Alíquota de importação para pneus de veículos de passeio sobe de 16% para 25%

A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu  aumentar a alíquota de importação para pneus de passeio, de 16% para 25% por 12 meses.A decisão é uma resposta à ação das indústrias nacionais que alegam concorrência desleal com os pneus importados da Ásia, sobretudo da China

A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP) diz que o aumento definido pela Camex atende parcialmente o pleito da indústria.  Em nota, a entidade afirma que vai acompanhar o mercado nos próximos meses para verificar se a nova taxa vai encerrar a invasão asiática que tem prejudicado a indústria nacional. 

Segundo estudo da LCA Consultoria Econômica, pneus importados da Ásia chegam ao país com preços em média até 69% menores que os praticados no mercado internacional. De acordo com o estudo, sem medidas para conter as importações a preços desleais, a produção industrial brasileira perderá  8,2 bilhões de reais ao ano e terá queda de 2,6 bilhões do PIB. A estimativa é de corte de 30,8 mil postos de trabalho (diretos e indiretos), com redução de 1,1 bilhão de reais na massa salarial agregada.

A indústria de pneus no Brasil conta com 11 empresas e 21 fábricas, distribuídas por 7 estados. O setor gera 32 mil empregos diretos e 500 mil indiretos – produtores de borracha e fabricantes de aço, têxteis e produtos químicos, além das revendas e nas reformadoras de pneus – e uma arrecadação tributária de 5,2 bilhões em 2023. 

Em defesa da indústria nacional, a entidade ainda ressalta que o setor de pneus no Brasil cumpre com todas as metas ambientais de recolhimento de pneus inservíveis, de acordo com o Ibama, o que não ocorre com os importados.

Os futuros americanos operam em leve queda nesta manhã, após alta significativa na sessão de ontem, quando investidores reagiam ao primeiro corte de juros em 4 anos nos Estados Unidos. Na quarta-feira, o Fed decidiu reduzir sua taxa de juros de referência em 0,50 ponto percentual, para uma faixa de 4,75% a 5%.

No mesmo dia, o Copom optou por elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 10,75%, diante de expectativas maiores para atividade econômica e inflação no Brasil. Nesta sexta-feira, 20, a os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento divulgam às 15h30 o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas referente ao quarto bimestre deste ano, documento que jogará luz sobre o quadro fiscal brasileiro.

Fonte: Veja-Abril

Foto: (Reuters/VEJA)

Indústrias química e de pneus comemoram aumento de imposto de importação

As indústrias química e de pneus manifestaram alívio nesta quinta-feira depois que o governo federal atendeu pleitos de ambos os setores e elevou por 12 meses tarifas de imposto de importação para compensar o que fabricantes nacionais reclamavam há meses de concorrência desleal.

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex) anunciou no início da noite da véspera que atendeu pleitos de uma série de setores da economia nacional.

O órgão elevou sobretaxa sobre pneus de carros de passeio (de 16% para 25%) e de 30 produtos químicos, cujas alíquotas passaram de 10,8% ou 12,6% para 20%, segundo manifestação nesta quinta-feira da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

“Esses 30 produtos que foram aprovados representam cerca de 65% do volume de importações desse conjunto de 62 produtos que tínhamos proposto ao governo. Assim como representam 75% do valor desse mesmo conjunto de importações. A decisão é bem-vinda, está bem fundamentada tecnicamente, e traz um alívio para a indústria química”, afirmou o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, em comunicado à imprensa.

Segundo a entidade, entre 2000 e 2023, a participação dos produtos químicos importados no mercado brasileiro subiu a 47%. No primeiro semestre deste ano, o déficit comercial do setor químico ficou próximo dos 23 bilhões de dólares e o nível de ociosidade da indústria nacional atingiu o pior patamar da história, de acordo com a entidade.

Por sua vez, a entidade que representa a indústria de pneus do país, Anip, afirmou que a decisão do governo atendeu “parcialmente” o pleito do setor, que queria elevação de 16% para 35% da tributação sobre importados por dois anos.

A Anip classificou a medida como “importante” e afirmou que vai acompanhar o mercado nos próximos meses “para verificar se a medida surtirá, de fato, efeito nas importações, que vêm ocorrendo de forma desleal no país”.

A entidade citou estudo da consultoria LCA que afirma pneus importados da Ásia chegam ao país com preços em média até 69% menores que os praticados no mercado internacional. Segundo o levantamento, pneus de carga asiáticos entram no país ao custo de 2,90 dólares o quilo, enquanto no mercado internacional, o produto é negociado, em média, 4,20 dólares o quilo. Em pneus de carros de passeio a diferença é de 3,20 dólares contra 5,70, de acordo com o levantamento citado pela Anip.

Além dos setores químico e de pneus, o governo também atendeu pleitos de redução de imposto de importação de setores automotivo, de saúde e de alimentos. Entre as medidas para estre grupo houve a redução da taxação sobre 25 produtos sob diversos fundamentos, como a ausência de produção nacional ou risco de desabastecimento, afirmou o Gecex.

O governo também aceitou 588 pedidos de ex-tarifários para o setor automotivo, relacionados a autopeças “em grande número associados a projetos de investimentos” habilitados no programa automotivo Mover. Ex-tarifário é o termo que se aplica sobre redução temporária de imposto de importação de produtos quando não há produção nacional equivalente.

Fonte: Infomoney

Foto: Infomoney

Fabricantes de pneus avaliam demitir funcionários em layoff

São Paulo – Diante do impasse em torno do preço do pneu nacional versus o do produto importado a Anip, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, afirmou que as fabricantes começarão a promover demissões caso o imposto de importação não seja elevado de 16% para 35%. Atualmente existem em torno de 2,5 mil profissionais em layoff no Brasil, em um universo de 32 mil empregos diretos das fabricantes, e de acordo com o presidente da Anip, Klaus Curt Müller, a retração de vendas do produto local ao mesmo tempo em que é observado crescimento das importações têm deixado lotados os estoques das empresas.

“O próximo passo serão paradas na produção, redução de turnos e a dispensa de profissionais que já estão em casa em layoff”, avaliou Müller, ao relembrar que fábricas de pneus costumam operar de forma ininterrupta, sete dias por semana, 24 horas por dia, em três turnos.

Por enquanto o ritmo de produção ainda não chegou a engolir um turno, mas está perto de acontecer. Vice-presidente do Sintrabor, Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo e Região, Samuel Alves, o Ferrinho, relatou que o cenário já reduziu em torno de 25% o volume fabricado em território nacional. E que a ociosidade tem alcançado até 30% da capacidade produtiva das pneumáticas.

Na Bridgestone em Santo André, SP, há 1,8 mil profissionais em layoff, com suspensão temporária de contrato, sendo quatro turmas por um período de cinco meses cada, medida que expira em dezembro. “Por ora ainda não temos notícias de demissões, enquanto as empresas lançam mão de layoff e férias coletivas. Mas, se continuar assim até o fim do ano, talvez os cortes sejam inevitáveis.”

Josué da Purificação Pereira, presidente do Sindborracha, Sindicato dos Borracheiros do Estado da Bahia que abrange Salvador, Camaçari e Região Metropolitana, complementou que no ano passado, durante abertura de PDV, Programa de Demissão Voluntária, quase seiscentos profissionais desligaram-se da empresa no ABC Paulista.

Durante audiência pública realizada na Câmara dos Deputados na terça-feira, 10, promovida pela Comissão de Viação e Transportes com o objetivo de discutir a taxa de importação para pneus de carga, Pereira contou também que as 21 fábricas de pneus instaladas no Brasil alugaram onze galpões adicionais porque o volume de produtos a ser estocado não cabe mais em seus espaços próprios.

“A unidade de Santo André antes produzia seiscentos pneus de caminhão por dia e, hoje, faz 120. O mesmo ocorreu com os pneus para tratores, em que o volume diário baixou de oitocentos para duzentos. A vizinha Prometeon está em situação semelhante, com redução de 20% de sua produção. A Goodyear vai deixar de fabricar pneus de mineração e sua produção em Americana, SP, baixou de 6 mil pneus de caminhão por dia para 4 mil e, quanto aos de passeio, caiu de 26 mil para 21 mil.”

Pereira prosseguiu relatando que a unidade da Pirelli em Feira de Santana, BA, há 280 trabalhadores em layoff. “Não sabem o que farão com eles quando voltarem.”

No mesmo município, a Vipal baixou sua produção de pneus para motocicletas de 14 mil para 12 mil por dia, conforme o sindicalista. “A banda de rodagem para recauchutagem de pneu, muito usada por caminhoneiros, também foi impactada.”

O sindicalista rememorou investimento de quase R$ 1 bilhão da Bridgestone em Camaçari, BA, em 2022. “Um dos setores ampliados com o aporte, que geraria 260 empregos, contratou apenas cem profissionais. A unidade, que produziria 14,5 mil unidades por dia está fazendo 11,8 mil, pois parte da fábrica está ociosa.”

Na mesma cidade a Continental, que produzia 23 mil pneus por dia, sendo 3 mil para caminhão, hoje passou a 18 mil, segundo o presidente do Sindborracha, ao complementar que a Dunlop, em Fazenda Rio Grande, PR, e a Prometeon, em Gravataí, RS, também têm fábricas ociosas.

“O que vamos fazer com esses trabalhadores que têm seus empregos colocados em risco devido ao aumento da entrada de pneus importados?”, questionou Pereira. “A questão aqui não é que somos contra esses produtos, mas contra a concorrência desleal que eles trazem, que está colocando a indústria nacional em risco, o que inclui o trabalhador dos setores da borracha, têxtil, químico e petroquímico e metalúrgico. Temos toda uma cadeia produtiva em risco.”

Fonte: Autodata

Pneus do futuro: Gigantes Michelin e General Motors lançam pneu que não fura e promete revolucionar a indústria automotiva no mundo

As gigantes da indústria automotiva, Michelin e General Motors, desenvolveram um pneu sem ar que não fura. A tecnologia elimina explosões além de reduzir o uso de matérias-primas e resíduos, contribuindo para um mundo com zero acidentes, zero emissões e zero congestionamento.

O desenvolvimento foi longo e levou mais de dez anos para os gigantes fabricantes de veículos e pneus para indústria automotiva, General Motors e Michelin, encontrarem a solução definitiva. Mas o projeto parece estar à frente da curva e a venda do tão esperado Uptis – o pneu do futuro, sem ar e que não fura, pode acontecer dentro de um ano.

A ideia por trás do Uptis (Unique Puncture-Proof Tyre System) é que a roda suporta o peso do carro através de raios flexíveis feitos de uma mistura de fibra de vidro e borracha, materiais que fornecem a flexibilidade e rigidez necessárias para rolar, em vez de usar o ar pressurizado como elemento interno.

As vantagens não são poucas, uma vez que os pneus Uptis eliminam o risco de perfuração, estouro ou danos irremediavelmente danificados, e também não exigem revisão periódica das pressões de inflação.
A tecnologia sem ar faz com que o Protótipo Uptis elimine furos e explosões. Isso significa que a Uptis oferece um potencial significativo para reduzir o uso de matérias-primas e resíduos, contribuindo para a visão da GM para um mundo com zero acidentes, zero emissões e zero congestionamento.

E Michelin diz que eles também serão mais duráveis do que pneus clássicos e mais verdes em seu ciclo de uso. Estima-se que 200 milhões de pneus sofrem danos em sua estrutura a cada ano (ou desgaste prematuro em sua banda de rodagem) e devem ser desfeitos.

Outro argumento a favor da Uptis são as vantagens para os gestores de frotas de veículos, que verão seus custos de manutenção consideravelmente reduzidos.

Até agora, essa tecnologia sem ar só tinha sido aplicada em veículos muito especiais, como rovers de exploração espacial. No entanto, eles poderiam em breve substituir os pneus convencionais em larga escala, mas ainda não se sabe qual o preço que eles terão no mercado.

Já antes de sua aparição, o Michelin Uptis, que já registrou mais de 50 patentes próprias, foi reconhecido com importantes prêmios de inovação na Europa e na América, como o Prêmio Roda de Roda De Ouro 2019 (Alemanha) e o Avt Aces Award 2020 (EUA).

GM fez testes e validação do Protótipo Uptis em uma frota de testes de Michigan de EVs Chevrolet Bolt.

Os teste tiveram início em 2019 no carro Chevrolet Bolt. E tem previsão para início das vendas em 2024. A empresa Bridgestone quer ser a primeira a lançar em suas empresas, tendo como prioridade os carros comerciais.

“A General Motors está entusiasmada com as possibilidades que a Uptis apresenta, e estamos entusiasmados em colaborar com a Michelin nesta tecnologia inovadora”, disse Steve Kiefer, vice-presidente sênior de Compras e Supply Chain da General Motors. “A UPTIS é um ajuste ideal para impulsionar a indústria automotiva no futuro e um grande exemplo de como nossos clientes se beneficiam quando colaboramos e inovamos com nossos parceiros fornecedores.”

Fonte: Clickpetroleoegas

Foto: Automotivo, Veículos Elétricos

Audiência pública na Câmara Federal discute sobre taxação de importação de pneus

A taxação sobra a importação de pneus se tornou um assunto polêmico, principalmente depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro zerou o imposto durante o seu governo, gerando uma grande crise no setor pneumático. Em março deste ano, a taxa de 16% sobre pneus importados para caminhões voltou a ser cobrada.

Na tentativa de reequilibrar o mercado diante do aumento das importações nos últimos três anos, a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip) apeesentou à Câmara de Comércio Exterior (Camex) proposta para aumentar o imposto para 35%, tornando o pneu brasileiro mais competitivo. No entanto, a Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip) é contra o aumento, sob a alegação de que um novo reajuste prejudicaria ainda mais a importação de pneus.

Para discutir acerca da cobrança, a Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados realizou audiência pública nesta terça-feira (10). Presente no debate, representando a Fenabor (Federação Nacional dos Trabalhadores da Borracha), o presidente do Sindborracha de Salvador e RegiãoMetropolitana, Josué Pereira, destacou os prejuízos causados no setor depois que a taxação foi zerada.

Josué apontou ainda a queda considerável produção de pneus por dia, como por exemplo na planta da Continental em Camaçari, que produzia, em média, 3 mil pneus para caminhões por dia e, atualmente, só produz 1.800. Para não ter prejuízos, as fábricas têm reuzidos os quadros de funcionários.

A onda de demissões que se formou no Brasil por conta da concorrência desleal não pode ser esquecida. Até porque muitos trabalhadores ainda estão pagando essa conta.

IPCA: preços caem 0,02% em agosto, na primeira deflação do ano

Dois grandes grupos registraram queda e puxaram o índice geral para baixo, Alimentação e bebidas, e Habitação. Com isso, o país tem uma inflação acumulada de 4,24% em 12 meses.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, mostra que os preços caíram 0,02% em agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Neste mês, dois dos nove grupos do indicador tiveram queda, puxando a primeira deflação do ano e menor índice desde junho de 2023 (-0,08%).

O grupo Alimentação e bebidas registrou queda de 0,44% em agosto, contribuindo para recuo de 0,09 ponto percentual (p.p.) do índice geral. Já em Habitação, a baixa foi de 0,51% e redução de 0,08 p.p. Juntos, os dois grupos representam 36,53% do IPCA completo. (saiba mais abaixo)

Assim, o resultado geral de agosto representa uma desaceleração contra o mês anterior, já que o IPCA de julho teve alta de 0,38%. Em agosto de 2023, os preços haviam subido 0,23%.

O país tem, portanto, uma inflação acumulada de 4,24% em 12 meses, dentro do intervalo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). No acumulado do ano, a alta é de 2,85%.

O resultado é ligeiramente melhor do que a expectativa do mercado financeiro, que esperava 0% para o mês e acumulado de 4,26% em 12 meses.

Veja o resultado dos grupos do IPCA:
Alimentação e bebidas: -0,44%;
Habitação: -0,51%;
Artigos de residência: 0,74%;
Vestuário: 0,39%;
Transportes: 0,00%;
Saúde e cuidados pessoais: 0,25%;
Despesas pessoais: 0,25%;
Educação: 0,73%;
Comunicação: 0,10%.

Alimentos em queda

O grupo Alimentação e bebidas registrou seu segundo mês consecutivo de quedas, puxado novamente pelo subgrupo Alimentação no domicílio (-0,73%). Ali estão presentes os alimentos in natura, que tiveram problemas no início do ano pelas complicações climáticas.

Com uma redução dos choques e encerramento do fenômeno El Niño, o IBGE destaca as quedas de preços da batata inglesa (-19,04%), do tomate (-16,89%) e da cebola (-16,85%). Entre os subitens que tiveram alta no mês, estão o mamão (17,58%), a banana-prata (11,37%) e o café moído (3,70%).

“O principal fator que contribuiu para a queda nos preços foi uma maior oferta desses produtos no mercado por conta de um clima mais ameno no meio do ano, que favorece a produção desses alimentos, com maior ritmo de colheita e intensificação de safra”, destaca André Almeida, gerente da pesquisa de preços do IBGE.
A Alimentação fora do domicílio teve alta de 0,33%, mas o avanço foi ligeiramente menor do que no mês de julho (0,39%). O lanche desacelerou de 0,74% para 0,11% em agosto. A refeição passou de 0,24% para 0,44%.

Já o grupo Habitação foi influenciado por uma forte deflação da energia elétrica residencial. A conta de luz teve queda de 2,77% no mês, por conta da mudança de bandeira tarifária no mês — de amarela em julho para verde em agosto.

O IBGE também destaca reajustes tarifários para baixo em zonas de abrangência da pesquisa, como Porto Alegre (-0,69%), Vitória (-1,49%), São Paulo (-3,07%), São Luís (-4,52%) e Belém (-5,63%).

Com isso, a energia elétrica residencial sozinha teve a principal contribuição negativa para o índice geral, com -0,11 p.p.

O grupo Transportes, um constante protagonista das divulgações de preço, teve estabilidade em agosto. O subgrupo de Combustíveis teve alta de 0,61%, com altas de gás veicular (4,10%), gasolina (0,67%) e óleo diesel (0,37%).

A gasolina, inclusive, teve o maior peso positivo no IPCA de agosto, com contribuição de 0,04 p.p. no índice geral. Já são 3,84% de alta para o combustível nos últimos dois meses, após o reajuste da Petrobras para as refinarias desde 9 de julho.

Por outro lado, a passagem aérea teve queda de 4,93% nos preços. Em julho, o subitem costuma registrar avanços fortes por conta das férias escolares, mas neste mês teve boa contribuição negativa para o IPCA, com -0,03 p.p.

Serviços e monitorados

O pós-férias também ajudou a desacelerar o índice de serviços contra o mês de julho. Houve alta de 0,75% no mês anterior para uma alta de 0,24% em agosto.

Além da passagem aérea, itens como o pacote turístico (-1,34%) e aluguel de veículo (-6,40%) recuaram, por exemplo. A hospedagem subiu (1,96%).

Na janela de 12 meses, a inflação de serviços passou de 5,01% em julho para 5,18% em agosto. Com a aceleração do acumulado, o indicador chegou ao maior valor desde fevereiro.

Pelo lado dos monitorados, itens cujos preços são definidos pelo setor público ou por contratos, foram influenciados pela baixa da energia elétrica.

Assim, na janela de 12 meses, o acumulado dos monitorados passou de 7,04% em julho para 5,58% em agosto. É o menor resultado desde julho de 2023, quando marcava 3,64%.

INPC tem queda de 0,14% em agosto
Por fim, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) — usado como referência para reajustes do salário mínimo, pois calcula a inflação para famílias com renda mais baixa — teve queda de 0,14% em agosto. Em julho, a alta foi de 0,26%.

Assim, o INPC acumula alta de 2,80% no ano e de 3,71% nos últimos 12 meses. Em agosto de 2023, a taxa foi de 0,20%.

Fonte: G1

Foto: Reprodução/TV Globo

Preços dos produtos da cesta básica caem em 17 capitais, aponta Dieese

Fortaleza (CE) tem queda mais expressiva, em seguida vêm João Pessoa (PB) e Goiânia (GO). O tomate foi o produto que mais caiu de preço

Os preços da cesta básica caíram em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) entre julho e agosto de 2024. As quedas mais expressivas foram registradas em Fortaleza (-6,94%), João Pessoa (-4,10%), Goiânia (-4,04%), Porto Alegre (-3,78%), Florianópolis e Natal (-3,38%), e Salvador (-3,28%).

São Paulo teve o maior valor da cesta básica, com o conjunto de alimentos custando R$ 786,35, seguida por Florianópolis (R$ 756,31), Rio de Janeiro (R$ 745,64) e Porto Alegre (R$ 740,82). Já as capitais do Norte e Nordeste apresentaram os menores custos: Aracaju (R$ 516,40), Recife (R$ 533,12) e João Pessoa (R$ 548,90).

Na comparação anual, entre agosto de 2023 e agosto de 2024, houve aumento no custo da cesta básica em nove cidades, com destaque para São Paulo (5,06%), Goiânia (4,11%), Belém (3,88%) e Vitória (3,53%). Por outro lado, Recife (-8,20%) e Aracaju (-4,84%) registraram as maiores quedas.

Nos primeiros oito meses de 2024, seis capitais tiveram aumento nos preços médios da cesta, sendo as altas mais significativas em São Paulo (3,33%) e Belém (3,02%). As retrações ocorreram em 11 capitais, variando de -3,66%, em Brasília, a -0,02%, em Curitiba e Salvador.

O que mais caiu e subiu

O preço do quilo do tomate registrou queda generalizada entre julho e agosto em todas as capitais pesquisadas. As variações negativas oscilaram entre -43,11% em Fortaleza e -6,96% em Campo Grande. O recuo nos preços é atribuído ao aumento da oferta, impulsionado pelas altas temperaturas.

Já o quilo do café em pó teve elevação no preço  em todas as capitais entre julho e agosto, com variações que vão de 1,06% em Florianópolis a 13,75% em Goiânia. O óleo de soja, no varejo, também subiu em 15 das 17 capitais. A alta mais significativa foi verificada em Belo Horizonte (10,07%).

 Valor do salário mínimo

Com base na cesta básica mais cara, registrada em São Paulo, o Dieese estimou que o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 6.606,13 em agosto de 2024, o equivalente a 4,68 vezes o salário mínimo atual, de R$ 1.412,00. Em julho, o valor necessário era de R$ 6.802,88. Em agosto de 2023, o mínimo necessário seria de R$ 6.389,72, 4,84 vezes o piso de R$ 1.320,00 vigente à época.

Fonte: CUT Brasil

Foto: Valter Campanato /Agência Brasil

GM vai investir R$ 5,5 bilhões nas fábricas de São Caetano e São José dos Campos

Aporte faz parte do pacote de R$ 7 bilhões divulgado no início de janeiro

A General Motors anunciou nesta quarta-feira (04/09) investimentos de R$ 5,5 bilhões nas suas unidades instaladas no Estado, entre as quais as fábricas de São Caetano e de São José dos Campos, no Vale do Paraíba. O aporte faz parte do pacote de R$ 7 bilhões divulgado no início de janeiro e prevê desenvolvimento de motores híbridos flex, lançamento de novos modelos – o que inclui dois veículos leves com a futura tecnologia, que combina um motor movido a gasolina ou etanol com outro elétrico – e modernização de todas as instalações produtivas e operacionais em São Paulo. O grupo de executivos presente ao evento, realizado no período da manhã, foi unânime ao destacar a preocupação da companhia com a sustentabilidade.

O vice-presidente sênior da GM e presidente da GM International, Shilpan Amin, que veio ao Brasil especialmente para o anúncio, destacou que o investimento será responsável pela maior transformação da história da companhia no país. “A eficiência energética e a economia de combustível estão se tornando cada vez mais importantes para os consumidores no Brasil assim como no mundo. É por isso que estamos avançando com nossos clientes para uma nova era, com veículos cadas vez mais conectados e sustentáveis.

O executivo reforçou que o Brasil é um dos três principais mercados da companhia e que, por suas dimensões, é um constante desafio à montadora. “E isso nos motiva a investir e buscar novas tecnologias. A Chevrolet faz parte da história do Brasil, desempenhando um papel fundamental na economia e na vida de muitas famílias há gerações”, comentou, ao lembrar que a empresa completa, em 2025, 100 anos de atividades no País.

O governador Tarcísio de Freitas, por sua vez, lembrou que os R$ 5,5 bilhões da GM entram para a conta de investimentos anunciados até agora no Estado, da ordem e R$ 400 bilhões, que resultam na geração de empregos, de renda, consumo e, consequentemente, de mais recursos para o Estado, o que dá ao governo maior capacidade de investimento. “Investimentos como o da GM, que aqui mostra seu compromisso com São Caetano e o Estado, garantem a permanência dos empregos em São Paulo. As empresas do setor anunciaram até agora investimentos de R$ 50 bilhões na modernização de suas plantas, em novos produtos e tecnologias”.

Tarcísio disse que o governo tem colaborado na medida em que mantém diálogo constante com executivos do setor automotivo na busca por iniciativas que possam impulsionar toda a cadeia, até como forma de enfrentar a força de incentivos fiscais que outros Estados oferecem para instalação de empresas. “Uma das medidas que pode servir de exemplo é o projeto de lei que enviei à Assembleia Legislativa que prevê isenção de IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) para os veículos híbridos”, falou.

Para o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, a produção de veículos híbridos flex no país reforça o compromisso da companhia com a questão ambiental ao agregar benefícios do biocombustível e da eletrificação nos veículos. “Vamos iniciar a produção local com dois modelos híbridos leves”, comentou, ao lembrar que a GM estuda novas tecnologias, como o motor híbrido plug-in flex, que permite abastecer o veículo com gasolina, etanol ou energia elétrica. “Temos planos também de ampliar a linha de veículos elétricos, já a partir do ano que vem.”

Rory Harvey, vice-presidente executivo e presidente de mercados globais da montadora, também bateu na tecla de que o aporte tem como foco o desenvolvimento de tecnologias para reforçar as ações da companhia em relação à questão ambiental. “Os investimentos que estamos anunciando irão fortalecer os planos da mobilidade sustentável da General Motors no Brasil, que será o primeiro mercado a oferecer a tecnologia híbrida flex da GM no mundo”, afirmou.

O evento contou ainda com a presença de outros executivos e funcionários da GM, do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior, dos deputados estaduais Thiago Auricchio e Ana Carolina Serra, de secretários do governo Tarcísio e de sindicalistas, como Aparecido Inácio da Silva, o Cidão (presidente dos metalúrgicos de São Caetano).

Fonte: Repórter diário

Foto: Divulgação

CUT lança “Plataforma Eleitoral 2024 ”com 13 pontos em defesa da classe trabalhadora

Plataforma eleitoral é um documento disponível online com temas de interesse dos trabalhadores e trabalhadoras, para que eles escolham candidatos que defendam seus interesses e os da população

O processo eleitoral 2024 é um momento importante para cada cidadão, em seu município, mas também para o futuro do país. Para avançar na reconstrução do Brasil, é crucial ampliar a adesão e a incorporação dos direitos fundamentais e dos interesses da classe trabalhadora.

Para que os trabalhadores e trabalhadoras possam escolher candidatos que defendam seus interesses a Central Única dos Trabalhadores (CUT), lançou nesta quarta-feira (28), durante a reunião da Direção Executiva da entidade, a “Plataforma da CUT para as Eleições 2024”. A escolha da data faz parte das comemorações dos 41 anos da Central.

No documento que está disponível online, estão 13 pontos que a CUT considera importantes na defesa do bem estar da população brasileira e de todos os trabalhadores e trabalhadoras do país.

“É preciso mudar a correlação de forças desfavorável aos interesses dos trabalhadores e das trabalhadoras no Congresso Nacional, o que começa por eleger vereadores e vereadoras, prefeitos e prefeitas comprometidos com a democracia, com a geração de empregos, de renda e de oportunidades de trabalho; que tenham compromisso em melhorar a educação, a saúde e o transporte público, em proteger o meio ambiente e construir moradias de qualidade em territórios adequados e seguros”, diz trecho da apresentação da Plataforma.

O secretário-geral da CUT Nacional, Renato Zulato, explica que os13 pontos trabalham a questão da democracia que os candidatos à prefeito, prefeita e vereadores e vereadoras precisam atuar sob o ponto de vista da classe trabalhadora.

“Nós queremos o compromisso dos candidatos para que eles abram negociações com o funcionarismo público, atendam as demandas de logística na cidade, de transporte, educação, saúde, políticas públicas para a juventude, para os aposentados e para as pessoas portadoras de deficiência. Então, é toda uma proposta que nós construímos e estamos pedindo um compromisso para que os candidatos nessas próximas eleições atuem em defesa dos 13 pontos que apresentamos”, declarou Zulato.

Para acessar e baixar a “Plataforma da CUT para as Eleições 2024”, clique aqui

Confira os 13 pontos da Plataforma

  • Inserir o município no esforço de reconstrução do Brasil, com geração de emprego, renda e oportunidades de trabalho
  • Moradias em ambientes seguros e transição justa
  • Diálogo, negociação e respeito aos sindicatos de servidores e servidoras
  • Chega de privatizações e terceirizações: concurso público
  • Mais segurança e menos violência
  • Transporte público de qualidade e a baixo custo
  • Cultura, esporte e lazer
  • Saúde e saneamento básico
  • Água limpa, alimentos saudáveis e meio ambiente
  • Educação de qualidade e requalificação profissional
  • Democracia e participação popular
  • Solidariedade, igualdade de oportunidade e justiça social
  • Limpeza, coleta e tratamento adequado do lixo”,

A plataforma vem ao encontro da defesa da democracia juntamente com a “Carta Compromisso” lançada no início deste mês, que tem oito pontos que abrangem direitos dos trabalhadores e trabalhadoras da iniciativa privada e de servidores e servidoras públicos.

A “Carta Compromisso” é direcionada aos candidatos e candidatas a vereadores e prefeitos para as próximas eleições. No texto a ser assinado pelos candidatos e/ou candidatas estão os oito compromissos que compreendem desde geração de emprego e renda como a valorização dos servidores públicos a coibir assédios, entre outros.

Fonte: CUT Brasil

Foto:  Tiago Matias (Ahead)

Desemprego no trimestre tem a menor taxa histórica

Segundo o IBGE, houve uma queda na taxa de desemprego em relação ao mesmo período de 2023 e ao último trimestre. A instituição afirma que esse é um índice histórico da pesquisa

A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,8% no trimestre encerrado em julho deste ano, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice é o menor para o período desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012, e representa uma queda em relação aos 7,9% registrados no mesmo trimestre de 2023 e aos 7,5% no trimestre encerrado em abril deste ano.

A população desocupada, ou seja, aqueles que buscam emprego, mas não conseguem, totalizou 7,4 milhões de pessoas, o menor contingente para o período na série histórica. Em comparação com o trimestre encerrado em abril, houve uma redução de 9,5% (menos 783 mil desempregados), e em relação a julho de 2023, a queda foi de 12,8% (menos 1,1 milhão de pessoas).

Ao mesmo tempo, a população ocupada atingiu 102 milhões de pessoas, o maior número registrado para um trimestre encerrado em julho desde 2012. Este resultado reflete um aumento de 1,2% no trimestre, com mais 1,2 milhão de trabalhadores, e de 2,7% no ano, com a inclusão de 2,7 milhões de pessoas no mercado de trabalho.

O rendimento real médio de todos os trabalhos foi de R$ 3.206, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior e registrando um crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A massa de rendimento real habitual, que alcançou R$ 322,4 bilhões, teve um aumento de 1,9% (mais R$ 6 bilhões) no trimestre e de 7,9% (mais R$ 27,5 bilhões) em comparação ao mesmo período de 2023.

O IBGE ressalta que a taxa de desemprego já havia registrado 6,9% no trimestre encerrado em junho, mas evita comparações diretas entre períodos com meses repetidos, como nos casos de junho e julho.

Com informações da CUT /  agência Brasil

Foto: Marcelo Casall – Agência Brasil