Para combater a fome, Lula pede uma política econômica com maior distribuição de renda

Em entrevista coletiva para youtubers e a mídia alternativa na manhã de hoje, 26, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a colocar o combate à fome como uma prioridade não apenas para o Brasil, mas para o mundo. Para ele, o fato de ainda existirem milhões de pessoas no mundo passando por insegurança alimentar é o resultado de uma falha crítica nas políticas públicas, que deve ser corrigida.

“A desigualdade não é um fato natural, é um fenômeno da incapacidade das pessoas que governam os países de cuidar do povo como ele merece. Nós não temos fome pela falta de produção de alimentos. Nós temos fome pela falta de recursos para as pessoas comprarem o que comer. A gente produz mais alimentos do que necessitamos. E mesmo assim nós temos 900 milhões de pessoas indo dormir sem ter um prato de comida para comer”, ressaltou.

O ex-presidente usou como exemplo o recente anúncio, feito pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de uma nova ajuda financeira para a Ucrânia, para mostrar como uma melhor alocação dos recursos facilitaria o combate à fome.

“Isso se deve efetivamente à falta de um olhar humanista para os países mais pobres. Imagina se o presidente Biden, que anunciou na semana passada mais 800 milhões de dólares para a guerra na Ucrânia, tivesse a mesma disposição para mandar 800 milhões de dólares para comprar comida para o povo pobre. Vamos escolher um continente, o povo pobre da África ou da América Latina. O que acontece é que muita gente as pessoas pobres não são olhadas como seres humanos, são olhadas como objetos”, criticou Lula.

Para ele, o combate à fome deve ser uma política não apenas de governo, mas uma obrigação do Estado. “Se a Bíblia, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição dizem que é obrigação que todo mundo tenha o que comer, nós temos a obrigação. E nós provamos que é possível. Tenho dito sempre, não é possível que o Brasil que é o terceiro maior produtor de alimentos no mundo tenha gente com fome. Não é possível que o primeiro produtor de proteína animal do mundo tenha gente correndo atrás de carcaça de frango e osso porque não tem dinheiro para comprar. É preciso uma política econômica distributiva”, disse.

IPCA-15 acelera em abril ao registrar aumento médio de 1,73%

Prévia mais próxima da metodologia do índice inflacionário oficial, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 acelerou em abril. O IPCA-15 aumentou 1,73% somente neste mês, ficando 0,78 ponto percentual acima da taxa de março (0,95%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,31%. A variação em 12 meses está em 12,03%.

De acordo com o IBGE, abril deste ano teve a maior variação mensal do indicador desde fevereiro de 2003 (2,19%) e a maior  para um mês de abril desde 1995, quando o índice foi de 1,95%. A prévia segue a mesma metodologia do IBGE para o IPCA, tendo como única diferença o período de coleta dos dados – até o dia 15, enquanto o IPCA adota o mês cheio.

Em abril, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta. A maior variação (3,43%) e o maior impacto (0,74 p.p.) vieram dos transportes, que aceleraram em relação a março (0,68%), seguidos de alimentação e bebidas (2,25% e impacto de 0,47 p.p. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 70% do IPCA-15 em abril.

Seminário com setores da indústria discute retomada do desenvolvimento

Começou nesta quarta-feira (27), o Seminário nacional do Macrossetor da Indústria da CUT, que reúne representantes dos ramos químico, construção civil, energia, alimentação, madeira e vestuário. O objetivo é discutir o futuro dos setores, para construir a retomada do desenvolvimento econômico do país.

Reprodução @cnq_cut

Na abertura, foi feita análise da conjuntura nacional, com Gilberto de Carvalho, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República no primeiro governo Dilma Rousseff. Ainda na programação do primeiro dia, o técnico do Dieese, Fausto Augusto, apresenta diagnóstico da indústria nos últimos 30 anos. Em seguida, a economista Cristina Fróes fala sobre economia e desenvolvimento da indústria no Brasil.

Gilberto de Carvalho e Josué Pereira

O presidente do Sindborracha de Camaçari, Salvador e Região Metropolitana, Josué Pereira, representa a Bahia, ao lado do Sindipetro-BA.

Lula quer política de geração de emprego com mais crédito para micros e pequenas empresas

Em reflexão sobre alternativas de emprego num contexto de mudança no perfil do mercado de trabalho, com perda de vagas formais, jovens sem alternativas depois de deixarem a universidade e muitas pessoas trabalhando em atividades sem nenhum direito, mas acreditando serem donos do próprio negócio, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que o Brasil tenha uma política de apoio ao empreendedorismo. Durante entrevista hoje (26) a youtubers e jornalistas da mídia independente, Lula também afirmou que o BNDES deveria ter uma linha de crédito especial para pequenos e médios empresários interessados em investir nos próprios negócios.

“Precisamos definir concretamente uma forte política em defesa do empreendedorismo. Empreendedor não pode ser o cara da motocicleta e do Uber, que não tem direito, que não tem salário, que não tem patrão. O empreendedor pode ser um cara que tenha no Estado uma política de credito que garanta a ele o seu empreendimento. O Estado tem que dar oportunidade, facilitar, dar crédito. Acho que o BNDES pode mudar de função. Não pode ser um banco para emprestar apenas para grandes empresas. O BNDES precisa ser um banco com carteira especial para pequenos e médios empresários”.

Lula afirmou que é tarefa de todos descobrir qual empregado o mercado quer para que os jovens sejam qualificados de forma adequada. Mais uma vez, ele mencionou a necessidade de reunir trabalhadores, empresários, sociedade e universidade em torno desse debate.

“Precisamos saber que tipo de atividade econômica a gente vai fomentar no país para gerar emprego para uma menina que terminou a universidade, sonhou em fazer direito, sonhou em fazer psicologia, sonhou em fazer medicina e ela precisa ter uma coisa dela para trabalhar d e não tem dinheiro. Precisamos pensar em como gerar um novo mercado de trabalho para essas pessoas e quem tem que saber é a sociedade”, disse afirmando que a escola e a universidade são a primeira chance oferecida à juventude que tem que ter uma segunda chance quando estiver com o emprego na mão. “Possivelmente (a segunda chance) seja o crescimento econômico do país e a criação de linhas de financiamento para que centenas ou milhares de pessoas façam o que queiram fazer”.

Lula afirmou que é papel do Estado dar garantias para que as pessoas vivam bem e tenham acesso aos bens que produzem. A mágica, repetiu, é incluir o povo pobre no orçamento e o rico no imposto de renda.

Redação Lula.com.br

Foto Ricardo Stuckert

População percebe a farsa do Auxílio Brasil de Bolsonaro

O tiro saiu pela culatra da arminha do ex-capitão. Matéria publicada pela Folha de S. Paulo informa que a estratégia de Bolsonaro, de acabar com o Bolsa Família no fim do ano passado, às vésperas do ano eleitoral, para lançar um programa chamado Auxílio Brasil, não deu certo. 

Segundo o jornal, dados colhidos pela própria equipe do atual presidente mostram que a taxa de reprovação de Bolsonaro é alta até mesmo entre as pessoas que recebem o benefício. Por isso, é provável que propagandas de tevê e outdoors sejam lançados para tentar melhorar a imagem do programa. Como o brasileiro não é bobo, porém, a tentativa dificilmente vai funcionar.

E o motivo é simples. O Auxílio Brasil foi uma tentativa de maquiar uma das maiores maldades cometidas pelo governo Bolsonaro: a exclusão de quase 26 milhões de famílias, que foram abandonadas pelo seu governo no momento em que mais precisavam, quando o país ainda enfrenta a pandemia de Covid-19, o desemprego está nas alturas e a inflação fez o preço da cesta básica subir mais de 20% nos últimos 12 meses.

O Partido dos Trabalhadores avisou desde o começo que Bolsonaro estava fazendo a maior exclusão social da história ao acabar, de uma só vez, não só com o Bolsa Família, mas também com o Auxílio Emergencial. Não custa, no entanto, lembrar dos erros criminosos cometidos por Bolsonaro ao lançar seu programa.

1. Abandonou quase 26 milhões de famílias

Até outubro do ano passado, 43,9 milhões de famílias recebiam ajuda contra a fome – 39,3 milhões recebiam o Auxílio Emergencial (sendo que, dessas, 10 milhões eram oriundas do Bolsa Família) e 4,6 milhões permaneciam no Bolsa Família, porque seus benefícios eram maiores que o máximo pago pelo Auxílio Emergencial em 2021 (R$ 375).

Em novembro, os dois programas foram extintos e substituídos pelo Auxílio Brasil, que começou atendendo 14,5 milhões, basicamente o número de beneficiados do Bolsa Família. Depois, Bolsonaro incluiu as famílias que ele havia deixado por anos na fila de espera, ampliando os atendidos para 17 milhões. Mesmo assim, quase 26 milhões continuaram sem apoio.

2. Fez isso sem nenhum tipo de estudo

E Bolsonaro fez isso sem que seu governo tivesse feito qualquer tipo de estudo sobre a situação da população. Foi uma medida tomada completamente às cegas, sem saber quantas famílias ainda precisavam de ajuda para não passar fome. O governo chegou ao ponto de se basear em dados de 11 anos atrás.

“Milhões de famílias completamente excluídas sem que ninguém tivesse tentado saber se essas famílias continuam precisando. Como se a pandemia tivesse terminado, como se a economia estivesse bem e como se essas famílias tivessem voltado à sua vida normal”, alertou na época a ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campello

3. Enganou as famílias que estavam precisando

Para piorar, as 26 milhões de famílias excluídas ainda foram enganadas por Bolsonaro, que disse a elas que, se continuassem precisando de ajuda, deveriam se inscrever no Cadastro Único. 

Então, as famílias excluídas, que já haviam se inscrito no aplicativo do Auxílio Emergencial, tiveram o trabalho de se inscrever também no Cadastro único. Porém, fizeram isso em vão, uma vez que o governo, depois de receber as primeiras inscrições, avisou que elas não seriam “incluídas imediatamente” porque o Auxílio Brasil não conta com “disponibilidade orçamentária”.

4. Promoveu sucessivos cortes de valor e de beneficiários

A população percebe que Bolsonaro nunca se esforçou em realmente ajudar os mais pobres. Quando o Auxílio Emergencial foi criado, em 2020, o governo propôs incialmente um valor de R$ 200. Foi o Congresso Nacional quem instituiu os R$ 600 e para 60 milhões de pessoas. Depois, Bolsonaro foi reduzindo tanto o número de beneficiários quanto o valor do auxílio, e chegou a parar de pagá-lo no começo de 2021.

Quando lançou o Auxílio Brasil, Bolsonaro tentou dizer que os R$ 400 era mais do que o Bolsa Família pagava. Mas a população sabe que o Bolsa Família foi criado em outra época e que as necessidades de hoje são outras. E sabe que, no fim das contas, o que Bolsonaro fez foi reduzir o valor do Auxílio Emergencial, que começou com R$ 600.

Tudo isso mostra que Bolsonaro nunca se preocupou em achar uma solução real para o problema da fome no Brasil. Agiu apenas de forma eleitoreira. E isso ficou claro para todo mundo, até para quem hoje recebe o Auxílio Brasil.

Redação pt.org.br

PPI: o que é e quando começou a dolarização dos combustíveis

Foi no governo de Michel Temer, em outubro de 2016, que a Petrobras passou a adotar o PPI (preço de paridade de importação). Na época, a empresa era presidida por Pedro Parente, escolhido por Temer. Depois de Temer, Jair Bolsonaro manteve a mesma política.

Na prática, o PPI muda a forma de determinar o preço da gasolina, do diesel e do gás de cozinha vendidos pela Petrobras. Em vez de fazer o que seria lógico, ou seja, calcular quanto custa fabricar cada produto, adicionar uma margem de lucro justa e aí vender, a empresa passou a fazer de maneira diferente.

Como? Hoje, para determinar o preço da gasolina, por exemplo, a Petrobras calcula quanto custa importar gasolina de outro país, geralmente dos Estados Unidos. Ela faz a conta: para importar gasolina, preciso comprar de uma refinaria americana, levar até um porto dos Estados Unidos, trazer de navio até o Brasil e depois transportar até os postos de gasolina Brasil afora.

Depois que ela faz essa conta toda e descobre quanto custa importar a gasolina, o diesel e o gás de cozinha, ela decide: “Vou cobrar o mesmo preço”.

Isso é justo?

Claro que isso não é justo. É muito mais barato produzir combustível no Brasil, que é o que a Petrobras faz. Todo o custo dela é em real e a distância que esse combustível precisa percorrer até chegar aos postos é bem menor.

Para importar, a distância é maior e todos os custos são pagos em dólar. E é esse valor que a Petrobras está cobrando dos brasileiros, mesmo tendo pago muito menos para fabricar. É por isso que o PPI, no fim das contas, significa dolarizar o preço do gás e dos combustíveis.

Quem ganha e quem perde com isso?

Quem perde é a população brasileira, que é a verdadeira dona da Petrobras, mas está pagando um preço cada vez mais alto, calculado em dólar, por produtos que são fabricados aqui no Brasil, em reais. Hoje, a gasolina no Brasil é uma das mais caras do mundo

Quem ganha são três grupos muito pequenos de pessoas. O primeiro são os acionistas da Petrobras, ou seja, gente que tem dinheiro para comprar ações da empresa. Como a Petrobras vende a gasolina muito mais cara, o lucro aumenta, aumentando o ganho desses investidores. E esses investidores são, na maioria, gente rica de outros países.

Outro grupo que ganha são os donos de empresas que estão importando gasolina para vender no Brasil. Como a Petrobras garante que o preço vai ficar lá em cima, hoje tem mais de 400 empresas importando gasolina para vender caro aqui no Brasil.

Também ganham os empresários que estão comprando as refinarias e os gasodutos que Bolsonaro está vendendo a preço de banana por aí. Para esses, o lucro é maravilhoso, porque eles fabricam a gasolina aqui no Brasil, como a Petrobras, mas podem vender pelo preço em dólar.

Por que a Petrobras faz isso?

É mesmo de se perguntar por que a Petrobras, que é uma empresa do povo brasileiro, está maltratando o povo brasileiro. A única explicação é que, a exemplo de Temer, Bolsonaro não é comprometido com o Brasil.

O governo dele só existe para dar mais dinheiro aos acionistas estrangeiros e para vender a Petrobras para grupos empresariais de fora, que vão poder explorar os brasileiros como quiserem caso a Petrobras termine de ser entregue para eles.

Fonte: pt.org.br

Lula defende voto jovem para ajudar a mudar a história do Brasil

Em encontro hoje com jovens de Heliópolis, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância da participação da juventude no processo político e disse que as eleições deste ano são oportunidade para mudar o curso da história e definir o Brasil que queremos.  Deputado constituinte em 1988, quando da definição do voto facultativo para quem tem mais de 16 e menos de 18 anos, Lula defendeu que todos nessa faixa etária tirem o título para que possam ajudar a mudar a história do Brasil.

“Temos que mudar o curso da história e essa eleição é uma oportunidade de definir o Brasil que a gente quer. Vamos dizer para quem a gente conhece que tenha mais de 16 anos e não tem o título: não entre na do Bolsonaro. Você não tem que comprar fuzil, não tem que comprar pistola, não tem que comprar bala, não tem que comprar arma. Tire o título do eleitor e dê um tiro nas coisas ruins para a gente mudar a história desse país”, disse.

Lula afirmou que, se a juventude não participar da política, fica difícil mudar e fazer com que melhorias cheguem a comunidades como a de Heliópolis, considerada a maior favela de São Paulo, assim como em toda a cidade. “Se a juventude não se mobilizar com 18 anos, não tiver vontade, fica muito difícil mudar o país. Se você quer mudar a sua cidade, você tem que participar, tirar o título de eleitor e participar da democracia do país”, afirmou, acrescentando ser preciso que os jovens prestem atenção nos parlamentares em que vão votar para que não elejam raposas para cuidar do galinheiro.

“Se você não analisar o histórico das pessoas, a vida das pessoas, o que que eles fizeram, você pode sempre estar colocando uma raposa para tomar conta das galinhas, achando que a raposa vai criar as galinhas. Ela não vai. Ela vai comer as galinhas”.

Oportunidades para todos

O ex-presidente defendeu que o Estado crie oportunidades e garanta a todos o direito de estudar. Ele lembrou dos avanços que o Brasil teve quando dos governos do PT, com grande processo de inclusão social e redução das desigualdades. “Fizemos mais de 170 campi avançados pelo país, fizemos faculdades de medicina em diversas cidades. As pessoas não podem ter seu acesso à educação definido pelo berço em que nasceram”, destacou.

A falta de consciência política, segundo Lula, leva a escolhas equivocadas como a das últimas eleições presidenciais que alçou ao poder um presidente sem qualidade moral, que estimula o ódio e a discórdia e consegue enganar, com mentiras, muitas pessoas bem-intencionadas.

“O Brasil nunca teve um presidente tão desqualificado moralmente. Um cara que não fala em emprego, não fala em educação, não fala em cultura, não fala em ciência e tecnologia, não fala em escola técnica, não fala em educação dos jovens, não fala em nada. Ele se alimenta do ódio que ele e a família dele transmitem todo dia pelas fake news”.

Fonte: pt.org.br

Foto: Ricardo Stukert

Governo Bolsonaro abandona milhões nas filas por aposentadoria e auxílio

O deputado federal Bohn Gass (PT-RS) denunciou da tribuna da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (19), a dificuldade enfrentada por mais de 1,5 milhão de brasileiros e brasileiras que esperam na fila do INSS a liberação de sua aposentadoria. Ao todo são mais de 3 milhões de requerimentos para a concessão de benefícios como auxílio-doença, auxílio-maternidade e auxílio-acidente de trabalho. O parlamentar acusou o governo Bolsonaro de ser o responsável pela demora na concessão desses benefícios por conta da não nomeação de aprovados do último concurso para o INSS (de 2015) e também pela falta de novos concursos públicos para o órgão.

“Tenho recebido no gabinete, nas visitas, telefonemas, e-mails, pelo WhatsApp, contato das pessoas que dizem “Eu não tenho como pagar a comida que está cara no governo Bolsonaro, se eu não receber o meu benefício. Perícias nos postos do INSS hoje (para liberar os auxílios) têm sido marcadas somente para agosto, daqui a 4 meses. Nesse tempo a pessoa fica sem receber salário, e não tem muitas vezes nem o que comer, ou como comprar o gás ou mesmo pagar a conta de luz”, explicou.

O parlamentar denunciou que agindo dessa forma o INSS descumpre o acordão realizado entre a autarquia, o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público Federal e a Defensoria Pública da União, para solucionar o problema. Segundo Bohn Gass, o acordo triplicou o prazo para 90 dias e nem assim o acórdão está sendo respeitado.

Ele também relatou que o governo Bolsonaro até hoje não chamou concursados que fizeram o último concurso para o INSS, ainda em 2015, durante o governo Dilma. Bohn Gass destacou que várias pessoas que já deveriam ter sido nomeadas movem ações na justiça contra o governo.

“Por que que o Governo faz isso? É que o Governo Bolsonaro não gosta de serviço público. Sabe por quê? Porque assim não dá para contratar os seus queridinhos, não dá para fazer privilégios, não dá para fazer maracutaia, não dá para fazer rachadinha. Se tem concurso público, as pessoas vão lá porque têm sua capacidade, passam no concurso, estão preparadas”, detalhou.

O deputado Bohn Gass denunciou ainda que, enquanto faltam funcionários e peritos no INSS para acelerar a análise dos processos de aposentadoria e concessão dos auxílios, o governo Bolsonaro corta R$ 1 bilhão do Orçamento destinado ao INSS.

“Deputados e deputadas, nós vamos ter que derrubar esse veto, porque o Governo Bolsonaro não quer que as pessoas se aposentem. Ele só quer privilégio para os seus, e não para população brasileira”, ressaltou.

Ação na Defensoria Pública da União

O parlamentar petista anunciou ainda que, junto com o líder do PT na Câmara, deputado Reginaldo Lopes (MG) e o deputado Merlong Solano (PT-PI), entrou hoje com um pedido na Defensoria Pública da União para que este órgão cobre explicações do ministro do Trabalho e da Previdência, e do presidente INSS, sobre o atraso na concessão de aposentadorias e auxílios.

“Estamos encaminhando essa ação, nessa data, para que não haja o descumprimento da Constituição Brasileira, do acórdão que foi assinado, e também para que não haja o desprezo à população brasileira que mais precisa, que são os mais pobres que estão sem acesso à aposentadoria e aos auxílios, porque o Bolsonaro está destruindo a Previdência Social e o INSS”, finalizou.

Fonte: pt.org.br

Continental passa a fazer pneus a partir de garrafas PET recicladas

Depois da já conhecida camiseta feita a partir de garrafas PET recicladas, chegou a hora de empregar o material em um item mais inusitado: pneus. Pois é o que a Continental começou a fazer.

A companhia iniciou a produção de seus primeiros produtos que têm garrafas PET recicladas como parte de suas matérias-primas. A solução ganhou o nome de ContiRe.Tex e passou a ser fabricada em Lousana, Portugal, usada em cinco modelos de pneus da marca. O plano, segundo a fabricante, é levar a novidade para outros mercados gradativamente.

A Continental aponta que o material foi apresentado pela primeira vez em setembro de 2021 e substitui completamente o poliéster convencional. Segundo a companhia, em um carro de passeio, o conjunto de pneus absorve o material equivalente a 40 garrafas recicladas.

Pneus sustentáveis

O alto volume de garrafas PET é um grande desafio ambiental. A sigla é abreviação de Polietileno Tereftalato, um polímero termoplástico criado ainda nos anos 1940 e cada vez mais presente com o crescimento da oferta de bebidas engarrafas.

A Continental aponta que, outra vantagem da tecnologia que desenvolveu, é que a reciclagem do material não demanda etapas químicas intermediárias. O processo é feito a partir da limpeza mecânica das garrafas, seguida de trituração para transformar o PET em um material granulado que, enfim, é transformado em fios de poliéster.

A novidade é parte do processo de pesquisa da empresa para, a partir de 2050, usar apenas materiais sustentáveis para produzir pneus.

Fonte: automotivebusiness.com.br

Com guerra, vendas de veículos leves na Europa encolhem 12,3%     

As vendas de veículo leves na União Europeia imbicaram para baixo no começo do ano. O primeiro trimestre terminou com 2,24 milhões de emplacamentos de veículos leves, volume 12,3% inferior ao do mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pela Acea, associação que representa as fabricantes de veículos instaladas na região.

A contração é menor do que a registrada no mercado brasileiro, em que os emplacamentos encolheram 23% nos três primeiros meses de 2022. Mas, diferentemente do que acontece localmente, a tendência na Europa é de aprofundamento da queda nas vendas.

Prova disso é que, em março, a redução no volume foi de 20,5% na comparação com o mesmo mês de 2021. Com isso, foram vendidos 844,1 veículos de passeio. Segundo a Acea, a queda maior reflete as disrupções na cadeia de valor, com falta de semicondutores, e o efeito negativo da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Houve contração das vendas em março nos principais mercados da região, com redução de 30,2% na Espanha, 29,7% na Itália, 19,5% na França e tombo de 17,5% nos emplacamentos na Alemanha.

Fonte: automotivebusiness.com.br