Preço do leite continua a subir e deve causar onda de desnutrição

Pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP) sobre o preço do leite traz uma notícia preocupante tanto para as famílias brasileiras quanto para os produtores e as indústrias.

Segundo a análise, o preço do leite ao produtor já acumula aumento real de 14,5% nos cinco primeiros meses do ano. E junho pode fechar com nova alta de 5%.

Com isso, a expectativa é de que o preço do leite e de produtos derivados continue subindo. Vale lembrar que, de maio de 2021 a abril passado, o leite longa vida subiu 23,4%, muito acima da inflação do período, que ficou em 12,13%.

Padilha: Brasil está produzindo uma geração de desnutridos

Essa disparada do preço do leite, no momento em que 33 milhões passam fome e quase 60% dos brasileiros estão em insegurança alimentar, fará surgir no país uma geração de desnutridos, com impactos que podem durar anos, alerta o deputado federal e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP).

“Isso tem provocado situações como a que me contou uma mãe na maior favela da cidade de São Paulo, Heliópolis. Três meses atrás, ela tinha decidido que o leite só seria para as crianças. Os adultos da casa não tomariam mais. Encontrei essa senhora na semana passada e ela disse que hoje a situação é pior. Ela está sendo obrigada a diluir o leite em água para que as crianças tenham o gostinho de estar tomando leite, embora não estejam ingerindo os nutrientes necessários”, conta Padilha.

Para o deputado, essa é uma das marcas do atual governo. “A crueldade do governo Bolsonaro, que tirou os médicos do Mais Médicos da população brasileira, é agora tirar o prato de comida e o leite das crianças”, avalia.

Bohn Gass: a culpa não é do produtor

O deputado federal Bohn Gass (PT-RS) concorda com Padilha na responsabilização do atual governo por esse quadro. “O elevado preço para o consumidor não é culpa do agricultor”, garante o parlamentar.

“O agricultor, para produzir, precisa usar diesel, que está caríssimo; precisa adubar a pastagem, e o adubo está caríssimo; precisa comprar sementes, que estão caríssimas. Os insumos todos estão caríssimos e são responsabilidade do governo, porque todos são preços que poderiam ser controlados”, explica.

Ao mesmo tempo, lembra Bohn Gass, os trabalhadores estão com o salário congelado e consomem cada vez menos, o que também ajuda a elevar o preço nos supermercados. E mesmo que o preço do leite pago pela indústria esteja subindo, essa alta não compensa. “Muitos agricultores estão, neste momento, inclusive, deixando de atuar na produção do leite, em razão desses altos custos”, ressalta.

Redação pt.org.br

Lula: “Não há avanço sem luta, e o povo é especialista na arte de lutar”

Para festejar a histórica data do Dia da Independência do Brasil na Bahia, o ex-presidente Lula participou de ato público em Salvador, neste sábado (2). No evento, que contou com a presença de lideranças estaduais e dos partidos aliados que integram a frente Vamos Juntos pelo Brasil, Lula salientou a importância da Bahia na história nacional, sempre ao lado das lutas do povo brasileiro.

“Talvez em nenhum outro estado desse país o povo brasileiro tenha sido tão protagonista da sua própria história”, discursou Lula. “A independência não foi feita por um pacto entre as elites, ela foi conquistada, a duras penas, por negros, brancos, indígenas, mulheres e homens, que decidiram dar um basta à opressão”.

Lula citou movimentos históricos como a Conjuração Baiana, a Revolta dos Malês e a Guerra de Canudos, conflitos que colocaram a liberdade no centro das lutas populares do resto do país, como a Revolta da Chibata, no Rio de Janeiro e da Cabaganem, no Pará e a Balaiada, no Maranhão, entre muitas outras.

“Não pode haver avanço sem luta, e o povo brasileiro é um especialista na arte de lutar. Não há um único dia em que o nosso povo não seja obrigado a exercitar toda a sua extraordinária capacidade de resistência, sobretudo nesses quatro anos de desgoverno”, destacou Lula.

Lula afirmou que o atual governo está “em guerra” contra o povo brasileiro. “Uma guerra que tem como armas a fome, o desemprego, a inflação, o endividamento das famílias. Que aprofunda a desigualdade, destrói patrimônios, devasta o meio ambiente, ataca a ciência e a cultura, condena o Brasil ao atraso e ao isolamento internacional e coloca em xeque a democracia e a soberania”, elencou.

‘Uma guerra que tem como alvos preferenciais as mulheres, os negros, o jovem da periferia, os povos indígenas e a parcela mais pobre da nossa população”, apontou, reiterando que o atual governo não poupa ninguém: da classe média aos micro empreendedores e empresários comprometidos com a geração de empregos, todos são atingidos por um governo sem compromisso com o país.

“Lutar por uma nova independência é defender a Petrobras, a Eletrobrás e os Correios, empresas que foram construídas com o suor do povo brasileiro e são peças-chave para a nossa soberania”, defendeu.

Liderança das mulheres

Lula celebrou a liderança histórica das mulheres na luta pela libertação do povo baiano. “O lugar da mulher é onde ela quiser estar, na luta pela liberdade. Maria Quitéria, Maria Felipe e Joana Angélica representam, não só as mulheres baianas que lutaram pela independência do Brasil, mas também as mulheres brasileiras que hoje lutam o dia-a-dia de uma guerra injusta, recebendo menos salários que os homens na mesma função,  e cuidado dos filhos e netos”, definiu.

Lula chamou a atenção para mulheres que são “expostas ao machismo, ao feminicídio, aos estupros e outras formas de violência. Como as mulheres que são vítimas, todos os dias, no Brasil, como as que foram vítimas de assédio pelo presidente da Caixa Econômica”.  E defendeu uma participação igualitária das mulheres, seja nas profissões, ou na política.

Compromisso com quem mais precisa

Lula argumentou ainda pela implementação de um projeto inclusivo, com oportunidades de trabalho, acesso ao lazer e à cultura para todas as camadas da população, especialmente os jovens, para que possam sonhar com um futuro melhor. “Combinamos crescimento econômico e inclusão social como nunca antes na história do Brasil”, explicou Lula. “Mas é preciso fazer muito mais, até porque, tudo o que fizemos está sendo destruído pelo atual governo”.

Lula apontou que um governo de verdade deve sempre colocar o povo em primeiro lugar, sobretudo os que mais necessitam de um Estado acolhedor e inclusivo. “Nosso primeiro e mais urgente compromisso é com a imensa maioria da população brasileira”, prometeu.

“Aqueles que durante nossos governos conquistaram o direito de fazer pelo menos três refeições de qualidade por dia e ter uma vida digna, e que agora sofrem na fila dos ossos e dos caminhões de lixo”, salientou. “A retomada do crescimento, a geração de empregos e a inclusão social serão tarefas prioritárias em nosso governo”

Reconstrução do Brasil

Presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann saldou o povo baiano por sua participação histórica na luta popular e o parabenizou pela demonstração de carinho com o ex-presidente Lula. “Sentimos a energia, a vibração, a vontade de ter Lula de novo comandando esse país”, celebrou.

“Estamos aqui com os companheiros de partido, sete partidos, juntos, que estão nesse movimento para reconstruir o Brasil. Vamos unir todas as forças que pudermos para tirar da cadeira da República esse traste que está sentado lá e que faz tanto mal ao povo brasileiro. O Brasil não merece Bolsonaro”, desabafou Gleisi

Ela reafirmou a importância da disputa política na luta para vencer o fascismo. “Precisamos estar organizados, firmes, criar os comitês populares de luta, conversar com as pessoas, nos organizar nas ruas e nas redes. Cada um de vocês, que sabe a importância de Lula voltar, tem que ser um porta-voz dessa pré-campanha”.

“2 de outubro, partida dos tiranos”

Em discurso eufórico, o ex-governador Geraldo Alckmin e pré-candidato a vice-presidente fez referência ao Hino da Bahia. “2 de outubro, partida dos tiranos! 2 de outubro, chegada dos que vivem pela liberdade: Lula presidente!”, bradou Alckmin.

“Vivemos hoje no Brasil o mais cruel e desastroso governo da história”, lamentou Alckmin. “Triste período, mas iniciamos, a partir de hoje, uma caminhada. Que Deus ilumine a consciência de cada brasileiro e brasileira, para a que gente possa ter um novo período, com a volta de Lula à Presidência”.

“O presidente Lula vai tirar o Brasil do Mapa da Fome e recolocá-lo no mapa do mundo. [Vai] atrair investimento, trazer emprego, oportunidade para a juventude, melhorar o salário mínimo, recuperar a vida da nossa população”, apontou Alckmin.

Encruzilhada

O senador e ex-governador da Bahia Jaques Wagner afirmou que o Brasil estará numa encruzilhada no mês de outubro, com dois caminhos a seguir: “A Bahia e o Brasil da esperança, da prosperidade, da solidariedade, do amor, da família, do carinho, da espiritualidade, ou o Brasil que desagrega, que contagia, que mata, que odeia, que fez, em apenas três anos, o número de fuzis nas mãos dos civis sair de 100 mil para 670 mil”, enumerou.

“Ele [Bolsonaro] não sabe distribuir livros, ele prefere distribuir armas, que são a única coisa que ele tem na cabeça”, definiu Wagner.

O senador reforçou o importante papel da Bahia na libertação do povo brasileiro. “Dom Pedro deu o grito, mas fomos nós baianos, negros, índios, cablocos, que colocaram para fora os portugueses que queriam manter o Brasil como colônia. Foi aqui onde mais se morreu pela independência, na batalha de Pirajá. Para nós, a verdadeira independência do Brasil é 2 de julho”.

Antes e depois de Lula

O governador da Bahia Rui Costa comparou o que era o estado antes da eleição de Lula em 2003 e o que passou a ser quando o petista deixou a Presidência. “Antes de Lula, a Bahia tinha uma universidade federal. Agora, a Bahia tem seis. Antes, tinha uma escola técnica federal. Depois dele, 36”, lembrou. “O Brasil espera muito da Bahia, Lula precisa da Bahia, dos baianos. A Bahia precisa de Lula”.

Costa frisou que os governos da Bahia seguiram o modelo de governo de Lula. “Governar é cuidar de gente, das pessoas”, resumiu. “Agora, a escola do pobre tem teatro, piscina, campo, educação profissional”, festejou. “O que você plantou na alma desse povo foi esperança”.

Aliança para pacificar o Brasil

O senador Otto Alencar (PSD-BA) destacou o papel essencial do ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidato a vice-presidente do movimento Vamos Juntos pelo  Brasil. “Quando assisti o seu discurso no lançamento da pré-candidatura de Lula, vi a expressão de um brasileiro que estendeu a mão para fazer uma aliança com Lula para pacificar, harmonizar, encontrar um caminho de dar uma solução ao Brasil”, elogiou o senador.

Alencar também criticou Bolsonaro por mais uma tentativa de enganar o povo brasileiro com a aprovação de medidas tardias de benefícios sociais no Congresso. “Nenhum presidente passa 3 anos e seis meses, na torpeza, na malvadeza, fazendo o mal ao povo brasileiro, para se recuperar em três meses”, atacou.

“Quem tem fome, não pode sonhar”

Jerônimo Rodrigues, pré-candidato ao governo da Bahia pelo PT, afirmou que  em outubro o Brasil irá celebrar uma nova independência, iniciando um caminho para erradicar a fome, o desemprego e a inflação.

“É muito triste, machuca bastante a gente, ver quase 40 milhões de pessoas no Brasil, nossos irmãos, acordarem de manhã sem saber o que vão botar no prato dos filhos””, lamentou Jerônimo. “Ver, ler, ouvir a maldita fila da fome, do osso, do pé de galinha, isso não combina com o Brasil. É a fila da humilhação, da miséria. Quem tem fome, não pode sonhar, não tem força para lutar e trabalhar.É compromisso nosso resgatar a esperança, os sonhos, por educação, estradas, água, luz”, assegurou.

Ele lembrou do compromisso assumido e cumprido por Lula quando tomou posse, em 2003, de que todos os brasileiros deveriam ter três refeições ao dia. “O senhor vai ter, [Lula], de reler aquele parágrafo [do discurso de posse], em janeiro de 2023”, afirmou Jerônimo, reiterando que a Bahia estará ao lado do próximo presidente, lutando para vencer a fome.

Redação pt.org.br

Foto: Ricardo Stuckert

2 de Julho: CUT vai às ruas em defesa da classe trabalhadora, pela vida e democracia

Lutar pela vida não foi uma tarefa fácil no período da pandemia. Milhares de pessoas perderam suas vidas e outros milhões de brasileiros e brasileiras estão desempregados ou seguem abaixo da linha da pobreza. Somado ao fato de a nação estar sob comando de um governante nefasto e usurpador dos direitos dos trabalhadores. Diante desse cenário, após 2 anos sem as comemorações da festa cívica mais importante do calendário baiano, a Central Única dos Trabalhadores da Bahia, retorna às ruas para reafirmar as principais bandeiras de luta da classe trabalhadora. “É um ano de recomeço, no 2 de julho, temos o compromisso cívico de relembrar guerreiros e guerreiras que lutaram pela emancipação do nosso povo em 1823, aproveitamos o momento para reafirmar grandes bandeiras de lutas da classe trabalhadora em um país desordenado. Mas, especialmente esse ano, há indícios de boas notícias. Há esperança entre nós com a recondução do presidente operário, torneiro mecânico, ao mais alto cargo do país”, destacou Leninha, presidenta da CUT Bahia, destacando que a Bahia é um dos principais centros estratégicos da disputa eleitoral no país.

Redação e foto CUT Bahia

Dez milhões de pessoas tornaram-se pobres em dois anos de Bolsonaro

A catastrófica condução socioeconômica do desgoverno Bolsonaro fez quase dez milhões de pessoas cruzarem para baixo a linha da pobreza no Brasil entre 2019 e 2021. “Foram 9,6 milhões de pessoas que cruzaram a linha. É quase a população de Portugal”, assusta-se o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Marcelo Neri.

“Os maiores nível e incremento da pobreza na pandemia são robustos. Eles pintam o mapa da pobreza brasileiro em tons mais fortes de tinta fresca”, afirma o pesquisador na apresentação do Mapa da Nova Pobreza. Segundo ele, “a pobreza nunca esteve tão alta no país quanto no ano passado, desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012”.

Divulgado nesta quarta-feira (29), o estudo coordenado por Neri revela que o contingente de pessoas com renda domiciliar per capita de até R$ 497 mensais atingiu 62,9 milhões de brasileiros em 2021. São 29,6%, ou quase um terço da população total de brasileiros, tentando sobreviver com menos de meio salário mínimo a cada mês.

“A pobreza nunca esteve tão alta no país quanto no ano passado, desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012”, segundo o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social), Marcelo Neri.

“Demonstramos neste trabalho que 2021 é ponto de máxima pobreza dessas séries anuais para uma variedade de coletas amostrais, conceitos de renda, indicadores e linhas de pobreza testados”, explica o economista. Foram analisados dados de pobreza entre os 146 estratos geográficos nacionais e todas as Unidades da Federação.

A pesquisa avaliou o nível e a evolução espacial da pobreza durante os últimos anos com base em microdados da Pnad Contínua Anual, divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Santa Catarina (10,16%) foi o estado com a menor taxa de pobreza registrada, e o Maranhão (57,90%), com a maior.

“Aquele com maior pobreza em 2021 é o Litoral e Baixada Maranhense, com 72,59%. Já a menor está no município de Florianópolis, com 5,7%. Uma relação de 12,7 para um, refletindo a conhecida desigualdade geográfica brasileira”, conclui Neri.

Montanha-russa de ascensão e decadência em três anos

Em meados de junho, a FGV Social publicou outro estudo (A Montanha-Russa da Pobreza), revelando que a mudança da proporção de pobres se acelerou entre 2020 e 2021. De um ano para outro, o salto foi de 42,11%, correspondendo a 7,2 milhões de novos pobres em relação a 2020 e 3,6 milhões de novos pobres em relação ao pré-pandemia.

“Em termos da última fotografia anual da pobreza, 10,8% da população estava abaixo da linha de pobreza de R$ 210 per capita em 2021, ou cerca de 23 milhões de pessoas. Em termos relativos ou absolutos, é o nível mais alto da série histórica”, afirma Neri na apresentação. “Esta linha, embora baixa para suprir necessidades básicas, é usada como critério de elegibilidade a algum benefício pelo Auxílio Brasil.”

Neri diz que “os brasileiros mais pobres têm de fato vivido uma montanha-russa nos três últimos anos”. Conforme o pesquisador, a renda mensal dos 10% mais pobres já vinha em queda antes da chegada da covid-19, despencando a menos da metade no início do isolamento social (R$ 114 em novembro de 2019 a R$ 52 em março de 2020).

A renda do grupo foi mais do que quadruplicada até o pico histórico em agosto de 2020 (R$ 215), que Neri considera “a fase mais generosa do Auxílio Emergencial”. Mas daquele pico, o valor desabou novamente, ficando 15,8% abaixo do nível pré-pandemia (R$ 96) em novembro de 2021.

“Este último valor projeta tendência negativa, pois incorpora os valores nominais fixados do novo Auxílio Brasil face o cenário prospectivo de inflação alta, especialmente para baixa renda”, ressalta o pesquisador. “Além de prosperidade e igualdade, estabilidade é um atributo fundamental para o bem estar social. Tal como as duas primeiras, ela se encontra em falta no caso brasileiro”, finaliza.

Golpe e Bolsonaro destruíram conquistas da população

O diretor do FGV Social coordenou um estudo apresentado em 2008 sobre a “nova classe média”. A pesquisa, hoje clássica, abordou a parte da população anteriormente classificada como classe de renda D que, na segunda metade da década de 2000, ascendeu à classe de renda C.

Entre 2003 e 2008, o número de brasileiros estatisticamente considerados como pobres se reduziu em três milhões. Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, mais de 42 milhões de brasileiros ascenderam à nova classe média até 2014.

O consumo dessa classe que finalmente ascendera socialmente injetou anualmente cerca de R$ 1,1 trilhão na economia brasileira, ajudando o país a minimizar os impactos da crise internacional de 2008-2011. Em 2014, com pleno emprego, alta taxa de formalização do trabalho e 92% dos reajustes de data-base superiores à inflação, a classe C brasileira, isoladamente, tornou-se o 18º maior mercado de consumo do mundo.

Após a reeleição de Dilma Rousseff, a crise promovida pelos derrotados em 2014 fez com que seis milhões de brasileiros deixassem essa faixa de renda entre 2015 e 2018. Em 2014, as pessoas que viviam na pobreza eram 9,8% da população, menor índice da série histórica. Pelos cálculos de Marcelo Neri, mesmo que o Brasil crescesse, em média, 2,5% ao ano, só voltaria a ostentar índices de pobreza semelhantes a 2014 em 2030.

Da Redação, com informações da FGV

Foto observatorio3setor.org.br

Herança da Reforma Trabalhista: 32,5 milhões de empregos precários

Estudo da B3 Social e a Fundação Arymax, em parceria com o Instituto Veredas, revela que 32,5 milhões de brasileiros e brasileiras têm trabalhos precários. Deste total, 19,7 milhões (60,5%) sobrevivem de bicos que não lhes garantem um salário sequer para suprir suas necessidades básicas. São os chamados informais de “subsistência”, que aceitam trabalhos de até dois salários mínimos (R$ 2.424)

Os bicos foram legalizados pela reforma Trabalhista de 2017, no governo Michel Temer (MDB), por meio do trabalho intermitente, que não estabelece um salário fixo. A nova modalidade prevê que o trabalhador fique à disposição do patrão e só receba pelos dias ou horas em que for chamado para trabalhar, podendo, portanto, receber menos de um salário mínimo por mês.

Outra criação da reforma de Temer é o que os pesquisadores chamam trabalhadores formais frágeis, que é como eles definem pessoas que têm carteira assinada ou CNPJ, desempenham funções com remuneração mais baixa e enfrentam situações de incerteza ou vulnerabilidade, assim como os informais. A pesquisa constatou que dos 32,5 milhões de informais, 6,9 milhões (21%) são trabalhadores formais frágeis.

“Esse é o resultado dos ataques aos direitos dos trabalhadores promovido pela reforma de Temer, que prometeu gerar 6 milhões de empregos, mas o que conseguiu foi aumentar o desemprego, a precarização do trabalho, a exploração sem limites do trabalhador”, diz o secretário de Relações do Trabalho da CUT Nacional, Ari Aloraldo do Nascimento.

“Muitos ganhavam um salário mínimo e mesmo os que tinham uma situação melhor perderam o emprego formal e foram empurrados para a informalidade. Por isso que há essa vulnerabilidade social”, diz Ari Aloraldo, se referindo aos 33 milhões de brasileiros que convivem com a fome no Brasil.

“Como o atual presidente da República não fez a contrarreforma, muito tempo contrário, tentou aprofundar a reforma de Temer, e ainda acabou com a política de valorização do salário mínimo, o trabalhador tem de escolher entre comer, pagar as contas, ou ter um lugar morar”, analisa o dirigente.

Só em São Paulo, a população em situação de rua cresceu 31% em 2 anos – de 24.344, em 2019, para 31.884 no final de 2021. Para Ari, é o emprego precarizado que tem levado famílias inteiras a morar nas ruas da capital paulista.

“Eu vejo na região onde moro, pais e mães de família trocando de roupa no meio da rua, colocando um jeans, uma camisa ‘melhor’ e ir para o trabalho que, com certeza, é um bico, sem carteira assinada, sem FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de Serviço], sem 13º salário, sem férias remuneradas”, pontua o dirigente.

Educação e racismo

Outra conclusão do estudo do B3 Social, Fundação Arymax e Instituto Veredas é o de que 75,4% desses 19,7 milhões de informais de subsistência, têm ensino fundamental incompleto ou inferior e 64% deles eram negros, o que demonstra que o Brasil é o país da desigualdade social e do racismo estrutural.

“O trabalhador brasileiro está jogado à própria sorte, depois que a reforma Trabalhista deu poder aos patrões de pagar uma miséria, e ainda não dar nenhum retorno à sociedade. Infelizmente, esses maus patrões não se importam de ver as mazelas da sociedade, como se eles não tivessem nenhuma reponsabilidade sobre essa crise, da mesma forma como o atual governo se comporta”, conclui Ari Aloraldo.

Características do trabalhador informal

O estudo apontou ainda que 5,2 milhões de informais pesquisados têm potencial produtivo e apenas 700 mil o são por opção.

Informais de subsistência: recorrem à informalidade para sobreviver em vagas de até dois salários mínimos

Informais com potencial produtivo: estão à frente do grupo anterior em formação e renda (de dois a cinco salários), mas seguem marcados pela incerteza

Informais por opção: têm mais de cinco salários mínimos e podem alcançar a formalidade, mas permanecem como informais para evitar custos ou burocracias

Formais frágeis: têm vagas formais (CNPJ ou carteira), mas ainda incertas e com baixa remuneração (até dois salários). Exemplos: trabalhos atípicos (intermitentes) e relações de emprego disfarçadas (contrato de assalariado não regular).

Metodologia

O estudo analisou o terceiro trimestre de 2021, a partir da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílio (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foi divulgado pelo jornal Folha de São Paulo.

Redação CUT

Integração entre trabalhadores marca a primeira COPA CUT

Foi com esse sentimento que trabalhadores da base dos Sindicatos filiados à CUT Bahia, participaram da final da COPA CUT 2022. O campeonato envolveu 12 sindicatos e a grande final foi realizada no Clube dos Empregados da Petrobras (CEPE), local em que foram sediado os jogos da competição. Três sindicatos já escreveram história na primeira edição do evento: o Sindprev ficou com o primeiro lugar; o segundo lugar no pódio foi conquistado pela equipe do Sincotelba e o Sindiquímica lutou pelo terceiro lugar no pódio contra o Sindiborracha e venceu na disputa de pênaltis.

A direção da CUT Bahia avaliou a competição como uma experiência enriquecedora dentro da expectativa de unificação da classe trabalhadora cutista. Considerando o futebol como paixão nacional, a opção foi dar prioridade a esse segmento com a certeza de que outras modalidades desportivas farão parte no próximo ano. “Foi uma importante iniciativa da Central. Envolveu, motivou e despertou nos trabalhadores, para além do senso de competição, o desejo de disputa, legitimando posicionamentos em qualquer espaço dentro da sociedade. Tudo isso, através do esporte. Portanto, os atletas estão de parabéns por terem acreditado antecipadamente na iniciativa e foi de grande importância o apoio dado pela direção dos Sindicatos na inscrição das equipes”, comemorou Leninha, presidenta da CUT Bahia.

A presidente revelou ainda que a experiência foi tão bem sucedida, que já pensa na segunda edição da atividade. “Precisamos ampliar o projeto no próximo ano e considerar a necessidade real da disputa do tema ‘esporte’ como direito dentre as bandeiras de luta da classe trabalhadora. Esse será nosso maior desafio. A prática de atividade esportiva é importante para melhorar a qualidade de vida das pessoas e com esse projeto foi possível envolver o trabalhador quanto aos cuidados com a saúde e bem estar social.”, afirma Leninha, presidenta da CUT Bahia.

O Secretário de Comunicação da CUT, parabenizou os trabalhadores por encararem o desafio, destacou a importância de iniciar o projeto e já programa adequações no formato do campeonato para as próximas edições. “Demos o primeiro passo. Agora é colher as observações feitas pelos atletas e começar a construção da COPA CUT 2023. Os erros servirão como insumos para melhorar a organização do evento no próximo ano. Por hora, todos são vitoriosos.”, pontuou Edmilson Barbosa, Secretário de Comunicação da CUT Bahia e membro da Comissão Organizadora.

Na edição deste ano, os jogos foram concentrados em Salvador e Região Metropolitana, mas já surgem possibilidades de que o torneio seja iniciado nas regionais da central no interior do estado e seja finalizado na capital baiana.

Para além da “competição “

O entrosamento das equipes em participar do torneio foi para além da “disputa”. O uniforme dos times traziam mensagens alusivas às inúmeras pautas como, “Fora Bolsonaro”, “Não à privatização dos Correios”, “Em defesa da Petrobras”, entre outras.

A realização do projeto contou com a contratação de uma assessoria esportiva e uma Comissão de Esporte foi formada, e será mantida, para pensar o esporte e a sua relação com o conjunto da classe trabalhadora.

“Enfatizamos na comissão que a prioridade desse projeto era fazer com que ele acontecesse. Identificamos inúmeros pontos de melhoria e para isso vamos contar com a representação das equipes na organização da próxima COPA CUT”, sinaliza Valtemir Santos, diretor de Comunicação do Senalba.

Redação CUT BA

Foto Edmilson Barbosa

Acidente: Sindborracha cobrou mais segurança no ambiente de trabalho na Continental

No início desta quarta-feira (15), a direção do Sindborracha esteve na porta da Continental, em Camaçari, para conversar com os trabalhadores, depois do grave acidente de trabalho, ocorrido na fábrica na última segunda-feira (13). Durante o ato, os diretores destacaram a necessidade de a empresa, como contratante do serviço, se responsabilizar pela segurança no chão de fábrica. Não importa se é terceirizado, da produção ou do administrativo.

Mesmo as vítimas do acidente não sendo da base do sindicato, por serem terceirizados, os representantes da entidade foram defender os trabalhadores e cobrar da empresa a apuração dos fatos. Segurança no ambiente de trabalho sempre foi ponto de discussão da entidade com as chefias. Desde sempre, o sindicato vem alertando sobre a necessidade de mais atenção em relação ao tema.

Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a cada 100 mil postos de trabalho de com carteira assinada, são seis óbitos por acidente de trabalho por ano no Brasil. Nos últimos 10 anos, foram registrados mais de 23 mil acidentes graves de trabalho no país. “Essa situação é muito preocupante. E se o acidente culminasse com óbitos? Depois da Reforma Trabalhista, a verba designada aos fiscais do trabalho diminuiu 32%, o que dificultou ainda mais o desenvolvimento das atividades e os trabalhadores estão desassistidos. É impossível fiscalizar todos os lugares. Quem tem que cuidar para garantir a segurança são os empregadores”, disparou o presidente do Sindborracha, Josué Pereira.

Acidente

Dois trabalhadores sofreram grave acidente, nesta segunda-feira (13), enquanto trabalhavam na Continental Pneus, em Camaçari. Ainda não se sabe a causa do acidente. Eles foram socorridos e levados para um centro de tratamento especializado.

Inflação para famílias com renda mais baixa cai para 0,45%

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda até cinco salários mínimos, teve inflação de 0,45% em maio. Ela ficou abaixo da observada em abril (1,04%) e em maio de 2021 (0,96%).

O INPC acumula inflação de 4,96% no ano e de 11,90% em 12 meses, abaixo dos 12,47% de abril.

Em maio, o INPC foi menor que a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): 0,47%. Nos acumulados do ano e de 12 meses, o IPCA teve percentuais menores: 4,78% e 11,73%, respectivamente.

Em maio, os produtos alimentícios tiveram inflação de 0,63%, abaixo dos 2,26% de abril. Já os não alimentícios registraram alta de preços de 0,39%, percentual inferior ao de abril: 0,66%.

Reajuste da categoria

Com data-base fixada em 1º de junho, os trabalhadores do ramo da Borracha tiveram reajuste salarial de 11,90%. Isso graças ao acordo coletivo fechado pelo Sindborracha com as empresas.

Com informações da Redação Agência Brasil

Sete provas de que Bolsonaro mente quando diz que defende a família

Bolsonaro adora se apresentar como um defensor da família. Essa, porém, é só mais uma de suas mentiras. Afinal, um presidente que defende a família de verdade não faria o que o ex-capitão tem feito desde que chegou à Presidência.

Hoje, as famílias brasileiras lutam contra a fome, o desemprego, as dívidas. Esforçam-se para não ir parar na rua enquanto ainda choram a morte de pessoas queridas durante a pandemia. Veem seus jovens sem emprego e sem escola, ao mesmo tempo em que se espantam com os preços do supermercado e do gás de cozinha.

Veja como Bolsonaro trata as famílias brasileiras:

1. Deixou a fome voltar

Que família pode ser feliz sem comida na mesa? Que mãe ou pai tem paz se não consegue alimentar os filhos?Antes mesmo de a pandemia da Covid-19 chegar ao Brasil, Bolsonaro já deixava a fome crescer. E, depois, ainda acabou de uma só vez com o Bolsa Família e o auxílio emergencial, abandonando completamente mais de 25 milhões de famílias. Resultado: o Brasil, que com Lula e Dilma tinha saído do Mapa da Fome, hoje tem mais de 19 milhões de famintos e mais da metade de sua população em insegurança alimentar.

2. Fez o preço dos alimentos e do gás de cozinha disparar

Além de negar a Bolsa Família e o auxílio emergencial, Bolsonaro ainda não controlou a inflação e permitiu que o preço dos alimentos e do gás de cozinha disparasse. Em 2021, segundo o Dieese, a cesta básica disparou em 17 capitais, chegando a custar 60% do salário mínimo. Já o gás de cozinha subiu 50% em dois anos, levando muitas famílias a cozinhar com álcool, o que levou a vários acidentes domésticos.

3. Manteve o desemprego nas alturas

Para piorar o desamparo das famílias, o governo Bolsonaro foi incapaz de reduzir o desemprego. Segundo estimativa da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o total de desempregados no Brasil permanecerá na casa dos 14 milhões, em mais uma prova que a reforma trabalhista, tão defendida por Bolsonaro e Paulo Guedes, fracassou. E pensar que, na época do PT, o desemprego chegou ao patamar mais baixo da história…

4. Afundou as famílias em dívidas

Sem emprego, sem auxílio do governo e com os preços nas alturas, as famílias brasileiras não têm outra alternativa a não ser se endividar. Em dezembro de 2021, três em cada quatro lares brasileiros penavam com algum tipo de dívida, segundo pesquisa da CNC. Só no primeiro semestre de 2021, as famílias pagaram R$ 233,5 bilhões em juros do cartão de crédito, de acordo com a Fecomércio-SP. Bolsonaro não gosta das famílias, gosta e dos bancos.

5. Jogou milhares de famílias, literalmente, na rua

Somado a todo esse cenário, o preço do aluguel também disparou no governo Bolsonaro. O resultado foi uma explosão de famílias vivendo na rua. A Campanha Despejo Zero, iniciativa de mais de cem entidades e movimentos sociais, estima que 6.373 famílias foram despejadas de março a agosto de 2020. E entre dezembro de 2020 e julho de 2021, o volume de desabrigados cresceu 340%, ultrapassando a casa das 22 mil famílias.

6. Colaborou para que a Covid-19 massacrasse as famílias

A gestão assassina de Bolsonaro na pandemia foi um verdadeiro atentado às famílias. Até hoje, são mais de 600 mil lares chorando a perda de um ente querido. Entre março de 2020 e setembro de 2021, 12 mil crianças de até 6 anos ficaram órfãs. E, no fim de 2021, o ex-capitão ainda fez de tudo para dificultar o acesso do público infantil à vacina, mesmo com os especialistas afirmando que ela era necessária para proteger a vida dos pequenos.

7. Deixou os jovens sem estudo nem trabalho

Outro grave desafio das famílias brasileiras hoje é a total falta de perspectiva da juventude. Nos lares do país, a cena mais comum são jovens que nem estudam nem trabalham, dependendo completamente da ajuda dos pais. De acordo com a consultoria IDados, 12,3 milhões de jovens (30% do total) estão nessa situação. Não por acaso, 47% dos brasileiros entre 15 e 29 anos dizem que, se pudessem, iriam embora do país.

Redação pt.org.br

Seis fatos sobre o descarte correto de 100% dos pneus fabricados no Brasil

Qual é o tamanho do setor de fabricação de pneus automotivos? Para onde vão os milhares de pneus usados todos os anos? Segundo o primeiro Relatório Ambiental da Indústria de Pneumáticos, o Brasil está entre os principais fabricantes mundiais e é referência na logística reversa de pneus que não servem mais, com o descarte ambientalmente correto a 100% dos pneus nacionais.

O documento é de autoria da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip), representante de 11 empresas do setor de pneus e câmaras de ar instaladas no Brasil desde 1960. Automotive Business separou 6 fatos do relatório para você conhecer a indústria de pneus automotivos e como é feito o descarte correto dos pneus inservíveis, aqueles que não têm mais condições de uso ou reforma.

1. Mais de 53 milhões de pneus vendidos por ano

Com produtos competitivos, o Brasil é o 7º produtor mundial de pneus para automóveis e o 5º na produção do componente para caminhões e ônibus, segundo o relatório da Anip.

Em 2020, a indústria vendeu mais de 53,8 milhões de pneus, contabilizando mercado de reposição e equipamentos originais.

2. No Brasil, 100% dos pneus são descartados ecologicamente

Todos os anos, o Brasil descarta milhares de toneladas de pneus que não podem mais ser usados. Em 2019, a Reciclanip contabilizou 471 mil toneladas de pneus sem vida útil destinados de forma ambientalmente correta. No ano seguinte, o resultado foi de 380 mil toneladas – queda ocasionada pela retração do mercado automotivo devido à pandemia.

Segundo a ANIP, o Brasil é referência mundial na logística reversa de pneus e consegue destinar corretamente 100% de todos os pneus nacionais. Entre 2011 e 2019, foram destinados 3,5 milhões de toneladas, acima da meta de 3,4 milhões de toneladas.

3. Foram coletadas 5,23 milhões de toneladas

Entre 1999 e 2020, a Reciclanip coletou 5,23 milhões de toneladas de pneus, o equivalente a 1,1 bilhão de pneus de passeio. Foram investidos mais de R$ 1,6 bilhão em toda essa operação. Os pneus são recolhidos em mais de 1.000 pontos de coleta em todo o país.

4. Destino dos pneus que não servem mais no Brasil

57%: Reaproveitamento energético – o material tem alto poder calorífico e é utilizado como combustível alternativo em fornos de cimenteiras.

22%: Outros destinos – como asfalto borracha, tapetes para automóveis, pisos industriais ou pisos de quadras poliesportivas.

13%: Produtos laminados – como solas de calçados e dutos de águais pluviais

8%: Siderúrgicas – todo aço retirado dos pneus é enviado para siderúrgicas

5. Compromisso sustentável desde 1999

Desde 1999, o Brasil adotou compromissos ambientais no setor de fabricação de pneus. No mesmo ano, a ANIP criou a Reciclanip, braço da organização com foco na destinação ecologicamente correta de pneus sem vida útil.

Em 2010, o Brasil instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que determina que os comerciantes e distribuidores devem devolver os produtos aos fabricantes e importadores, sendo que esses devem obrigatoriamente fazer o descarte ambiental correto aos pneus inservíveis.

6. Brasil tem 20 fábricas de pneus

A ANIP contabiliza 20 fábricas do setor de fabricação de pneus no Brasil, de suas empresas-membro. Nove unidades estão localizadas em São Paulo, das empresas Bridgestone, Pirelli, Prometeon, Maggion, Michelin, Good Year (3) e Titan.

As fábricas brasileiras dessas e de outras empresas estão instaladas ainda no Amazonas (Michelin), Bahia (Bridgestone, Continental e Pirelli), Paraná (Dunlop e duas da Tortuga), Rio Grande do Sul (Rinaldi e Prometeon) e Rio de Janeiro (duas da Michelin).

Redação automotivebusiness.com.br