Ameaça chinesa agora também aos fabricantes de pneus

Pelo menos duas marcas de pneus chineses anunciaram que pretendem investir R$ 4,5 bilhões na construção de fábricas e oferecer quase 5 mil empregos

Provavelmente animados com a produção em futuro próximo de marcas chinesas de automóveis no Brasil — GWM, BYD, além do interesse já demonstrado por Neta Auto e mais recentemente Omoda e Jaecoo, submasubmarcas da Chery — fabricantes de pneus chineses estudam construir fábricas no Brasil. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as chinesas Sailun Tire e a LinLong, além do grupo brasileiro Sunset Tires que tem ligações com fabricantes do Leste asiático, o montante estimado de investimentos pode atingir R$ 4,5 bilhões. Há estimativa de se criarem 4.700 empregos diretos.

Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, o setor emprega 32.000 funcionários em 21 fábricas. O mercado brasileiro é relevante com uma frota circulante (real) de 47 milhões de veículosleves e pesados. A comercialização de pneus de reposição já é dominada em 59% por importações taxadas com alíquotas baixas (16%).

Fabricantes aqui já instalados de marcas renomadas continuam a lançar novos produtos. A alemã Continental acaba de apresentar a nova linha UltraContact, para aros de 14 a 19 pol., 10 opções de medidas e garantia de até 80.000 km. Considerando a média brasileira de13.000 km por ano os motoristas de automóveis poderiam rodar pouco mais seis anos, se cuidarem bem dos pneus.

A americana Goodyear fez nessa semana cinco lançamentos. Destaque para o Eagle F1 Asymmetric 6 para automóveis de maior desempenho com foco em aderência e menor emissão de ruídos para aros de 17 a 22 pol. Utilitários esporte e picapes passam a contar com os Wrangler Duratrack (uso misto) e Boulder MT (focado no fora de estrada).

Já a italiana Pirelli mirou em veículos de altíssimo desempenho: apresentou o P Zero™ Trofeo RS, de perfil ultrabaixo e para pista seca, no Festival Interlagos.

Fonte: Site Auto Papo
Foto: Shutterstock

Senado analisa propostas de redução da jornada de trabalho 

Trabalhar menos horas por dia ou apenas quatro dias por semana, sem diminuição do salário, é desejo de grande parte dos trabalhadores brasileiros. A ideia já vem sendo testada no país, com a participação de empresas em experiências piloto de redução da jornada. No Senado, avança a discussão sobre o tema. Tramitam na Casa pelo menos três propostas para reduzir a jornada sem perda salarial ou para incentivar as empresas a adotarem a medida.

Para os defensores da ideia, a diminuição de carga horária, além de beneficiar os empregados, pode até trazer ganho de produtividade para os patrões. Pesquisa de opinião elaborada pelo Instituto DataSenado em abril deste ano, em conjunto com o gabinete da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), reforça essa percepção. O estudo revelou que 85% dos trabalhadores brasileiros acreditam que teriam mais qualidade de vida, caso tivessem um dia livre a mais por semana, sem corte no salário; e 78% afirmam que conseguiriam manter a mesma qualidade de trabalho. O tempo livre seria dedicado principalmente à família, ao cuidado com a própria saúde e à capacitação, disseram os trabalhadores ouvidos. 

Uma das proposições em análise no Senado é o Projeto de Lei (PL) 1.105/2023, que inclui na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) a possibilidade de redução das horas trabalhadas diárias ou semanais, mediante acordo ou convenção coletiva, sem perda na remuneração.  

Autor da proposta, o senador Weverton (PDT-MA) ressalta o impacto positivo dessa flexibilidade na saúde dos trabalhadores. 

 — O principal ganho é o aumento da produtividade, aliado a uma vida física e mentalmente mais saudável. Isso não é pouca coisa em um mundo com tanto adoecimento mental, em que vemos um aumento de casos de depressão, ansiedade e doenças físicas provocadas pelo estresse — defende.

Weverton explica que o projeto não obriga a redução, apenas a permite por meio de acordo, de modo que o mercado pode ir se ajustando às novas tendências. Ao mesmo tempo, o trabalhador fica protegido, porque não pode haver corte de salários, complementa.

O texto já havia sido aprovado de forma terminativa pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) em dezembro de 2023 e poderia seguir diretamente para a análise da Câmara dos Deputados. Porém, um requerimento do senador Laércio Oliveira (PP-SE), aprovado pelo Plenário, determinou que o projeto seja analisado também pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

— A matéria precisa ser analisada na Comissão de Assuntos Econômicos, dada a importância do assunto para todo o setor produtivo gerador de empregos e desenvolvimento econômico — justificou Laércio. 

Não há data prevista para a votação do texto da CAE. A relatoria é do senador Eduardo Gomes (PL-TO).

Mais empregos 

Relator do PL 1.105/2023 na CAS, o senador Paulo Paim (PT-RS) defende a aprovação do texto, que ele considera adequado à realidade atual do mundo do trabalho. Paim destaca que a redução da jornada de trabalho atende aos anseios do mundo laboral moderno, garantindo qualidade de vida ao trabalhador e, como efeito disso, maior produtividade. Ele também acredita num impacto positivo para os níveis de emprego. 

— A proposta abre a possibilidade de gerar novos postos de trabalho e, consequentemente, reduzir as taxas de desemprego e proporcionar uma melhor distribuição de renda — justifica.

A preocupação do senador fundamenta-se na realidade apresentada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), do IBGE. No primeiro trimestre de 2024, o desemprego atingiu no país 8,6 milhões de pessoas. A redução da jornada de trabalho, na avaliação dele, poderia contribuir para diminuir esses números. 

É o que diz um estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Segundo o levantamento, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário, tem potencial de gerar mais de 2,5 milhões de novas vagas no Brasil. 

Paulo Paim também é autor de uma proposição sobre o tema. Em 2015, o senador apresentou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece a redução da jornada de trabalho semanal, de forma que a duração não ultrapasse oito horas diárias e o total semanal seja diminuído gradualmente: limitado a 40 horas, a partir da aprovação da emenda, seria reduzido em uma hora a cada ano, até chegar a 36 horas semanais.

Enviada à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a PEC 148/2015 não chegou a ser votada e acabou arquivada, em 2022. No ano passado, o senador pediu o desarquivamento, e a proposta voltou a tramitar. O texto aguarda análise na CCJ, sob relatoria de Rogério Carvalho (PT-SE). 

Para Paim, a medida traz benefícios para todos os envolvidos.

— Os resultados dos testes recentes realizados em outros países e no Brasil apontam que a redução da jornada de trabalho semanal ocasiona no aumento significativo de produtividade e na melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores. Todos ganham — explica.  

No ano passado, o Ministério da Saúde incluiu na lista de doenças de trabalho a síndrome do burnout, esgotamento provocado pelo excesso de trabalho. O Brasil é o segundo país com mais casos diagnosticados no mundo, de acordo com estudo da ISMA-BR (International Stress Management Association no Brasil), associação que estuda o estresse no mundo todo. Segundo a pesquisa, 72% dos brasileiros estão estressados no trabalho.

Incentivo às empresas

Outra proposta em tramitação na Casa busca incentivar as empresas a adotarem a jornada reduzida. O Projeto de Resolução do Senado (PRS) 15/2024 institui o Diploma Empresa Ideal, destinado a empregadores que adotem melhores práticas de trabalho, como a diminuição da carga horária sem perda salarial. A premiação seria concedida anualmente pelo Senado, e a indicação dos candidatos ficaria a cargo dos senadores.

Autora do projeto, a senadora Soraya Thronicke acredita que o setor produtivo do país precisa se modernizar. 

— O modelo que temos de trabalho atualmente é muito ultrapassado. Nós precisamos evoluir também. A redução da jornada de trabalho envolve qualidade de vida para os colaboradores — ressalta. 

Para elaborar o projeto, a senadora se embasou na pesquisa do DataSenado que ouviu a opinião dos brasileiros a respeito de carga horária, produtividade e qualidade de vida dos trabalhadores. O estudo mostra que, para 61% dos entrevistados, a carga horária menor não afetaria as empresas, ou até traria lucros a elas. E para a maioria, a redução de jornada deve ser incentivada — inclusive pelos governos. 

Também está em análise uma sugestão legislativa (SUG 12/2018) apresentada ao Senado por organizações ligadas à Justiça do Trabalho (entre elas, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho, o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho e a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho).

Chamada de “Novo Estatuto do Trabalho”, a sugestão busca reverter alterações nas leis trabalhistas ocorridas nos últimos anos — como a reforma trabalhista de 2017 — e que, na visão dos proponentes, reduziram direitos dos empregados. Um dos pontos propostos determina que a duração ordinária do trabalho, em qualquer atividade privada, “não excederá de 8 horas diárias e 40 horas semanais”.

A sugestão vem sendo debatida em uma série de audiências públicas na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e deve ser votada pelo colegiado. Se for aprovada, será transformada em projeto de lei e passará a tramitar no Senado.

Reivindicação histórica 

A redução da jornada de trabalho não é tema novo no Congresso Nacional, mas só em 2023 o assunto voltou avançar no Senado, com a aprovação do PL 1.105/2023 na CAS. Antes dele, várias propostas com esse objetivo acabaram não progredindo.

Durante a Assembleia Nacional Constituinte (1987–1988), a carga horária menor para os trabalhadores brasileiros (que até então era de 48 horas semanais) foi um dos principais pontos de embates entre parlamentares. Na época, além de Paulo Paim (que foi deputado constituinte), outro parlamentar que lutou pela causa foi o então deputado e hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Oriundo do movimento sindical, Lula brigou pela aprovação de uma emenda que estabeleceria a jornada de 40 horas semanais. 

Em discurso no Plenário antes da votação da matéria, em agosto de 1988, ele afirmou que a redução da jornada, ao lado da estabilidade no emprego, era a questão “mais atacada pelo poder econômico” na Constituinte. E argumentou que a adoção das 40 horas seria uma forma de melhorar as condições de trabalho, além de permitir mais tempo para lazer e a criação de milhares de empregos.

A maioria dos constituintes, no entanto, votou pelas 44 horas, vigentes até hoje na Constituição. A regra está no art. 7º da Carta, que determina “duração do trabalho normal não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho”.

Outra proposta sobre o tema data dos anos 1990. A PEC 231/1995, de autoria do então deputado Inácio Arruda, previa a redução gradativa da jornada de trabalho, que passaria de 44 horas para 40 horas. O texto estabelecia ainda que a remuneração pelo trabalho extraordinário teria um acréscimo de, no mínimo, 75% sobre o valor da hora normal.  A proposta acabou arquivada por não ter sido votada ao final da legislatura. 

A redução da jornada também é reivindicação antiga da classe trabalhadora. O presidente da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF), Rodrigo Rodrigues, explica que os movimentos sindicais sempre lutaram para que o trabalhador tivesse mais tempo para a vida pessoal.  

— Dentro desse processo, a nossa defesa histórica sempre foi de 40 horas semanais para o trabalhador. Nós entendemos que a vida não deve ser voltada apenas para o trabalho, mas que as pessoas têm direito a lazer e descanso também. O debate das oito horas máximas de trabalho por dia diz respeito a isso. É uma visão do tempo entre trabalho, lazer e descanso. 

Um exemplo dessa mobilização foi a onda de greves que tomou conta do país em 1984 e 1985, no fim do regime militar. Em uma delas, apelidada de Operação Vaca Brava, metalúrgicos de São Bernardo do Campo, em São Paulo, ficaram 54 dias paralisados. A categoria conquistou a diminuição das 48 horas semanais então em vigor para 44 horas, sem alteração dos salários. O apelido foi motivado pelas ações extremas dos grevistas. Era comum a destruição de automóveis nos pátios das fábricas como um instrumento de pressão e resistência.  

Historiador pela Universidade de Brasília (UnB), André Aquino explica como o movimento sindical é uma peça fundamental para a conquista da redução da jornada de trabalho: 

— Toda a construção desse fenômeno sindicalista vem lá do final dos anos 70 e faz parte do debate da reconstrução democrática. Passam a firmar a posição política de maneira muito diretiva e vão contribuir para mudanças significativas, como a redução da carga horária semanal de 48 horas para 44 horas. 

Pelo mundo 

De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), países como Holanda, Bélgica, Dinamarca e Alemanha começaram as experiências com a aplicação de uma jornada de trabalho reduzida, chegando a cerca de 32 horas semanais em algumas dessas nações, com média de horas trabalhadas ainda menor .

O Congresso do Chile aprovou, no ano passado, uma lei que diminui a semana de trabalho para 40 horas. Antes, o trabalhador fazia uma jornada de 45 horas semanais. Neste ano, a jornada de trabalho será reduzida para 44 horas. Após três anos, o limite será de 42 horas, e após cinco anos, chegará a 40 horas.  

Na Espanha, o governo destinou 9,6 milhões de euros (o equivalente a R$ 52,4 milhões) para empresas que reduzirem a jornada de trabalho para quatro dias semanais sem alteração no salário.  

Experiência piloto

A semana de trabalho de quatro dias está sendo testada no 4 Day Week Brazil, versão brasileira do projeto criado por uma entidade neozelandesa sem fins lucrativos, a 4 Day Week Global, para incentivar a adoção da jornada reduzida por todo o mundo. O Brasil é o primeiro país da América do Sul a testar o programa, com 21 empresas participantes, em parceria com a Reconnect Happiness at Work, consultoria especializada em bem-estar no trabalho. A experiência teve início em janeiro deste ano e será finalizada neste mês de julho. 

No piloto entre empresas brasileiras, foi adotado o modelo de trabalho chamado de 100-80-100, que consiste em produzir 100% do tempo, reduzindo a jornada de trabalho em 80%, com 100% do salário. Os colaboradores do programa passaram por workshops e palestras durante quatro meses antes de começarem a implementar a redução da jornada.

— O projeto piloto trouxe esse olhar de que dá para trabalhar de uma forma melhor, porque hoje a gente trabalha muito, mas nem sempre bem. A gente tem excesso de reunião improdutiva, retrabalho, muitos processos repetitivos. A ideia é justamente que as empresas consigam discutir formas de as pessoas serem mais produtivas. Mesmo reduzindo essa carga horária em 20%, os funcionários vão manter as entregas — explica Renata Rivetti, diretora da Reconnect.  

A expectativa é estender o piloto para várias partes no país.  As empresas participantes vão decidir ao final do projeto se querem continuar adotando a semana de quatro dias ou se preferem seguir um novo modelo.

— A gente vai fazendo pesquisas para elas entenderem o cenário do que está acontecendo. E, após isso, queremos lançar um segundo projeto e conversar com outras empresas, começar a trabalhar mais a metodologia. A ideia é que a gente possa expandir o tema de forma contínua aqui no Brasil — ressalta Renata.

A agência Shoot, de Porto Alegre, e a fintech Gerencianet (hoje Efí), de Minas, já testaram a semana de 4 dias

Relatório parcial do 4 Day Week Brasil, produzido pela Reconnect at Work em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) em abril, revelou os primeiros impactos positivos na saúde física e mental dos funcionários participantes. De acordo com a pesquisa, 82% se sentiram mais dispostos a realizar tarefas. Além disso, 64% disseram que a sensação de exaustão frequente por causa do trabalho diminuiu. 

Outros países já passaram pela experiência, com bons resultados. No Reino Unido, durante os meses de junho e dezembro do ano passado, a campanha 4 Day Week UK envolveu 61 empresas. No fim do estudo, foi revelado que 92% das empresas participantes decidiram manter a jornada de trabalho reduzida, com um dia a mais de folga na semana. Além de fazer sucesso entre patrões e funcionários, o teste mostrou que jornada mais curta não diminuiu a produtividade. 

A redução, porém, ainda sofre resistências e pode se mostrar mais complexa em determinados setores, como comércio e serviços, avalia o presidente da CUT-DF. Em geral, as empresas buscam o máximo de produtividade, muitas delas com apenas um dia de descanso para o trabalhador.  

— A semana de quatro dias está sendo testada em empresas em que o colaborador trabalha com produção intelectual, mais criativa. Aqueles empregos que ainda são trabalhos braçais, mais manuais, ainda ficam em jornadas extenuantes — diz Rodrigo Rodrigues. 

Fonte: Agência Senado

Foto: Divulgação/Honda

Alerta: uso de vinagre no pneu pode danificar a borracha

Manter os pneus do carro em perfeitas condições é vital para a segurança e eficiência do veículo. Porém, a crescente adesão a métodos alternativos de limpeza levanta questões importantes sobre sua eficácia e segurança. Entre essas práticas, o uso de vinagre tem ganhado destaque como uma solução milagrosa. Mas será que realmente vale a pena usar vinagre para limpar os pneus do seu carro?

Apesar da popularidade dessa prática, especialistas do setor automotivo e fabricantes de pneus alertam para os riscos que o vinagre pode representar. Eles enfatizam que o ácido acético presente no vinagre pode comprometer a durabilidade dos pneus e até mesmo anular a garantia oferecida pelos fabricantes. Portanto, é fundamental entender as implicações dessa técnica antes de adotá-la.

Por que o uso de vinagre na limpeza de pneus é preocupante?

Ultimamente, o vinagre tem sido indicado nas redes sociais como uma solução eficiente para a limpeza e preservação dos pneus. Uma marca de vinagre chegou até a divulgar que a substância poderia aumentar a durabilidade dos pneus e deixá-los mais brilhantes. Segundo essa recomendação, o vinagre ajudaria a proteger os pneus contra ressecamento e rachaduras, desde que se utilizasse vinagre branco ou de maçã.

Contudo, apesar de essas dicas atraírem muitos motoristas, é essencial considerar as orientações dos especialistas. A Goodyear, uma das principais fabricantes de pneus do mundo, desaconselha fortemente o uso de vinagre para esse fim. A empresa destaca que, embora não existam estudos oficiais sobre os efeitos do vinagre na borracha dos pneus, o ácido acético presente no vinagre pode prejudicar as propriedades dos materiais ao longo do tempo.

Qual é a opinião dos fabricantes de pneus?

Rodrigo Falcão, Gerente de Produto de Pneus de Passeio da Goodyear Brasil, explica que o uso de produtos químicos como o vinagre pode danificar a borracha dos pneus e, consequentemente, levar à perda da garantia. “Não recomendamos a limpeza dos pneus com nenhum tipo de produto químico e/ou derivados de petróleo. O vinagre contém ácido acético e, ao longo dos anos, pode degradar as propriedades da borracha”, afirma Falcão.

Ele ainda sugere que o método mais seguro para manter os pneus em bom estado é utilizar sabão neutro e água. “A maneira mais correta de se limpar os pneus é com sabão neutro e água,” orienta Falcão. Essa abordagem evita possíveis danos e garante que a garantia dos pneus seja mantida.

Quais são as alternativas seguras para a limpeza de pneus?
Além do vinagre, outras soluções caseiras também têm sido promovidas para a limpeza dos pneus, mas não são recomendadas pelos especialistas. Alguns desses métodos incluem o uso de açúcar com café, Coca-Cola ou querosene. No entanto, esses produtos, assim como o vinagre, podem danificar a borracha dos pneus e devem ser evitados.

Usar sabão neutro e água

Produtos de limpeza específicos para pneus

Evitar derivados de petróleo e ácidos fortes

Os motoristas devem optar por métodos seguros que não comprometam a integridade dos pneus. Conferir as orientações dos fabricantes e utilizar produtos especificamente fabricados para a limpeza de pneus é a melhor maneira de garantir a longevidade e a eficiência do veículo.

Por que interromper o uso de vinagre na limpeza dos pneus imediatamente?
Adequada manutenção é essencial para a segurança e longevidade do automóvel. Embora o vinagre possa parecer uma solução eficiente e econômica, seu uso pode trazer problemas sérios além do aspecto estético, incluindo a deterioração da borracha e a perda da garantia oferecida pelo fabricante. Seguir as recomendações dos especialistas e usar métodos seguros como sabão neutro e água é a melhor forma de garantir que os pneus se mantenham em boas condições sem comprometer a garantia do fabricante.

Fonte: Terra Brasil Notícias
Foto: Reprodução

Correção do FGTS deve garantir a reposição da inflação

É garantido. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em votação realizada no último dia 11 de junho, que a correção das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) deve garantir, pelo menos, a reposição da inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A decisão aumenta a atual remuneração das contas de cada trabalhador vinculadas ao fundo.

A maioria dos ministros entendeu que essa mudança deve valer daqui para frente. Pela decisão do STF, nos anos em que a remuneração não alcançar o IPCA, caberá ao Conselho Curador do Fundo “determinar a forma de compensação”, conforme a sugestão.

Atualmente, a correção das contas do FGTS segue a TR + 3%. A distribuição de lucros do fundo não é obrigatória. A TR hoje tem o valor de cerca de 0,04% ao mês. Já a poupança rende a TR acrescida de juros de cerca de 0,5% ao mês. O índice varia de acordo com ao valor da meta da taxa Selic.

Com informações da CNN

Participação de pneus importados no mercado brasileiro cresceu 30% em oito anos

Nos primeiros cinco meses de 2017 pouco mais de 70% do mercado brasileiro era dominado por pneus fabricados localmente, cabendo aos estrangeiros fatia de 29%. Neste mesmo período, em 2020, quando eclodiu a pandemia, o porcentual reduziu para 25%. No ano seguinte, porém, foi a 33%, em 2022 a 41%, em 2023 a 52% – quando a curva se inverteu e importados passaram a predominar sobre os produtos locais. Até maio esta participação ganhou força e chegou a 59%.

O reflexo imediato é a queda acumulada de 12,2% no volume nacional comercializado, de acordo com a Anip, sendo que de janeiro a abril esta redução era de 10%. De janeiro a maio foram vendidos 20,4 milhões de unidades, contra 23,1 milhões no mesmo período do ano passado. Os dados oficiais do balanço deverão ser divulgados no início de julho.

Sobre que projeção é possível fazer para este ano o presidente da Anip, Klaus Curt Müller, respondeu, em entrevista a Agência AutoData, que tudo dependerá da ratificação da medida emergencial para que a indústria de pneumáticos enxergue a possibilidade de voltar a crescer.

“Se não for aprovada nossa projeção é continuar a cair mais enquanto os preços dos importados se mantiverem abaixo do mercado. Diante dessa deslealdade nossa projeção será horrorosa. Com alguma mudança podemos estancar a queda, pensar em recuperação e em retomar níveis parecidos com 2021 e 2022.”

Não significa que o segmento fecharia 2024 no azul, pois há grande quantidade de pneus importados em estoque, apontou Müller. Se em sessenta ou noventa dias houver alteração nas regras do jogo o dirigente acredita que o setor terminará o ano se recuperando, mas que ainda assim será um ano ruim.

Quanto ao Mover, Programa de Mobilidade Verde e Inovação, sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira, 27 de junho, o setor deixou de ganhar força a partir da retirada de emenda que incluía as fabricantes de pneus. Proposta incluída no Senado e retirada na Câmara dizia que o Executivo deveria estabelecer conteúdo mínimo nacional verde a fim de evitar que o setor fosse fechado pela concorrência desleal dos produtos estrangeiros, menos sustentáveis.

Sendo assim o reflexo da aprovação do Mover para as empresas fabricantes de pneumáticos ficará por conta do crescimento da indústria automotiva e, consequentemente, da maior demanda por pneus. O maior problema, no entanto, é a reposição, maior parte do mercado, responsável por cerca de 75% das vendas, e em que as importadoras atuam fortemente.

Novos investimentos do setor serão avaliados com base na realidade atual

Segundo Müller algumas fabricantes chegaram a investir de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões nos últimos cinco anos mas novos aportes, embora estejam no planejamento, são discutidos com base na realidade atual:

“Nós já temos capacidade produtiva para atender a este crescimento do automotivo, já trabalhamos com mais de 3 milhões de veículos. Só que hoje há uma queda muito grande na reposição.”

De acordo com ele novos movimentos que deverão dedicar aportes na indústria serão para atender aos híbridos e elétricos, que trarão outras exigências a serem organizadas e alinhadas com a realidade no Brasil.

Quanto às exportações, que giram em torno de 20% a 25%, Müller não vê a possibilidade de ampliar estes porcentuais uma vez que os mercados externos já estão sob o controle das marcas presentes no mundo todo e que fabricam aqui também, mas que exportam de outras regiões.

“A exportação acontece, é mantida, mas ela não tem sido uma válvula de escape para a nossa produção. Não é a saída, mesmo porque a gente sabe que o Brasil não é um país pródigo em custo”.

Fonte: autodata.com.br

Sindborracha de reunião da Industriall Global Union

Nos dias 17 e 18 de junho, ocorreu em Santo André, SP, a 22ª reunião da Industrial Global Union de representação sindical dos trabalhadores da Bridgestone ao redor do mundo. Durante o evento, foram debatidos diversos temas cruciais que os trabalhadores enfrentam globalmente. Entre os principais tópicos discutidos estavam a segurança no local de trabalho, saúde mental e ocupacional, higiene e relações trabalhistas.A reunião contou com a presença de representantes de diversos países, incluindo Brasil, Argentina, África do Sul e Japão.

Também participaram representantes da Industriall para a América Latina, localizada no Uruguai, e o secretário-geral da Industriall em Genebra, Tom Gride. Esse encontro foi fundamental para fortalecer as redes de apoio e cooperação entre os trabalhadores da Bridgestone mundialmente, proporcionando uma plataforma para troca de experiências e desenvolvimento de estratégias conjuntas para enfrentar os desafios comuns.

Sindborracha participa de Ato Unificado em Brasília

Milhares de trabalhadores se reuniram na capital federal para exigir novas conquistas. O Sindborracha marcou presença no ato unificado da classe trabalhadora, realizado na última quarta-feira (22), e levantou sua bandeira em defesa de pautas essenciais para classe trabalhadora, como emprego decente, menos impostos, juros mais baixos, educação de qualidade, defesa do meio ambiente, entre outras reivindicações.

Pautas:

Pela reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e medidas de proteção e amparo a aos trabalhadores;

Educação: revogação do Novo Ensino Médio;

Valorização do serviço público: Contra a PEC 32/Reforma Administrativa;

Em defesa da Convenção 151/defesa da negociação coletiva;

Trabalho decente: redução da jornada de trabalho e empregos decentes;

Salário igual para trabalho igual: defesa da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres;

Reforma agrária e alimento no prato

Menos impostos para trabalhadores: juros baixos e correção da tabela de imposto de renda;

Valorização do salário mínimo e das aposentadorias;

Transição justa e ecológica em defesa da vida;

Em defesa do PLC 12/24, por Direitos dos Motoristas por Aplicativos

Trabalhadores da Continental aprovam acordo coletivo

Essa sexta-feira (10) foi marcada por mais avanços para os trabalhadores do ramo da borracha. Durante assembleia realizada pelo Sindborracha, os funcionários da Continental aprovaram o acordo coletivo, que terá vigência de dois anos.

A negociação começou ainda no mês de abril, quando a diretoria do Sindicato apresentou a proposta de pauta à empresa.

Preocupados com concorrência desleal de pneus importados, trabalhadores se reúnem com Ministério do Trabalho

Josué Pereira, presidente do Sindborracha, junto com outros líderes sindicais e empresariais, apresentou uma pauta urgente ao Ministério do Trabalho e Emprego, nesta quinta-feira (9), contra a concorrência desleal de pneus importados no Brasil. A comitiva expressou preocupação com a situação, destacando a dificuldade de competir com pneus importados que chegam a preços próximos ou abaixo do custo da matéria-prima, além de causarem impactos ambientais significativos. Os líderes sindicais e empresariais ressaltaram as medidas já tomadas para enfrentar essa concorrência, mas enfatizaram que não têm sido eficazes diante dos preços desproporcionais dos concorrentes estrangeiros.

Márcio Ferreira, presidente da Fenabor (Federação Nacional do Trabalhadores da Borracha), concordou com essa preocupação e destacou os esforços da Federação e do Sintrabor para buscar soluções junto aos poderes executivo, legislativo e judiciário em diversos níveis governamentais. Ele enfatizou a necessidade de proteger os empregos e garantir uma vida melhor para os trabalhadores e a população onde as indústrias de pneus e borracha estão presentes no Brasil.

Josué Pereira endossou a posição da Fenabor, ressaltando a importância de proteger os empregos dos trabalhadores e se colocando à disposição para continuar lutando em defesa dos direitos dos trabalhadores. O Ministério do Trabalho e Emprego comprometeu-se a apoiar e buscar soluções para as reivindicações sindicais e empresariais apresentadas.

Sindicalizados fazem uma grande festa no 1º de Maio

Mais uma vez, a tradicional festa do Dia do Trabalhador promovida pelo Sindborracha de Camaçari, Salvador e Região Metropolitana movimentou os sindicalizados e suas famílias. Foi um dia de muita diversão e integração. Além das apresentações musicais de bandas e DJ, os presentes puderam usufruir de um espaço para as crianças brincarem e o bom e velho sorteio de brindes. Esse ano, foram sorteados camisas oficiais de times de futebol, óculos, TV e um prêmio extra: master truck. No total, foram contemplados 22 trabalhadores.

As comemorações começaram logo cedo, com a grande final da 9ª edição do Torneio de Futebol Clodoaldo Bartolomeu Gomes. Esse ano, inclusive, a competição contou com a participação do filho de Clodoaldo, João Cláudio Gomes. Na última partida da competição, saiu vencedor o time da Turma B da Continental, que bateu o time da Turma B da Bridgestone.

Além das famílias dos trabalhadores, as comemorações do 1º de Maio, que aconteceram na Arena 2 de Julho, contaram com presenças de personalidades, como o ex-prefeito Luiz Caetano e o vereador Tagner. Estiveram presentes também representantes da Bridgestone: Miler Luglio, diretor, e Davidson garcia, gerente de qualidade, e Gian Petruci, gerente de produção, bem como o diretor da Continental: Sérgio Rocha.

Para a diretoria, a festa entrou para a história do Sindicato.