Sindborracha volta à Bridgestone para cobrar soluções após surto de diarreia

Na última quarta, dezenas de funcionários foram parar na emergência. Esta já é a terceira vez

A menos de um mês da última reunião para tratar sobra a má qualidade do serviço prestado no refeitório da fábrica da Bridgestone Camaçari, aconteceu novo episódio. Mais de 40 funcionários precisaram de atendimento médico, na última quarta-feira (9).

De acordo com o diretor do Sindborracha, Eleandro Paixão, todos foram encaminhados para a emergência por conta de fortes dores de barriga e diarreia. A suspeita é de que tenha sido por conta por conta da refeição ou da água servidas no refeitório.

Esta é a terceira vez que isso acontece nos últimos três meses. Em outubro, diretores do Sindicato se reuniram com representantes da empresa para cobrar soluções. Mas, como parece que nenhuma providência foi tomada, voltaram à porta a fábrica para saber explicações do ocorrido e exigir melhores condições de trabalho na empresa. Como forma de pressionar a empresa, os trabalhadores decidiram paralisar as atividades na entrada do turno, nesta quinta-feira (10).

Segundo informações, a empresa colheu amostras da refeição e da água para análise. O Sindborracha reforça que está sempre atento às condutas do patronato e cobra soluções urgentes para o problema.

Carestia: cesta básica sobe e alimentos ficam mais caros em 12 capitais

As sequelas da má gestão econômica de Bolsonaro permanecem castigando brasileiros e brasileiras que precisam garantir o alimento de cada dia. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta alta generalizada no preço dos alimentos no mês de outubro e o comprometimento de mais de 58% do salário do trabalhador que recebe um salário mínimo.

Com a inflação descontrolada, o valor da cesta básica aumentou novamente e 12 capitais têm alta no custo dos alimentos. O Dieese calcula que o salário mínimo deveria ser de R$ 6.458,86 para as despesas básicas de uma família com quatro integrantes. Portanto, hoje o salário mínimo deveria ser 5,33 vezes maior que o piso nacional de R$ 1.212.

Leia mais: Com Lula, um novo tempo vem aí: Salário mínimo terá reajuste real em 2023

As capitais que mais sofrem com a elevação no preço dos alimentos são Porto Alegre (3,34%), Campo Grande (3,17%), Vitória (3,14%), Rio de Janeiro (3,10%) e, Curitiba e Goiânia (ambas com 2,59%).

De acordo com os dados do Dieese, a elevação dos valores na compra de alimentos cresceu tanto na comparação mensal (58,18%) como na anual (58,35%).

Os maiores vilões da alta foram o preço da batata, que subiu em todas as cidades da região Centro-Sul; do tomate, que aumentou em 13 das 17 capitais e o pão francês, que teve alta em 12 capitais.

Mais de 119 horas de trabalho por uma cesta

No governo de Bolsonaro, em outubro de 2022, o tempo médio de trabalho de um brasileiro ou brasileira para conseguir comprar os produtos da cesta básica foi de 119 horas e 37 minutos, conforme o Dieese. Em outubro de 2021, a jornada necessária era de 118 horas e 45 minutos.

Em outubro de 2022, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 119 horas e 37 minutos, maior do que o registrado em setembro, de 118 horas e 14 minutos.

Redação pt.com.br

Com menor verba em 11 anos, Bolsonaro cortou 34% do orçamento na educação básica

O verdadeiro lado sombrio de Bolsonaro, avesso à importância da educação na vida dos brasileiros e brasileiras, realiza um corte de 96% do orçamento para 2023 na educação infantil e 34% na educação básica, com redução de R$ 1,096 bilhão no programa “Educação básica de qualidade”, em comparação com 2022.

De acordo com o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), enviado por Bolsonaro ao Congresso Nacional em 31 agosto, os maiores cortes são na educação infantil, com projeção de R$ 5 bilhões para 2023, uma redução de 96% comparado ao ano de 2021.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) também será afetada, com previsão de R$ 16,8 bilhões para 2023, um corte brusco de 56% em relação a 2021.

Menos verba em 11 anos

Dados compilados pelas consultorias de orçamento da Câmara dos Deputados e do Senado Federal apontam que a educação básica teve a menor previsão de verba dos últimos 11 anos.

A navalha de Bolsonaro afeta a maior parte da vida escolar dos alunos, que engloba a educação infantil, os ensinos fundamental e médio.

Além do corte orçamentário, os estudantes dessas etapas de ensino ainda sofrem sequelas da pandemia da Covid-19, quando foram fortemente impactados com as escolas fechadas. Além disso, a maioria dos alunos não conseguiu ter suporte necessário para o ensino remoto.

Durante a pandemia, a evasão escolar atingiu mais de 2 milhões de alunos. Segundo uma pesquisa de setembro de 2022 do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 11% das crianças e adolescentes entre 11 e 19 anos estão fora da escola no Brasil.

Cortes sistemáticos

Em entrevista à Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), o professor da Universidade de São Paulo (USP) e ex-ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirma que além da redução do orçamento previsto para o ano que vem, quando retirada a complementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FNDE), que está fora do teto de gastos, a previsão de recursos para a educação no orçamento cai mais de R$ 7 bilhões.

São cortes sistemáticos que estão dentro de um projeto que consiste em transferir dinheiro das áreas sociais para outras áreas que beneficiam amigos do presidente, como não cobrar multas para quem comete crime ambiental e reduzir recursos sociais, e retirar dinheiro da saúde e da cultura, que são as principais formas de sobreviver e expressar do nosso povo”, explica.

Em infraestrutura e sem merenda

A avalanche de destruição do governo de Bolsonaro propõe ainda a redução de 97% em recursos para a infraestrutura de escolas. O dinheiro destinado para a construção, ampliação, reforma e adequação de escolas caiu de R$ 119,1 milhões para R$ 3,45 milhões.

Esse orçamento também seria usado para compra de mobiliário e outros equipamentos. Com o dinheiro reservado deixado por Bolsonaro, os estudantes só podem contar com a compra de apenas um ônibus escolar.

Estão previstos R$ 425 mil para este fim em 2023, recurso suficiente para comprar um veículo. A queda no valor representa 95% na comparação com este ano.

Além de iniciar o próximo ano sem escolas com uma boa infraestrutura, os estudantes também não terão alimento suficiente. Isso porque Bolsonaro vetou o reajuste de 34% ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), que levará a prejuízos financeiros na ordem de R$ 1,4 bilhão por ano aos estados.

Redação pt.org.br

Foto site nova escola

Um em cada três carros vendidos no Brasil vai para locadoras

As locadoras de veículos seguem como principal cliente das montadoras no país, sendo responsáveis pela compra de 33% de todos os automóveis e comerciais leves vendidos no terceiro trimestre de 2022.

Segundo levantamento da ABLA (Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis), durante julho, agosto e setembro as locadoras compraram 179.048 veículos, 22% a mais do que o trimestre anterior, com 145.720 unidades compradas.

No comparativo com o período de janeiro a março, o crescimento foi de 129%. No primeiro trimestre as locadoras emplacaram 78 mil veículos.

No terceiro trimestre, o maior volume de vendas foi da Fiat, com mais de 46 mil veículos, seguida pela Volkswagen (41.638), Chevrolet (25.135), Hyundai (19.631) e Renault (13.870). No balanço geral de 2022, até setembro, Fiat e Volkswagen estão no topo do ranking, com 103.761 e 73.852 veículos entregues, respectivamente.

As locadoras de veículos vivem sua melhor fase, mesmo com os desafios da pandemia e a crise na indústria automotiva. Prova disso é que no ano passado o faturamento do setor cresceu 33,5%, de R$ 17,6 bilhões em 2020 para R$ 23,5 bilhões em 2021, segundo relatório anual da ABLA.

Redação automotivebusiness.com.br

Transição do governo Bolsonaro para Lula começa nesta quinta-feira (3)

A transição para o governo Lula (PT), eleito no último domingo (30) o novo presidente da República, deve começar oficialmente nesta quinta-feira (3). Conforme a revista Veja, o ministro-chefe da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro (PL) deve receber, por volta das 14h, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), Gleisi Hoffmann (PT) e Aloizio Mercadante no Palácio do Planalto.

Após o pronunciamento de Bolsonaro na terça-feira (1º), Ciro Nogueira anunciou que o atual presidente havia autorizado que ele iniciasse o processo de transição quando recebesse a solicitação com base na lei.

A coluna Radar, da Veja, revelou, ainda, que pela manhã, no Congresso, haverá uma reunião entre o senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator-geral da Comissão Mista de Orçamento, e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI) para discutir mudanças no projeto do Orçamento do próximo ano e atender as necessidades do novo governo.

Também devem participar do encontro, marcado para as 10h30, sete senadores e deputados federais do PT e Mercadante. A “transição orçamentária” deve ser feita até o dia 16 de dezembro, quando o Congresso deverá votar a LOA.

Redação Bahia.ba

Foto reprodução Twitter Alckmin

Bloqueios nas rodovias provoca falta de peças nas linhas de montagem de veículos

O setor automotivo brasileiro sofreu nesta semana mais um duro golpe que afeta a sua capacidade de produzir veículos no país: o bloqueio de uma série de rodovias. Não bastassem a pandemia de covid-19, a falta de semicondutores no mercado, o conflito Rússia-Ucrânia e a alta de juros para dificultar a normalidade da atividade produtiva, agora paradas nas estradas devem diminuir ainda mais o ritmo nas linhas de produção. O bloqueio da circulação é promovido por manifestantes antidemocráticos desde segunda-feira, 31, para contestar o resultado das eleições.

O plano de imobilizar as principais vias de escoamento de produtos do país já refletiu na operação das montadoras. Dentro da Anfavea, a associação que as representa, o assunto é visto como algo entre médio e grave. Segundo apurou a reportagem junto à entidade, são vários os relatos de empresas que estão sem receber peças.

Ainda mais: há grupos de funcionários que não conseguem chegar até as fábricas para trabalhar. A saída paliativa dentro das fabricantes de automóveis, caminhões e máquinas agrícolas é manter a produção em ritmo mais lento, estendendo os turnos de forma a suprir a falta de quadro para troca de equipes. Nem todas conseguiram isso, segundo a associação, que confirmou que houve cancelamentos de turnos em parte das montadoras.

Bloqueios podem impactar no volume de produção do ano

“Vai acabar refletindo no volume de produção do mês”, informou uma fonte ligada às montadoras, revelando a expectativa em torno daquele que é o evento menos desejado pelas fabricantes, que vem se esforçando nos últimos dois anos para manter as linhas de montagem ativas apesar de todo o cenário global adverso que inviabiliza a regularidade da produção de veículos, principalmente com a escassez de semicondutores no mercado.

O setor traçou metas para o ano e paralisações como as que ocorrem no país desde a segunda-feira podem complicar a realização dos prognósticos. A perspectiva é de que o volume saído feito nas fábricas locais some em dezembro 2,3 milhões de unidades, o que configuraria um aumento de 4% sobre o produzido no ano passado. Contudo, há de se lembrar que o ritmo nas linhas caiu cerca de 13% nos últimos dois meses.

Produzir menos neste momento também pode agravar uma situação crônica que paira sobre o mercado automotivo, que é o longo tempo de entrega de veículos zero quilômetro à rede de concessionárias e, consequentemente, aos clientes. As montadoras vinham trabalhando para entregar o que já havia sido faturado pelas revendas em período que varia de três a seis meses, e um corte no escoamento dos carros montados torna o processo todo ainda mais desafiador.

Procurada pela reportagem, a Fenabrave, que é a entidade que representa as concessionárias brasileiras de veículos, informou que, por ora, ainda é muito cedo para avaliar possíveis reflexos dos bloqueios das estradas no negócio dos distribuidores. Por outro lado, não é raro observar nas imagens divulgadas desde ontem caminhões cegonha carregados imóveis em meio às longas filas que tomaram conta das rodovias nacionais.

Problemas logísticos

Para a Confederação Nacional do Transporte (CNT), que representa as empresas de transporte no Brasil, os bloqueios causam transtornos econômicos e “geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis”.

No contexto das fabricantes de veículos, os bloqueios nas estradas também restringem o fluxo de partes e peças entre fornecedores e as linhas de produção. À reportagem, uma fonte ligada ao segmento de pesados informou que se acumulam as cargas de peças nas docas que seriam enviadas paras as montadoras. “Não chegam os caminhões que deveriam retirar os componentes. Os operadores de logística estão esperando a situação melhorar”, informou, em off, o interlocutor.

A situação, entretanto, poderá se estender ao longo da semana. Isso porque os grupos envolvidos nos bloqueios manifestam a intenção de seguir com o expediente, a despeito das operações de repressão ao movimento realizadas pelo poder público ao longo da terça-feira. Na rodovia Regis Bittencourt, que liga São Paulo a região Sul do país, caminhoneiros que participam do bloqueio afirmam que só sairão da pista “sob ordens superiores”, e que o movimento deverá seguir na quarta-feira, 2, um feriado nacional.

Na altura do quilômetro 20 da rodovia, policiais rodoviários dispersaram um grupo que se manifestava na região, mas, horas depois, as mesmas pessoas retornaram ao local para seguir com a manutenção do bloqueio.

Redação automotivebussiness.com

Foto Natália Scarabotto

Lula é eleito presidente do Brasil, pela 3ª vez, com mais de 60 milhões de votos

Neste domingo (30), dia do segundo turno da eleição, Lula (PT) foi eleito presidente da República pela terceira vez. Com 99,95% das urnas apuradas, o petista teve 60.313.340 (50,90%) dos votos válidos e foi para a Avenida Paulista comemorar com os eleitores. O perdedor, o presidente Jair Bolsonaro (PL), teve 58.189.292 (49,10%) dos votos válidos.

Lula teve mais de 2 milhões de votos do que o segundo colocado e bateu seu próprio recorde. Em 2006, Lula teve 58.295.042 votos, numericamente a maior votação da história do Brasil.

Enquanto o petista é o primeiro brasileiro a ser eleito três vezes presidente pelo voto direto – venceu em 2002 e 2006 -, Bolsonaro é o primeiro presidente a perder uma reeleição no exercício do mandato.

Esta é a quinta eleição do PT para a chefia do país, desde 2002, duas vezes com Lula e duas com a ex-presidente Dilma Rousseff (2010 e 2014)

No primeiro turno Lula teve 52,7 milhões de votos (48,43%), contra 51 milhões de Bolsonaro (43,2%). A maior votação do petista foi na Região Nordeste, onde teve 66,7% dos votos, contra 29,7% de Bolsonaro.

A volta de Lula

Lula volta ao Palácio do Planalto três anos depois de deixar a prisão em Curitiba, no Paraná, onde foi condenado sem crime e em provas pelo ex-juiz Sérgio Moro, suspeito, segundo o Superior Tribunal Federal (STF), em todas as ações contra o petista. Moro mandou prender Lula em plena campanha eleitoral de 2018, quando ele estava a frente nas pesquisas de intenções de voto, depois virou ministro do candidato que ajudou a eleger, Jair Bolsonaro. Em 2021, todas as decisões tomadas por Moro foram anuladas pelo STF, o que liberou Lula para retornar a vida política.

Redação CUT

Diretores do Sindborracha se reúnem com a Bridgestone após denúncia sobre refeitório

As denúncias sobre a má qualidade das refeições servidas no refeitório da Bridgestone não param. Por conta disso, diretores do Sindborracha – o presidente Josué Pereira, Eleandro Paixão, Ivan Cruz e Emerson Silva – estiveram na fábrica da Bridgestone em Camaçari, na manhã desta terça-feira (18), para cobrar um posicionamento da empresa em relação ao problema.
De acordo com a diretoria do sindicato, as repetidas queixam são principalmente em relação aos finais de semana, feriados e turnos noturnos. A gerência da empresa se comprometeu em se reunir com o gerente de contrato para avaliar a demanda, bem como colocar em prática a contratação de mais funcionários e a construção de um novo refeitório, além de cobrar a prestação do serviço de qualidade.
A diretoria garante que vai continuar fiscalizando e cobrando melhorias contínuas no chão de fábrica. Caso a situação não seja brevemente resolvida, serão tomadas medidas mais efetivas.

Bolsonaro cortou 99% da verba das ações para as mulheres no orçamento de 2023

A primeira-dama Michelle Bolsonaro até tenta mudar a imagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) e dizer que ele defende as mulheres, mas a realidade desmente a primeira esposa. Na convenção do PL que referendou o nome de Bolsonaro como candidato à reeleição pelo partido, Michele disse que Bolsonaro havia sancionado 70 leis dedicadas às mulheres. Só não disse que: 1) apenas 46 beneficiam diretamente o público feminino; 2) nenhuma proposta é de autoria do governo; e, 3) o marido vetou seis propostas.

Na campanha para o segundo turno, ainda de olho no voto feminino, que representa 52% dos eleitores do país, Michelle e Bolsonaro vão ter de esconder o fato de que o presidente praticamente zerou as verbas destinadas no Orçamento da União de 2023, de 47 das 74 ações existentes voltadas a elas.

Ataque às creches

Uma das mais prejudiciais às mulheres é a que reduz o dinheiro para dar apoio à implantação de escolas para educação infantil, o que inclui as creches. O governo previu apenas R$ 2,5 milhões para essa ação na proposta para o ano que vem, 97,5% a menos do que em 2022.

Neste ano, Bolsonaro já havia vetado o reajuste de 34% das verbas da merenda escolar e em diversas cidades as crianças tinham direito apenas a suco e bolacha; em outras três crianças dividiam um ovo.

Ataque ao ensino médio

Ainda na área da educação, as despesas com educação básica, que beneficiam crianças e adolescentes até o ensino médio teve os recursos diminuídos de R$ 664,6 milhões neste ano para R$ 29,2 milhões em 2023 – uma redução de R$ 635,4 milhões.

Mais uma prova que este governo não se importa com a educação, o futuro das crianças e adolescentes e muito menos se preocupa em dar condições para que as mulheres trabalhem fora de casa, apesar de elas chefiarem 48,7% das famílias, segundo estudo feito pelo Grupo Globo, em janeiro deste ano.

Rurais mais afetadas

O maior corte em programas voltados para as mulheres, de 99,6%, foi sobre os subsídios para projetos de interesse social em áreas rurais. A ação contava com R$ 27,9 milhões iniciais em 2022, mas o valor foi achatado para apenas R$ 100 mil no ano que vem. Esses programas sociais em geral costumam privilegiar mulheres como titulares do benefício, uma vez que elas tendem a empregar os recursos em favor da família.

A obrigatoriedade da elaboração do Orçamento Mulher foi incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias em 2021 pelo Congresso Nacional. Bolsonaro vetou dizendo que isso “contraria o interesse público”, mas os parlamentares derrubaram o veto presidencial.

O Jornal Folha de São Paulo fez um levantamento a partir do Painel do Orçamento/Siop; lista de ações extraída do relatório “A Mulher no Orçamento”, do Ministério da Economia.

Redação CUT

Venda diária de autos e comerciais leves usados atinge maior nível em setembro

Os automóveis e comerciais leves usados mantiveram em setembro um bom ritmo de vendas. Foram 933,2 mil unidades no mês, com uma pequena queda de 3,7% na comparação com agosto, que teve dois dias úteis a mais. No entanto, a média diária de transferências subiu de 42,1 mil para 44,4 mil veículos, a melhor do ano. Os números do setor foram divulgados na quarta-feira, 5, pela Fenabrave, entidade que reúne as associações de concessionários.

A cada zero-quilômetro entregue em setembro foram negociados 5,2 usados, uma boa proporção para o segmento. Ainda de acordo com a Fenabrave, o acumulado do ano teve 7,14 milhões de transferências de automóveis e comerciais leves usados, queda de 16,6% na comparação com iguais meses do ano passado.

Essa retração acumulada começou o ano próxima a 30% e diminui mês a mês, mas é provável que os autos e comerciais leves fechem 2022 com queda superior a 10%, por dois motivos: porque 2021 foi recorde em transação de veículos usados e também porque os bancos estão agora mais seletivos na concessão de crédito.

Caminhões e ônibus em momentos diferentes
A transferência de caminhões usados em setembro somou 30,4 mil unidades, o segundo melhor resultado do ano, atrás apenas de agosto. A média diária de transferências se manteve próxima a 1.450 unidades. A cada caminhão novo emplacado foram negociados 2,7 usados. O acumulado do ano teve 245,7 mil unidades transferidas, 20,2% a menos na comparação interanual. Essa retração terminará o ano próxima dos 15%.

Já a venda de ônibus de segunda mão permanece como a única a registrar alta no acumulado do ano, com 33,3 mil unidades, 6,4% a mais que no mesmo período do ano passado. O desempenho em setembro foi bom, próximo a 4 mil unidades.

Já a proporção entre usados e novos no mês foi bem baixa, 1,6 para 1. Isso ocorre porque o emplacamento de ônibus zero-quilômetro disparou em setembro, com mais de 2,4 mil unidades, o maior volume em quase três anos.

Motos mantêm menor queda acumulada
De janeiro a setembro deste ano foram negociados 2,22 milhões de motocicletas usadas. A comparação com iguais meses de 2021 indica queda de 10,9% ante os mesmos meses do ano passado. É a menor retração de todos os segmentos. O setor também é puxado pelo mercado de motos novas, em que as usadas muitas vezes entram como parte do pagamento.

A análise isolada de setembro mostra 256,7 mil motocicletas transferidas, resultado 11,5% mais baixo que o de agosto, mas ainda assim com transações diárias muito boas, acima de 12,2 mil unidades.

Redação autobussiness.com