação, a novidade garante medições mais precisas da profundidade das ranhuras da banda de rodagem.

Maior vida útil

O sistema também detecta padrões de desgaste irregular nas frotas, ajudando a determinar a duração de cada pneu, diminuir os custos operacionais e garantir maior segurança nas operações.

As informações oferecidas pela plataforma IntelliTread Tyrata.io serão aproveitadas pela Bridgestone para maximizar a vida útil dos pneus das frotas, reduzir o tempo de inatividade e promover práticas recomendadas para seu desempenho sustentável.

“O investimento da Bridgestone representa um marco muito significativo na validação da tecnologia e do modelo de negócios da Tyrata. Estamos felizes por trabalhar com eles e por ter acesso a um dos maiores canais de frotas do mundo”, concluiu Jesko von Windheim, CEO da Tyrata, Inc.

Fonte: automotivebusiness.com.br

Financiamento de veículos tem queda no primeiro trimestre

Mais um segmento do setor automotivo amarga retração nos números. Desta vez foi o mercado de financiamento veicular, que até registrou bom desempenho em março na comparação com fevereiro, mas que, no acumulado do ano, apresenta balanço de queda.

Segundo levantamento da consultoria B3, no primeiro trimestre as vendas a crédito somaram 1,2 milhão de unidades. O desempenho representa recuo de 9,2% em relação ao mesmo período do ano passado – equivalente a 129 mil unidades financiadas a menos.

O número inclui automóveis de passeio, comerciais leves, motocicletas e veículos pesados, novos e usados. As vendas financiadas de veículos em março de 2022 somaram 468 mil unidades. Na comparação com fevereiro, o volume foi 15% superior, o que é justificado pelo número de dias úteis a mais. Porém, o desempenho em relação a março de 2021 também representa queda, de 5,5%.

Motos se destacam mais uma vez

O setor de motocicletas, contudo, vai na direção contrária. Com 103 mil unidades financiadas ao longo do mês, o segmento de duas rodas anotou crescimento de 25,3% em relação a março de 2021. Na comparação com o mês de fevereiro de 2022, o aumento das vendas de motos a crédito foi de 42,4%.

As categorias de pesados e carros de passeio foram as que apresentaram maior queda. O financiamento de veículos pesados caiu 17,6% em comparação a março do ano anterior. Já os leves tiveram redução de 11% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Efeito principalmente da queda nas vendas de veículos 0 km.

“No mês de março vimos a continuidade do cenário que já se apresenta há algum tempo, com o recuo nos financiamentos, principalmente de autos leves novos, reflexo da queda nas vendas de veículos”, observa Tatiana Masumoto Costa, superintendente de Planejamento da B3.

Para a executiva, o cenário demonstra ainda um clima de expectativa e cautela. “Quando comparamos aos meses diretamente anteriores, o comportamento do mercado se mantém, de certa forma, estável, sem que percebamos uma melhora da demanda por parte do consumidor”, diz.

Fonte: automotivebusiness.com.br