Estepe temporário e alternativas: o que diz a legislação brasileira para 2024?

Nos últimos anos, a presença do estepe nos veículos vendidos no Brasil tem gerado discussões, principalmente devido a algumas variações observadas em modelos novos. A legislação brasileira trata da inclusão de um conjunto de roda e pneu sobressalente ou de sistemas alternativos que garantam a segurança dos ocupantes em caso de emergência.

Muitas montadoras optam por incluir um pneu de uso temporário com limitações de velocidade ou até mesmo substituem o estepe por kits de reparo emergencial. A razão para essa flexibilidade está na Resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) nº 540/2015, que define os requisitos mínimos para esses dispositivos. Conheça também a lista com os 10 carros mais econômicos para 2025.

O que diz a legislação sobre o uso de estepe temporário?
De acordo com a resolução citada, os veículos devem estar equipados com um conjunto de roda e pneu sobressalente de uso temporário, que não necessariamente precisa ter as mesmas dimensões dos demais pneus do veículo. O requisitos exigido é que o diâmetro externo seja compatível com o conjunto original do carro. Esta medida visa manter a segurança e a dirigibilidade do veículo, mesmo que o pneu sobressalente seja usado somente em situações emergenciais.

Além disso, a legislação permite o uso de soluções alternativas, como os pneus run flat e kits de reparo emergencial. Essas opções, embora diferentes do estepe tradicional, precisam cumprir adequadamente seu propósito, assegurando a mobilidade do veículo até que um reparo definitivo possa ser realizado.

Quais são as alternativas para o estepe convencional?

Os pneus run flat surgem como uma opção eficaz, pois possuem a tecnologia necessária para vedar furos superficiais automaticamente, permitindo que o veículo continue rodando após um furo. Isso elimina a necessidade de troca imediata do pneu, reduzindo o tempo em que o motorista fica parado na estrada.

Em contrapartida, os kits de reparo emergencial são frequentemente fornecidos com um selante e um dispositivo capaz de inflar o pneu em até dez minutos. Estes kits se enquadram sob a categoria de “sistemas alternativos”, oferecendo uma solução prática e compacta para situações de emergência.

Onde o estepe deve ser alocado?

A localização do estepe no veículo é uma decisão que cabe aos fabricantes, mas precisa seguir diretrizes estabelecidas pelo Contran para não comprometer a segurança e a comodidade dos ocupantes. O artigo 4º da resolução menciona que o estepe, quando presente, deve ser acomodado de modo a não interferir na lotação de passageiros e na segurança do veículo.

Assim, é comum observar o estepe dentro do porta-malas ou em suportes externos na traseira do veículo, particularmente em modelos como SUVs e utilitários. Essa flexibilidade ajuda a otimizar o espaço interno dos veículos, dependendo do design e das preferências dos consumidores.

Questões de segurança e regulamentações adicionais
A segurança ocupa sempre um lugar central nas regulamentações automobilísticas. Portanto, quaisquer alternativas ao estepe tradicional precisam ser rigorosamente avaliadas e aprovadas pelas entidades competentes, assegurando que, sejam quais forem as opções escolhidas, a integridade dos passageiros nunca seja comprometida.

É igualmente importante que os motoristas estejam informados e preparados para usar corretamente o equipamento de reparo ou o estepe temporário, além de compreender as limitações de cada sistema para garantir uma viagem segura e sem contratempos.

Fonte: Terra Brasil Noticias

Foto: Créditos: depositphotos.com / ArturVerkhovetskiy

Governo deve taxar quem ganha acima R$ 1 milhão para isentar quem ganha até R$ 5 mil

Proposta do governo Lula é a de tributar quem ganha mais de R$ 1 milhão ao ano entre 12% e 15% independentemente da origem da renda. A correção da tabela do IR é uma das bandeiras da CUT

Para cumprir a sua promessa de campanha de 2022 de isentar quem ganha até R$ 5 mil por mês do Imposto de Renda (IR), o presidente Lula deve incluir na proposta no Orçamento da União de 2026, uma taxação entre 12% e 15% para quem ganha acima de R$ 1 milhão ao ano. Hoje, cerca de 250 mil pessoas físicas fazem parte desse grupo.

De acordo com o que está sendo discutido pelo Ministério da Fazenda, se o recolhimento de quem ganha R1 milhão ou mais, ficar em 5,25% de sua renda, ele seria obrigado a fazer um pagamento extra para que o tributo alcançasse a alíquota mínima estipulada na proposta: 15%, por exemplo. Neste caso, um recolhimento extra de 9,75% sobre a renda do contribuinte seria feito. A informação foi publicada na quarta-feira (9), pelo jornal Folha de São Paulo.

Para o cálculo o governo vai somar a renda total da pessoa, como ganhos de aplicações financeiras, salário, lucros e dividendos etc., com o que ela efetivamente pagou pelo sistema atual. Hoje a isenção está em R$ 2.824.

A necessidade de taxar os mais ricos é porque a isenção até R$ 5 mil retiraria dos cofres públicos cerca de R$ 50 bilhões por ano, o que corresponde a quase todas as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), estimadas em R$ 60,9 bilhões somente para 2025.

Um estudo de 2022 do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional) indicou que os assalariados que receberam entre 5 e 7 salários mínimos por mês em 2020 comprometeram 4,91% com o IR declarado em 2021. Já quem recebia mais de 320 salários-mínimos, comprometeu 5,25%.

Correção da tabela do IR é bandeira da CUT

Já em 2020 a bandeira da taxação das grandes riquezas ganhou ainda mais força em plena pandemia de Covid-19 como uma forma de garantir recursos para políticas públicas em defesa da vida. Durante um debate promovido pela CUT, o presidente da entidade, Sérgio Nobre, lembrou os fatores que impediram o avanço da proposta no país.

“Esse tema nunca foi levado adiante por causa da pressão de empresários e banqueiros sobre o Congresso. Eles são os detentores de grandes fortunas e não querem pagar impostos”, afirmou Sérgio Nobre à época.

No 1º de Maio deste ano, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora, uma das bandeiras da CUT e das demais centrais foi exatamente a correção da tabela   do imposto de renda.

Embora entendesse que as condições econômicas das contas governamentais impõem algumas restrições para que a correção atinja os R$ 5 mil já em 2025, o secretário de Administração e Finanças da CUT Nacional, Ariovaldo de Camargo, defendeu que a cobrança de menos impostos para quem ganha até R$ 5 mil deixa mais recursos na mão do trabalhador, que sofre com os baixos salários existentes no Brasil.

“Mais recursos nas mãos do trabalhador geram melhoria na sua condição de aquisição de bens, de produtos e tudo mais, e permite, obviamente, o acesso a mais alimentos, a mais serviços, e fazendo que a economia gire um pouco mais no sentido de consumo, porque quem faz a economia girar no comércio, no serviço são justamente aqueles que recebem salários mais baixos”, disse Ariovaldo.

A última divulgação da Revista Forbes em abril deste ano mostra que o Brasil é o sétimo país com mais bilionários do mundo. São 69 pessoas com patrimônio acima de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões). Ao todo, a lista tem 2.781 bilionários de 78 países.

Fonte: Cut BA

Foto:  Marcello Casal Jr / Agência Brasil – Arquivo

Sindborracha realiza assembleia na Bridgestone

O Sindicato dos Borracheiros de Camaçari, Salvador e Região Metropolitana (Sindborracha) realizou uma assembleia, na manhã desta quarta-feira (16), na fábrica da Bridgestone.

Na ocasião, foram discutidos os principais temas com os trabalhadores, como: cumprimento das metas de PLR e a necessidade de a empresa fornecer condições adequadas para alcançar essas metas e garantir o pagamento integral da segunda parcela. Além de discutir sobre uma denúncia de assédio moral em um setor da fábrica.

A reunião enfatizou a importância do envolvimento dos trabalhadores na política local, principalmente no apoio a candidatos que lutam em prol do setor pneumático, que enfrenta desafios significativos nos últimos anos.

A Assembleia contou com a presença do presidente Josué Pereira, do Sindborracha, e os representantes do Sindicato dos Metalúrgicos e do Sindticcc.

Quase 248 mil trabalhadores ainda não retiraram dinheiro do PIS/Pasep

Prazo para o saque termina em 27 de dezembro

Dos mais de 700 mil trabalhadores habilitados para receber abono salarial em setembro, apenas 475.933 fizeram o saque. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, 247.754 beneficiários ainda não efetuaram o saque, o que corresponde a R$ 228,65 milhões em valores disponíveis. Os valores pendentes poderão ser sacados até 27 de dezembro na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil.

Na Caixa, o pagamento é feito prioritariamente por crédito em conta, nos casos em que o trabalhador possui conta corrente, conta poupança ou conta digital. Pode ser feito também por meio de crédito pelo aplicativo Caixa Tem, em conta poupança social digital aberta automaticamente pela Caixa. No caso de não-correntistas, o pagamento será feito em agências, lotéricas, autoatendimento, Caixa Aqui ou pelos demais canais de pagamentos oferecidos pela instituição.

Já os pagamentos do abono salarial por meio do Banco do Brasil serão feitos prioritariamente por crédito em conta bancária; transferência via TED, via PIX ou de forma presencial nas agências de atendimento para trabalhadores não correntista e que não têm PIX.

Até agosto, dos 26.151.402 trabalhadores contemplados, 723.687 ainda não haviam retirado os valores a que têm direito.

Pagamento mensal

“Para aqueles que solicitaram revisão do abono salarial por meio de recurso administrativo, os pagamentos serão emitidos mensalmente, todo dia 15 ou no primeiro dia útil subsequente. Informações detalhadas podem ser consultadas por meio da Carteira de Trabalho Digital ou no portal GOV.BR”, informou, em Brasília, o Ministério do Trabalho.

Tem direito ao Abono Salarial trabalhador que atende aos critérios de habilitação, como estar cadastrado no Programa de Integração Social/ Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/PASEP) há pelo menos cinco anos, contados da data do primeiro vínculo; ter recebido, de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) até dois salários-mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado.

Além disso, é necessário que o trabalhador tenha exercido atividade remunerada durante pelo menos 30 dias – consecutivos ou não – no ano-base considerado para apuração; ter seus dados, do ano-base 2021, informados pelo empregador corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) ou no eSocial.

Informações adicionais poderão ser solicitadas nos canais de atendimento do Ministério do Trabalho e Emprego e nas unidades das Superintendências Regionais do Trabalho, pelo telefone 158.

Fonte: CNM CUT

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

Com pneus que fecham furos sozinhos, a Pirelli inova para garantir mais segurança aos motoristas

Em um momento de transformação intensa, especialmente impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças nas preferências dos consumidores e a necessidade de alternativas mais sustentáveis, a indústria automotiva tem sido um polo de desenvolvimento da inovação global.
O setor busca soluções que proporcionem mais segurança aos clientes, ao mesmo tempo que precisam contribuir para as metas de descarbonização da indústria. Com mais de 150 anos de atuação na área, a Pirelli é parte intrínseca dessa revolução, criando alternativas que buscam atender todas essas demandas. Exemplo disso são as tecnologias de mobilidade estendida (Run Flat e Seal Inside), o PNCS (Sistema de Cancelamento de Ruídos) e os pneus Elect para carros elétricos desenvolvidos pela companhia.

No caso da tecnologia Seal Inside, a inovação elimina a necessidade de parar o carro para trocar um pneu caso ele seja perfurado por objetos de até 5 milímetros de diâmetro. A solução, que permite ao motorista continuar dirigindo normalmente, mesmo após uma perfuração no pneu, vem transformando a forma como os condutores lidam com imprevistos no dia a dia, especialmente por tornar a condução mais confortável e segura.
“Os condutores têm todos os benefícios das tecnologias. No caso do Seal Inside, mesmo que haja furos nos pneus, não é perceptível durante a direção, pois o pneu nem sequer perde a pressão”, explica Fábio Magliano, gerente de produtos Car e Motorsport da Pirelli para a América Latina.

Sistema Autovedação: material semelhante a uma mousse atua como um selante em caso de perfuração, evitando que o pneu esvazie (Pirelli/Divulgação)

Tecnologia de autorreparação 

Desenvolvida pelo departamento de pesquisa e desenvolvimento da Pirelli, a tecnologia Seal Inside traz uma revolução para os pneus. De acordo com a empresa, o sistema de autovedação consiste em um material semelhante a uma mousse, aplicado na parte interna da banda de rodagem dos pneus e que atua como um selante em caso de perfuração. 

Na prática, o material evita a perda de pressão do ar, evitando que o pneu esvazie. Dados da Pirelli mostram que a tecnologia é capaz de prevenir até 85% dos casos de perfurações de até 5 milímetros localizadas na banda de rodagem do pneu.
Isso significa que mesmo que um prego perfure o pneu, por exemplo, o veículo continua rodando normalmente. Com a fabricação da solução na Bahia, a Pirelli é a única empresa a produzir esse tipo de tecnologia na América Latina.

Para além de eliminar a necessidade de realizar a troca do pneu (e todo o trabalho que isso significa para o motorista), a tecnologia Seal Inside também aumenta a segurança do veículo, sem comprometer o desempenho do pneu e sem a necessidade do TPMS (Tyre Pressure Monitoring System) para ser usada.

De acordo com Magliano, o sistema é compatível com uma ampla gama de automóveis, podendo ser colocado em qualquer veículo e sem nenhum tipo de restrição, desde que a medida esteja disponível com a tecnologia. “O Seal Inside também já é equipamento original em alguns veículos, incluindo Jeep Comander, T-cross, Tiggo 8 e Jeep Compass.” 

Otimização dos elétricos 

Já com a tecnologia Elect, a intenção da Pirelli é atender as necessidades dos veículos elétricos, focando especialmente na otimização do desempenho, da eficiência e autonomia dos modelos. De acordo com a companhia, o sistema oferece pneus projetados para suportar o peso adicional das baterias, o alto torque produzido pelo motor elétrico, bem como melhorar a autonomia dos Evs, proporcionando uma experiência de condução silenciosa e confortável. 

Esses pneus apresentam menor resistência ao rolamento, o que ajuda a reduzir o consumo de energia elétrica e maximizar a autonomia da bateria do veículo.

A movimentação da companhia visa acompanhar a crescente adoção dos veículos elétricos. “Certamente os produtores de pneus terão que acompanhar os avanços das novas tecnologias dos carros elétricos, o que impactará em ainda mais avanços no segmento”, analisa o executivo.

Foco na segurança 

Embora sejam diferentes, todas as inovações da Pirelli focam em um ponto em comum: a segurança do condutor. A tecnologia Elect, por exemplo, é projetada para lidar com a entrega imediata de torque dos motores elétricos, proporcionando maior aderência e segurança em diversas condições de estrada.

“Incorporamos composições específicas de borracha e desenhos de banda de rodagem que melhoram ainda mais a performance do pneu, mantendo principalmente sua segurança e desempenho. Com o Elect, a Pirelli visa não apenas aumentar a eficiência energética dos EVs, mas também proporcionar uma condução mais estável, segura e confortável”, diz a empresa à EXAME.

Já com a tecnologia Seal Inside, a segurança do motorista aumenta tanto por reduzir o risco de acidentes quanto por evitar que o motorista saia do carro para trocar o pneu. “O condutor não precisa colocar-se em situações de risco, como parar um carro no acostamento de uma autoestrada, parar a noite numa rua erma com pouco movimento ou trocar o pneu sob chuva”, diz Magliano.

Vale destacar que as tecnologias, no entanto, não eliminam a necessidade de realizar manutenções preventivas nos pneus, incluindo alinhamento de direção e balanceamento do conjunto roda e pneu. A empresa, inclusive, recomenda que as manutenções sejam feitas, no máximo, a cada 10 mil quilômetros. 

Fonte: Exame

Foto: Pirelli/Divulgação

Nova técnica desenvolvida pela Sumitomo Rubber Industries promete revolucionar produção de pneus com maior durabilidade

Uma inovação tecnológica pioneira está prestes a transformar a produção de pneus, aumentando sua resistência e reduzindo o desgaste. A Sumitomo Rubber Industries (SRI), em parceria com instituições de pesquisa de prestígio, está desenvolvendo uma nova técnica de medição molecular por meio da radiação síncrotron, que promete revolucionar o setor automotivo.

  1. A Tecnologia de radiação síncrotron

Essa tecnologia permite medir o movimento atômico e molecular da borracha em intervalos de tempo extremamente curtos, atingindo uma escala de 0,1 nanossegundos. Isso proporciona uma visão inédita das interações moleculares na borracha, superando as limitações das técnicas convencionais que medem apenas entre 10 e 1000 nanossegundos. Com isso, os cientistas conseguem uma compreensão mais profunda da estrutura do material, permitindo aprimoramentos que garantem maior resistência ao desgaste e durabilidade.

  1. Colaboração com instituições de pesquisa

Em colaboração com a Universidade de Tohoku, a RIKEN e o Instituto de Pesquisa de Radiação Síncrotron do Japão, a SRI desenvolveu essa abordagem revolucionária. A tecnologia em questão permite capturar com precisão os movimentos moleculares da borracha, abrindo novas possibilidades para o desenvolvimento de pneus mais resistentes e duráveis.

  1. Impacto para a indústria automotiva e sustentabilidade

Essa inovação, realizada em parceria com o programa CREST, da Agência de Ciência e Tecnologia do Japão, não visa apenas otimizar a indústria automotiva, mas também contribuir para a sustentabilidade global. Com o aumento da eficiência na produção de pneus e a redução de custos, espera-se que a nova tecnologia eleve o desempenho dos produtos, resultando em uma experiência de condução mais segura e econômica.

  1. Aumento da produtividade e redução do impacto ambiental

Ao aplicar essa técnica de medição molecular em suas futuras linhas de produção, a Sumitomo planeja otimizar o uso de recursos e criar produtos mais reforçados e ecológicos. A expectativa é que a nova abordagem não só aumente a durabilidade dos pneus, mas também ajude a minimizar o impacto ambiental, tornando a produção mais sustentável.

  1. Benefícios para os consumidores

Além de melhorar a performance dos pneus, esses avanços prometem proporcionar uma experiência de condução mais segura, com maior durabilidade e economia. A nova tecnologia não apenas atende às necessidades da indústria, mas também oferece benefícios diretos para os consumidores, tornando os pneus mais duradouros e reduzindo os custos com manutenção e troca.

A nova tecnologia de medição molecular desenvolvida pela Sumitomo Rubber Industries, com o auxílio de radiação síncrotron, tem o potencial de transformar a produção de pneus. Com impactos significativos na resistência, durabilidade e sustentabilidade, essa inovação promete revolucionar a indústria automotiva, trazendo benefícios tanto para o meio ambiente quanto para os consumidores.

Fonte: Alpha Autos

Motoristas podem ser multados por dirigir com pneus em mau estado de conservação

A ideia de que pneus de carros possuem uma data de validade específica é frequentemente discutida nas redes sociais, gerando dúvidas entre motoristas. Muitos acreditam que, ao ultrapassar essa suposta validade, o proprietário do veículo pode ser multado. No entanto, essa informação não é inteiramente correta. Pneus não têm uma validade formal estabelecida por lei, mas sim um código conhecido como DOT, que informa a data de fabricação. Esse código possui quatro dígitos: os dois primeiros indicam a semana de produção, enquanto os dois últimos correspondem ao ano de fabricação. Saiba mais sobre o tema!

Manutenção e conservação são essenciais

Embora não haja uma validade pré-determinada para os pneus, sua condição e conservação ao longo do tempo influenciam diretamente sua segurança. A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) informa que a garantia de um pneu costuma ser de cinco anos, contados a partir da data de compra. Essa garantia cobre apenas defeitos de fabricação e não obriga a substituição dos pneus após esse período, a menos que estejam desgastados ou apresentem problemas que comprometam a segurança.

A legislação de trânsito brasileira não impõe multas pelo uso de pneus fora da garantia de fábrica. O que é passível de punição, no entanto, é a utilização de pneus em más condições. Quando um pneu está “careca” ou apresenta sinais evidentes de desgaste, o motorista pode ser multado.

Multas por mau estado de conservação dos pneus

Dirigir com pneus desgastados é considerado uma infração grave no Código de Trânsito Brasileiro. Isso significa que, se o veículo for parado em uma fiscalização e os pneus forem considerados inseguros, o motorista poderá ser multado em R$ 195,23 e receber cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Além disso, o carro pode ser retido até que o problema seja solucionado, o que implica a troca dos pneus no local ou o envio do veículo para um serviço especializado.

Fatores que afetam a durabilidade dos pneus

A durabilidade dos pneus não depende apenas do tempo. Fabio Magliano, gerente da Pirelli, ressalta que o armazenamento e o uso são fatores cruciais para determinar sua vida útil. Pneus mal armazenados podem sofrer deformações e perder suas propriedades, especialmente quando expostos a produtos químicos ou mantidos sob condições inadequadas, como calor excessivo ou umidade.

Já Rafael Astolfi, da Continental, sugere que, mesmo que os pneus aparentem estar em bom estado, é recomendável trocá-los após dez anos de uso. Isso inclui o estepe, que pode ficar muito tempo sem uso e ainda assim sofrer os efeitos do tempo e das condições de armazenamento. Segundo ele, após uma década, a borracha pode perder suas propriedades e comprometer a segurança do veículo, mesmo que visualmente pareça em bom estado.

Como identificar o desgaste dos pneus?

Para saber quando é o momento certo de trocar os pneus, o motorista pode verificar o indicador de desgaste chamado TWI (Tread Wear Indicator). Todos os pneus certificados pelo Inmetro possuem essa marcação, que é visível no fundo dos sulcos da banda de rodagem. Quando o TWI está nivelado com a superfície do pneu, é um indicativo de que ele precisa ser trocado, pois o nível de aderência está comprometido.

A profundidade mínima dos sulcos exigida por lei é de 1,6 mm. Quando o pneu atinge esse limite, sua capacidade de tração e frenagem é reduzida, especialmente em pistas molhadas. Estudos mostram que pneus com sulcos de apenas 1,6 mm podem dobrar a distância necessária para parar o veículo em relação a pneus com 3 mm de profundidade. Mesmo em pistas secas, essa diferença é significativa, aumentando o risco de acidentes.

A multa relacionada ao estado dos pneus, conforme previsto no Código de Trânsito, não se refere a um “pneu vencido”, como muitos acreditam. A legislação penaliza motoristas que circulam com pneus fora das condições mínimas de segurança. Assim, o foco das autoridades de trânsito está na preservação da segurança, e não no tempo de uso.

Fonte: Petrosolgas

Foto: Divulgação Petrosolgas

Alíquota de importação para pneus de veículos de passeio sobe de 16% para 25%

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu  aumentar a alíquota de importação para pneus de passeio, de 16% para 25% por 12 meses.A decisão é uma resposta à ação das indústrias nacionais que alegam concorrência desleal com os pneus importados da Ásia, sobretudo da China

A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) diz que o aumento definido pela Camex atende parcialmente o pleito da indústria.  Em nota, a entidade afirma que vai acompanhar o mercado nos próximos meses para verificar se a nova taxa vai encerrar a invasão asiática que tem prejudicado a indústria nacional. 

Segundo estudo da LCA Consultoria Econômica, pneus importados da Ásia chegam ao país com preços em média até 69% menores que os praticados no mercado internacional. De acordo com o estudo, sem medidas para conter as importações a preços desleais, a produção industrial brasileira perderá  8,2 bilhões de reais ao ano e terá queda de 2,6 bilhões do PIB. A estimativa é de corte de 30,8 mil postos de trabalho (diretos e indiretos), com redução de 1,1 bilhão de reais na massa salarial agregada.

A indústria de pneus no Brasil conta com 11 empresas e 21 fábricas, distribuídas por 7 estados. O setor gera 32 mil empregos diretos e 500 mil indiretos – produtores de borracha e fabricantes de aço, têxteis e produtos químicos, além das revendas e nas reformadoras de pneus – e uma arrecadação tributária de 5,2 bilhões em 2023. 

Em defesa da indústria nacional, a entidade ainda ressalta que o setor de pneus no Brasil cumpre com todas as metas ambientais de recolhimento de pneus inservíveis, de acordo com o Ibama, o que não ocorre com os importados.

Os futuros americanos operam em leve queda nesta manhã, após alta significativa na sessão de ontem, quando investidores reagiam ao primeiro corte de juros em 4 anos nos Estados Unidos. Na quarta-feira, o Fed decidiu reduzir sua taxa de juros de referência em 0,50 ponto percentual, para uma faixa de 4,75% a 5%.

No mesmo dia, o Copom optou por elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75%, diante de expectativas maiores para atividade econômica e inflação no Brasil. Nesta sexta-feira, 20, a os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento divulgam às 15h30 o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas referente ao quarto bimestre deste ano, documento que jogará luz sobre o quadro fiscal brasileiro.

Fonte: Veja-Abril

Foto: (Reuters/VEJA)

Indústrias química e de pneus comemoram aumento de imposto de importação

As indústrias química e de pneus manifestaram alívio nesta quinta-feira depois que o governo federal atendeu pleitos de ambos os setores e elevou por 12 meses tarifas de imposto de importação para compensar o que fabricantes nacionais reclamavam há meses de concorrência desleal.

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) anunciou no início da noite da véspera que atendeu pleitos de uma série de setores da economia nacional.

O órgão elevou sobretaxa sobre pneus de carros de passeio (de 16% para 25%) e de 30 produtos químicos, cujas alíquotas passaram de 10,8% ou 12,6% para 20%, segundo manifestação nesta quinta-feira da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

“Esses 30 produtos que foram aprovados representam cerca de 65% do volume de importações desse conjunto de 62 produtos que tínhamos proposto ao governo. Assim como representam 75% do valor desse mesmo conjunto de importações. A decisão é bem-vinda, está bem fundamentada tecnicamente, e traz um alívio para a indústria química”, afirmou o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, em comunicado à imprensa.

Segundo a entidade, entre 2000 e 2023, a participação dos produtos químicos importados no mercado brasileiro subiu a 47%. No primeiro semestre deste ano, o déficit comercial do setor químico ficou próximo dos 23 bilhões de dólares e o nível de ociosidade da indústria nacional atingiu o pior patamar da história, de acordo com a entidade.

Por sua vez, a entidade que representa a indústria de pneus do país, Anip, afirmou que a decisão do governo atendeu “parcialmente” o pleito do setor, que queria elevação de 16% para 35% da tributação sobre importados por dois anos.

A Anip classificou a medida como “importante” e afirmou que vai acompanhar o mercado nos próximos meses “para verificar se a medida surtirá, de fato, efeito nas importações, que vêm ocorrendo de forma desleal no país”.

A entidade citou estudo da consultoria LCA que afirma pneus importados da Ásia chegam ao país com preços em média até 69% menores que os praticados no mercado internacional. Segundo o levantamento, pneus de carga asiáticos entram no país ao custo de 2,90 dólares o quilo, enquanto no mercado internacional, o produto é negociado, em média, 4,20 dólares o quilo. Em pneus de carros de passeio a diferença é de 3,20 dólares contra 5,70, de acordo com o levantamento citado pela Anip.

Além dos setores químico e de pneus, o governo também atendeu pleitos de redução de imposto de importação de setores automotivo, de saúde e de alimentos. Entre as medidas para estre grupo houve a redução da taxação sobre 25 produtos sob diversos fundamentos, como a ausência de produção nacional ou risco de desabastecimento, afirmou o Gecex.

O governo também aceitou 588 pedidos de ex-tarifários para o setor automotivo, relacionados a autopeças “em grande número associados a projetos de investimentos” habilitados no programa automotivo Mover. Ex-tarifário é o termo que se aplica sobre redução temporária de imposto de importação de produtos quando não há produção nacional equivalente.

Fonte: Infomoney

Foto: Infomoney

Fabricantes de pneus avaliam demitir funcionários em layoff

São Paulo – Diante do impasse em torno do preço do pneu nacional versus o do produto importado a Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, afirmou que as fabricantes começarão a promover demissões caso o imposto de importação não seja elevado de 16% para 35%. Atualmente existem em torno de 2,5 mil profissionais em layoff no Brasil, em um universo de 32 mil empregos diretos das fabricantes, e de acordo com o presidente da Anip, Klaus Curt Müller, a retração de vendas do produto local ao mesmo tempo em que é observado crescimento das importações têm deixado lotados os estoques das empresas.

“O próximo passo serão paradas na produção, redução de turnos e a dispensa de profissionais que já estão em casa em layoff”, avaliou Müller, ao relembrar que fábricas de pneus costumam operar de forma ininterrupta, sete dias por semana, 24 horas por dia, em três turnos.

Por enquanto o ritmo de produção ainda não chegou a engolir um turno, mas está perto de acontecer. Vice-presidente do Sintrabor, Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, Samuel Alves, o Ferrinho, relatou que o cenário já reduziu em torno de 25% o volume fabricado em território nacional. E que a ociosidade tem alcançado até 30% da capacidade produtiva das pneumáticas.

Na Bridgestone em Santo André, SP, há 1,8 mil profissionais em layoff, com suspensão temporária de contrato, sendo quatro turmas por um período de cinco meses cada, medida que expira em dezembro. “Por ora ainda não temos notícias de demissões, enquanto as empresas lançam mão de layoff e férias coletivas. Mas, se continuar assim até o fim do ano, talvez os cortes sejam inevitáveis.”

Josué da Purificação Pereira, presidente do Sindborracha, Sindicato dos Borracheiros do Estado da Bahia que abrange Salvador, Camaçari e Região Metropolitana, complementou que no ano passado, durante abertura de PDV, Programa de Demissão Voluntária, quase seiscentos profissionais desligaram-se da empresa no ABC Paulista.

Durante audiência pública realizada na Câmara dos Deputados na terça-feira, 10, promovida pela Comissão de Viação e Transportes com o objetivo de discutir a taxa de importação para pneus de carga, Pereira contou também que as 21 fábricas de pneus instaladas no Brasil alugaram onze galpões adicionais porque o volume de produtos a ser estocado não cabe mais em seus espaços próprios.

“A unidade de Santo André antes produzia seiscentos pneus de caminhão por dia e, hoje, faz 120. O mesmo ocorreu com os pneus para tratores, em que o volume diário baixou de oitocentos para duzentos. A vizinha Prometeon está em situação semelhante, com redução de 20% de sua produção. A Goodyear vai deixar de fabricar pneus de mineração e sua produção em Americana, SP, baixou de 6 mil pneus de caminhão por dia para 4 mil e, quanto aos de passeio, caiu de 26 mil para 21 mil.”

Pereira prosseguiu relatando que a unidade da Pirelli em Feira de Santana, BA, há 280 trabalhadores em layoff. “Não sabem o que farão com eles quando voltarem.”

No mesmo município, a Vipal baixou sua produção de pneus para motocicletas de 14 mil para 12 mil por dia, conforme o sindicalista. “A banda de rodagem para recauchutagem de pneu, muito usada por caminhoneiros, também foi impactada.”

O sindicalista rememorou investimento de quase R$ 1 bilhão da Bridgestone em Camaçari, BA, em 2022. “Um dos setores ampliados com o aporte, que geraria 260 empregos, contratou apenas cem profissionais. A unidade, que produziria 14,5 mil unidades por dia está fazendo 11,8 mil, pois parte da fábrica está ociosa.”

Na mesma cidade a Continental, que produzia 23 mil pneus por dia, sendo 3 mil para caminhão, hoje passou a 18 mil, segundo o presidente do Sindborracha, ao complementar que a Dunlop, em Fazenda Rio Grande, PR, e a Prometeon, em Gravataí, RS, também têm fábricas ociosas.

“O que vamos fazer com esses trabalhadores que têm seus empregos colocados em risco devido ao aumento da entrada de pneus importados?”, questionou Pereira. “A questão aqui não é que somos contra esses produtos, mas contra a concorrência desleal que eles trazem, que está colocando a indústria nacional em risco, o que inclui o trabalhador dos setores da borracha, têxtil, químico e petroquímico e metalúrgico. Temos toda uma cadeia produtiva em risco.”

Fonte: Autodata